Ary Albuquerque & Ítalo Nelli Borges

REFLEXÕES E REPRESENTAÇÕES DA ÁSIA E SUA (NÃO) UTILIZAÇÃO EM ESPAÇO ESCOLAR
Ary Albuquerque Cavalcanti Junior
Ítalo Nelli Borges


Durante as ultimas décadas os historiadores passaram a problematizar espaços e campos por muito tempo não estudados, ou sedimentados a partir de visões estereotipadas. Nessa perspectiva, a história de espaços como os continentes africano e asiático, que por muito tempo ficaram restritos à visões externas sobre suas inúmeras relações de força e conjunturas instaladas nesses locais sobe a perspectiva europeia passaram a ser problematizadas.

Sendo assim, durante séculos o vocabulário eurocêntrico foi aplicado nas abordagens históricas realizadas sobre aqueles povos por muito tempo representados como inferiores e/ou sem uma história de grandes feitos. Logo, durante longa data a abordagem sobe a história desses espaços impregnou-se de valores ocidentais, onde conceitos como evolução e modernidade passaram a ser observados a partir de uma ótica externa, algo dotado de estereótipos em muitos casos de atraso e frágil em relação aos europeus.

Com a predominância de tais visões, estas receberam força e se cristalizaram, algo que podemos perceber em produções literais e até livros didáticos, algo que difunde ainda mais tais diferenças, reforçando a visão do europeu em relação ao outro (MARGARIDA CORREA, 1997). Dessa forma, é de extrema importância tecermos relações com os processos de predominância política e cultural de um lugar sobre o outro, destacando as relações de força existentes. Onde o historiador bem como qualquer estudioso precisa estar atento às interpretações que se aplicam a distintas realidades, a exemplo do conceito de nação, algo que esta estritamente relacionado aos ditos Estados-modernos europeus, classificando os Estados Áfricanos-Asiáticos como inferiores. Como destaca Jéssica Santos (2013), o evolucionismo será de grande justificativa para a tentativa de implantação de sua cultura e de sua observação sobe os demais povo.

“O pensamento evolucionista veio como uma justificativa e legitimação dos processos de dominação político, econômico e ideológico por parte de países europeus que já haviam acontecido e dos que estavam ocorrendo no século XIX, pois, tais teorias afirmavam que dentre a humanidade havia raças biologicamente distintas que se encaixavam numa hierarquia do mais simples ao mais complexo e que, portanto, a colonização traria desenvolvimento e progresso para os demais povos tidos como inferiores (SANTOS, 2013, p. 123)”. 

Dessa forma, observamos que o historiador precisa estar atento a compreender o vocabulário no qual se aplica o tempo e o espaço que se propõe a problematizar. Teorias Marxistas-leninistas, por exemplo, foram adotadas em movimentos Afro-asiáticos, porém, sofrendo adaptações e ainda que não tão destoantes, adaptaram-se a movimentos sociais e conjunturas locais, diferentes de acontecidos na Europa. Logo, é preciso fazer uma abordagem das tradições e observar as influências culturais as quais as sociedades estão inseridas e sair de uma visão puramente eurocêntrica.

Nessa tentativa, a partir da década de 60 alguns estudos passaram a problematizar a visão do europeu sobre os outros, como os de Levi-Strauss e Boas trazendo grandes contribuições. Outro fator que permitiu o avanço nos estudos sobre o continente Asiático se deu com o avanço econômico de países advindos deste local, principalmente o Asiático, o que levantou novas discussões em torno de seu desenvolvimento político, cultural e histórico (SANTOS, 2013).

Quanto a sala de aula, gostaríamos de ressaltar o pouco espaço destinado ao continente asiático quando tratado na educação fundamental e média, dando destaque apenas para as participações do Japão na guerra e as revoluções chinesas, algo pouco em relação à suas inúmeras abordagens possíveis. Além disso, podemos refletir sobre quais espaços de apresentação ou discussão as universidades brasileiras dão para o continente asiático, sejam como disciplina ou tópicos especiais? Em nossas formações, não tivemos qualquer tocante ao referido continente, eis algo de certa forma deprimente de se mencionar.

Reflexões de uma Ásia distante
Nos últimos anos, países como a China e o Japão passaram a ter um olhar diferente, principalmente dos meios de comunicação em voga de seu desenvolvimento econômico. Se este último já é visto como uma da grande potencia mundial, o primeiro vem tendo grande desenvolvimento nas ultimas décadas.

Como destaca Everaldo Andrade (2016), durante séculos a China foi vista como grande civilização do extremo oriente, dominando quase toda Ásia no século XVI e XVII, onde a cultura do arroz, além do desenvolvimento da agricultura gerou uma considerável expansão demográfica chinesa, chegando a 430 milhões de habitantes em 1850. Logo, este país não era vista como uma civilização atrasada na época, mas apenas no século XIX quando do contato com as potencias europeias.

Dessa forma, importante destacarmos que o que definiu a diferença na evolução das sociedades europeias e a chinesa foi o processo industrial. Ao passo que enquanto a europeia soube equilibrar o desenvolvimento de sua agricultura e o avanço industrial, levando à Revolução Industrial, mediante, principalmente a sua enorme população, a agricultura se predominou, não se encaixando no modelo de civilização e evolutivo eurocizante (ANDRADE, 2006).

Ainda no âmbito da história chinesa, se torna imprescindível ressaltar que inúmeras revoltas e ideologias políticas se deram naquele território, a exemplos da Rebelião Taiping (1850-1864),as guerras do Ópio (1840-1860), “Os cem dias de Pequim” (1898) e a tão mencionada Revolução Chinesa de 1949.

Embora que não tenha tido uma participação tão efetiva como em outros movimentos, a campesinato chinês foi de suma importância para as medidas pensadas por Mao Tse-tung ao assumir o poder em 1949. Em 1950, por exemplo, o governo confiscou terras de grandes proprietários e redistribuiu para cerca de 300 milhões de camponeses pobres e médios, reduzindo de 60 para 30% o número de camponeses pobres. Longe de ser bondade do novo chefe de Estado, a estratégia de fortalecer o setor mais importante para um país agrário, bem como o número de pessoas envolvidas traziam ao governo o estado de bem estar social e de controle estatal. Destacamos isto devido, principalmente ao “grande Salto para frente” e o deslocamento da industrialização para o campo, onde terras, equipamentos, gado e moradias passaram a ser coletivizados. Assim a produção aumentou 65% em um ano, mas em contrapartida as tensões e conflitos também, principalmente a partir da formação de comunas, como a de Xangai em 1967.

Já Japão, tão representado em animes e filmes de ação, trazem em sua história não apenas o pioneirismo nas artes marciais, mas fatos políticos e econômicos de reverberações para o mundo. Em uma análise mais minuciosa, podemos observar que uma das primeiras aparições nos livros didáticos de história sobre o Japão se refere a sua inserção na segunda guerra mundial no apoio às tropas nazifascistas. Assim,

“O Japão, tradicionalmente, tem sido caracterizado pela antiga antropologia e pelo eurocentrismo como o Oriente Distante. Nessa acepção, passam pela palavra “distante” vários verbetes: incomum, indecifrável, inominável e aquém do desejo de interpretações mais profundas (THOMAS BAPTISTA, 2010, p.1)”.  

Logo, observamos o quanto o continente Asiático, que obviamente não se resume ao Japão e a China, precisa ser melhor debatida e apresentada não apenas nos cursos básicos, mas no superior, permitindo um ganho ímpar para estudantes e professores, algo que pretendemos elucidar no tópico que se sucede.

Possibilidades de utilização em sala de aula
No intuito de auxiliar professores, estudantes e pessoas que gostam de tal temática, tencionamos aqui fazer algumas sugestões/ considerações sobre as possibilidades de se usar a Ásia em sala de aula. O grande desafio para trabalhar com a Ásia em sala de aula não é diferente quando comparado a outros continentes, pois se trata de como os professores de história acessam o passado. Neste ponto, o historiador francês Michel de Certeau (1982) nos lembra que este acesso se dá através de uma inversão cronológica onde o presente pretende atingir o passado e o presente, evidentemente, é construído através de vários valores e dimensões do mundo social. Isto faz com que, enquanto sujeitos professores, jamais nos descolemos de nossas próprias realidades para pensar um passado histórico. Nossas angústias, conjunturas sociopolíticas, apreciação ou depreciação artística e orientações ideológicas são elementos ativos na apreensão que fazemos diária e profissionalmente da história.

Como então, sabendo desta interferência do presente, historiadores ocidentais carregados de formações eurocêntricas poderão trabalhar com a Ásia em espaço escolar? Embora tenhamos dito acima que os desafios ao trabalhar Ásia ou outros continentes sejam os mesmos, podemos complementar que em se tratando de lugares que, por um longo tempo, não fizeram parte de nossa formação escolar, este desafio se torna muito mais intenso. A nosso ver, dois aspectos devem ser levados em conta neste exercício; a identidade e a alteridade. A identidade, obviamente, é elemento chave nas abordagens do ensino de história, se ela (a história) parte do presente, claramente contará com aspectos identitários referentes a realidade de quem a busca compreender. No entanto, a alteridade ou o esforço de compreender o outro, é definitivamente uma atividade necessária sobretudo se pensarmos que muitas nações asiáticas, como China e Japão, têm histórias milenares possuidoras de valores específicos estranhos ao ocidente.

Ainda que seja impossível despir-se completamente do olhar ocidental eurocêntrico para analisar estas histórias tão diferentes da nossa, é salutar o esforço de tornar sensível este mesmo olhar ao que é específico do oriente. Uma eficaz forma de equilíbrio entre identidade e alteridade pode acontecer através de abordagens de representações artísticas asiáticas.

Em se tratando de China, uma nação que segundo Rogério Hasbaert (1994) é composta por uma multiplicidade de espaços que estabelece uma grande variedade étnico-linguística, podemos pensar este exercício através do cinema via filmes chineses e filmes de outras localidades que chegam a China. Dois exemplos interessantes de filmes chineses que tratam de temas explicitamente históricos são “Herói” dirigido por Zhang Yimou lançado em 2002 e “O Tigre e o Dragão” do cineasta Ang Lee lançado em 2000. As duas obras nos apresentam uma china antiga permeada por intrigas políticas e emocionais nos governos e sociedades daquela temporalidade. Lembrando que tendo em mente o exercício da crítica, não devemos tomar o filme como ilustrador da realidade, mas sim como um discurso sobre a história, tanto do período apresentado quando do período em que foi lançado. Existem dados que também nos permitem perceber uma forte interlocução entre oriente e ocidente vendo alguns números de bilheterias na China de filmes norte-americanos de poderoso orçamento. Filmes como “Transformers: A Era da Extinção” (2014), “Os Mercenários 3” (2014) e “Exterminador do Futuro: Gênesis” (2015) tiveram faturamentos em bilheterias consideravelmente superior na China em relação aos Estados Unidos, país de origem das obras. Isto faz com que a própria indústria do cinema americano atente-se para o mercado chinês que, num mundo cada vez mais globalizado, os denominadores comuns da cultura ficam mais intensos.

Quando o assunto é Japão ocorre uma importante peculiaridade no mundo da cultura e das linguagens artísticas que são os Animês, os conhecidos popularmente como desenhos animados. Sandra Monte (2010) dedica um livro para analisar a presença dos animês na TV brasileira. Ela usa obras que marcaram geração como “Cavaleiros do Zodíaco”, “Samurai X”, “Pokemon”, “Dragonball Z”, entre outras, para construir uma análise concluindo que a presença deste tipo de produto artístico e cultural se consolida na TV brasileira a partir dos anos 2000 embora já tenha frequência por aqui desde a década de 1960. Numa perspectiva analítica, temos que levar em consideração que muitos dos próprios animês são produzidos para que possam circular o mundo e, assim, são dotados de aspectos globais em suas narrativas e estéticas, entretanto, através da análise dos animês, é possível também identificar e estudar elementos específicos da cultura pop e história japonesa como respectivamente em obras a exemplo de “Pokemon” que movimenta até hoje uma poderosa indústria no Japão e no mundo organizando elementos simbólicos e materiais de consumo e “Samurai X” que apresenta elementos do Japão feudal e de algumas especificidades da história japonesa como os samurais e o contexto histórico que os cerca.

Literatura, música, artes plásticas e visuais, teatro, etc, são também linguagens artísticas que, mediante uma boa metodologia, podem ser importantes recursos pedagógicos para compreender melhor a história da Ásia. Aqui direcionamos a abordagem para China e Japão mostrando caminhos de análise para cinema e animês. De todo modo, o mais importante é a compreensão de que as dimensões da identidade e alteridade vem coexistir para que este tema seja adequadamente trabalhado em espaço escolar levando em consideração que, sem exceção, as realidades do presente se impõem fortemente em qualquer exercício histórico que nos propusermos a realizar.

Dessa forma, esperamos que através deste breve texto possamos contribuir não apenas nas reflexões a cerca do milenar histórico e cultural que cerca do continente asiático, mas de como sua representação, bem como sua utilização no espaço escolar traz problematizações importantes.

Referências
Ary Albuquerque Cavalcanti Junior é doutorando em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Bolsista CAPES. E-mail: academicoary@gmail.com
Ítalo Nelli Borges é doutorando em História pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e-mail: italo.nborges@gmail.com

ANDRADE, Everaldo de Oliveira. A revolução chinesa. In: As revoluções contemporâneas paradigmáticas. (Org) BARBOSA, Carlos Alberto Sampaio.  UEM- PGH, Maringá, 2016. pp. 133-166
AUMONT, Jacques. A Estética do Filme. São Paulo. Papirus. 1994
BAMBA. Mahomed. A Recepção Cinematográfica: teoria e estudos de caso. Salvador. EDUFBA. 2013
BAPTISTA, Thomas Antonio. Cinema e História: Japão, um Construto Milenar. Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação. Ano 4 - Edição 1 – Setembro-Novembro de 201o
BITTENCOURT, Circe. O saber histórico na sala de aula. 11ª ed. São Paulo: Contexto, 2008
CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. Petrópolis. Vozes. 1982
CÕRREA, Margarida Maria da Silva. Da construção do olhar europeu sobre o novo
mundo ao (re) descobrimento do reino tropical. (Dissertação), PPGHIS. UFG, Goiânia, 1997
EHALT, Rômulo da Silva. Notas sobre o nascimento da historiografia moderna no Japão da Era Meiji. História e historiografia. Ouro preto. n. 12, agosto, 2013, 119-136
FERRO, Marc. Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
HASBAERT, Rogério. China entre o Oriente e o Ocidente. São Paulo. Ática. 1994.
LAVILLE, Christian. A guerra das narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de História. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 19, nº 38, p. 125-138. 1999
MONTE, Sandra. A Presença do Animê na TV Brasileira. São Paulo. Laços. 2010
SANTOS, Jéssica Fernandes Maia dos. O olhar europeu ocidental sobre o outro: um paradigma da ciência. Sem Aspas, Araraquara, v. 2, n. 1, 2, p. 121-126, 2013
OLIVEIRA, Henrique Altemani de. MASIERO, Gilmar. Estudos Asiáticos no Brasil: contexto e desafios. Revista Brasileira de política internacional. 48 (2): 5-28, 2005

37 comentários:

  1. Trabalho com História da Indumentária, e a situação dos estudos sobre África e Ásia é bem similar: em geral, temos menções ao Egito na Antiguidade, depois o que aparece é basicamente por meio da inspiração que os povos dessas regiões fornece aos criadores de moda na Europa, ou casos assim. Os trajes e adereços dos dois continentes raramente são vistos por si, ou ressurgem num contexto globalizado.

    Pergunto a vocês: a partir das produções culturais mencionadas no texto, passando pelos desafios para nossa análise, sempre permeada pelo olhar ocidental eurocêntrico, quais metodologias vocês indicariam para que fosse possível acessar temas relacionados à cultura antiga desses povos de maneira que, a seguir, pudesse observar questões específicas, como o vestuário, sem passar necessariamente por um filtro europeu, onde seriam representados como 'exóticos' ou 'atrasados'?

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    1. Olá, Natália Santucci! Obrigado por participar!
      Realmente é muito difícil nos "descolonizar" desse olhar ocidental eurocêntrico mencionado por você.
      Em se tratando de cultura antiga, minha recomendação é a busca de autoras e autores que trabalhem estes temas em centros acadêmicos fora dos lugares onde normalmente nos referenciamos.
      Seria interessante, então, buscar estudos realizados em universidades do Egito e de outros países da África, bem como lugares da Ásia.
      Ainda assim, encontraremos dificuldades, primeiramente a língua (embora creio que vários textos devem estar publicados em inglês, o que facilita), e em segundo lugar, devemos reconhecer que há a possibilidade do "olhar europeu" também ter invadido estes estudos. Não me parece impossível de algo assim ocorrer visto que nós temos uma considerável historiografia brasileira que pensa o Brasil de acordo com um olhar eurocêntrico.
      De todo modo, é um desafio e tanto!

      Uma outra forma de se desvincilhar, pelo menos tentar, desta abordagem ocidental acerca do oriente, é buscar representações artísticas daqueles períodos antigos, "ir direto na fonte". Para a antiguidade, vale a pena pensar em fontes arqueológicas que, de alguma forma, tratam isto como objeto.
      São desafios interessantes mas, de todo jeito, por mais esforço que façamos para nos desnudarmos de uma visão ocidental do oriente, o fato é que somos ocidentais, ou melhor, fomos ocidentalizados. E isto faz com que nossa linguagem, compreensão de realidade, valores culturais, sociais e políticos estejam, mais ou menos, convergentes com o que ocidente traz em relação a isto.

      Mas, como eu disse, é muito válido este esforço que você faz!

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  2. Prezados Ary e Ítalo, parabéns pelo texto.

    Vocês utilizaram os conceitos de identidade e de alteridade. O que vocês entendem por estes conceitos? Quais autores vocês usaram para delineá-los?

    O que os PCNS de história trazem sobre o ensino da cultura asiática?

    Heraldo Márcio Galvão Júnior

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    1. Professor Heraldo Galvão, Muito obrigado pela participação e por felicitar o texto!
      Os conceitos de identidade e alteridade são comuns às humanidades de maneira geral. Aqui, apesar de não haver uma menção específica a autores, entendemos estes conceitos sob a luz de Gilles Deleuze em seus estudos sobre filosofia da diferença, Zygmunt Bauman no que tange a identidades atreladas a um padrão de consumo que se perpétua pela lógica da insatisfação do desejo e com Tomaz Tadeu da Silva trazendo estas perspectivas para o âmbito pedagógico.
      Então, o que uma boa compreensão das complexidades que envolvem identidades e alteridades traz é justamente apreender melhor possível as pessoas "público alvo" de nós, professores. Compreender que a diferença é uma variável dentro de identidades que, por definição, são definidoras de certas práticas. Existe, assim, a alteridade como uma centelha (que pode provocar um incêndio) dentro de cada sujeito que convivemos em sala de aula, só conseguimos compreender o outro, ou seja, pôr em prática a alteridade, através de uma sensibilidade às diferenças.
      A Ásia e a cultura pop proveniente dela certamente, são elementos fundamentais para entendermos os sistemas psicológicos e socioculturais que estão presentes em boa parte dos estudantes brasileiros.

      Os PCNS são muito genéricos com relação ao estudo das sociedades asiáticas. Pelo que apurei aqui rapidamente, ficam mais direcionados em ondas migratórias. questões relacionadas ao imperialismo europeu e relações de trabalho.

      fique a vontade para acessar o link do PCN do sexto ao nono ano.
      http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pcn_5a8_historia.pdf

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    2. Muito obrigado pelas respostas, Ítalo. Foram muito esclarecedoras.
      Parabéns mais uma vez.
      Abraços

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  3. Olá! Bem claro e instigante o texto.Parabéns! Vou iniciar em geografia o estudo do continente asiático com o nono ano. Tenho dificuldades em trabalhar o tema pela falta de conhecimento. Estou buscando referências e o seu texto me deu ideias interessantes para abordar: animês, filmes, teatro e música. Vocês teriam alguma sugestão de material que instigassem os meus alunos [de 14 a 16 anos]? E vocês ainda comentam no texto os conceitos de alteridade e identidade; acho tais muito interessantes e importantes para se trabalhar dentro das humanas, pois acho que é isso que faz a diferença em aprender do que decorar lugares sem sentido. Obrigada e parabéns.
    Paola Rezende Schettert

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    1. Olá, Paola Schettert. Obrigado pela participação!
      o melhor caminho é conhecer a turma, cada uma tem um perfil próprio e isto faz que varie as abordagens relacionadas ao ensino da cultura asiática.
      Genericamente, eu diria que animês, mangás, games e filmes de alguma forma ligados à esta temática são interessantes para se trabalhar em aula.
      Fique atenta aos eventos que ocorrem sobre cultura oriental. Várias cidades brasileiras já contam com estas iniciativas. Já fui em alguns e, a faixa etária de 14 a 16 anos é muito predominante. Nos que presenciei, o que mais se falava era sobre filmes, seriados e games.

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    2. Faço das palavras do Ítalo as minhas Paola, acho que a a utilização dessas ferramentas possibilitarão não apenas uma aula mais dinâmica, mas um alternativa metodológica que os insira num outro contexto. O ato de abrir os Mangás de uma forma diferente do que o tradicional ocidental já é uma problmatização interessante. Estamos a disposição.

      Ary Albuquerque

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  4. Olá, Ary Albuquerque e Ítalo Nelli Borges. Ao longo da leitura do seu artigo fui identificando inquietações que eu, como professor de história da educação básica e do ensino superior sinto desde a graduação. Nesta, os estudos sobre o continente asiático ficaram relegados à uma disciplina de 60 horas dividida com a história da África. Conclui minha graduação em 2009. De lá para cá, estou trabalhando com turmas de ensino médio e percebi que os livros de história começaram a inserir conteúdos relacionados ao oriente, tais como “China Antiga e Medieval” História da Índia, etc. Atualmente o Oriente aparece de forma mais presente nos livros de História da Educação Básica, mas nos currículos das graduações de História da maioria das universidades brasileiras não existem disciplinas sobre História da Ásia. Já ouvi relatos de alguns colegas da área que afirmam não se sentirem à vontade ao ministrar esses conteúdos. Há professores que dizem simplesmente “pular” os capítulos que tratam especificadamente de História da China, Japão e Índia, por acharem “complicado demais o assunto e que os alunos não vão entender”. A que vocês atribuem esse posicionamento/atitude de alguns professores e quais procedimentos didáticos pedagógicos vocês recomendariam para aproximar tanto os professores como os alunos desses temas de tanta relevância para o ensino de história?

    Márcio Douglas de Carvalho e Silva

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    1. Olá Márcio. Penso que a cultura imposta pelos europeus sobre nossa sociedade nos afastou ou simplesmente por muito tempo criou barreiras de aproximação entre o que vivemos e o que reconhecemos por cultura ocidental. Assim, as dificuldades saltaram e chegaram às reproduções históricas, como os livros e os manuais. Penso que mostrar o continente asiático sob óticas mais próximas do cotidiano do aluno, como desenhos etc seja uma alternativa importante. Espero ter contribuído.
      Ary Albuquerque

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  5. Olá. Vocês mencionam a ausência de um conteúdo sobre o oriente até mesmo nas grades curriculares das universidades. É uma perda significativa de conteúdo histórico valioso para todos. O que me intriga é o aparente desinteresse e a relutância em inserir esse conteúdo vasto ( desde o oriente antigo até mesmo a política, economia e sociedade atuais) no contexto didático. Vocês vêem algum motivo específico para tal?

    Crislli Vieira Alves Bezerra

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  6. Então Crislli, nosso próprio programa e currículo se mostra eurocêntrico, algo que dificulta essa inserção. Porém, percebo que alguns cursos de história vêm tentando mudar essas características. Penso também que a questão da dificuldade em obter fontes, e até mesmo a escassez de referenciais na historiografia brasileira, também é um dos percalços para sua real predominância. Contudo, acho que este evento é as discussões realizadas servirão como uma chamada de atenção. Qualquer coisa estamos a disposição.

    Ary Albuquerque

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  7. Boa tarde!
    Em 2015 estive na Festa das Cerejeiras no Parque do Carmo, em São Paulo. É uma festa tradicional japonesa e, confesso, pouco conhecia sobre a cultura daquele país, além dos estereótipos que o ocidentalismo espalhou na sociedade.
    Agora, como estudante de Licenciatura em História, tenho maior contato com esta região por causa da formação. No entanto, o foco está no Japão e na China.
    Os professores acreditam que a participação de alunos e professores em eventos estimularia o interesse pelos asiáticos, cultura e história?

    Ass: Ary Luiz Paes Alves

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    1. certamente, Ary Alves! Obrigado pela participação!
      Participar de eventos é uma rica forma de estimular interesses pela cultura asiática.
      Em São Paulo há uma importante cultura asiática (principalmente japonesa) por conta da imigração. Além de eventos, isto se reverbera no cotidiano urbano, por isso é sempre bom ter olhos vivos pra nossa realidade.
      te parabenizo por ter contato com estes espaços extra acadêmicos e por ampliar seu interesse na temática.

      abraço

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  8. Após a leitura do artigo eu pude perceber a inquietação dos autores em relação ao ensino sobre o continente asiático em turmas de Ensino Fundamental e Médio. Sou professora de História e também considero que os livros didáticos que trazem informações sobre o continente, apresentam o conteúdo muito resumidamente, somente a partir do Ensino Fundamental II. Porém percebe-se que nas Universidades não acontecem discussões adequadas sobre o Continente Asiático. Então pergunto a vocês pesquisadores. Será que os professores do Ensino Fundamental I e do Ensino Médio estão preparados para trabalhar de maneira adequada sobre a Ásia, já que muitos não possuem formação adequada para aprofundar o tema, ou o tema é repassado de maneira superficial, fazendo com que os alunos não se interessem pelo mesmo?

    Inês Valéria Antoczecen

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    1. Olá, Inês. Agradecemos sua participação!
      O estudo sobre Ásia muitas vezes é negligenciado nos currículos de cursos de formação de professores. No entanto, aos poucos, isto vem mudando e há cada vez mais gente preocupada com este conhecimento. Este evento, inclusive, é um bom exemplo!
      No entanto, certamente é mais um desafio (e dos grandes) para os professores e professoras de história que, em uma considerável parte, não tiveram acesso a estes conteúdos em sua formação lidarem com isso.
      As vezes é preciso extrapolar o currículo e adentrar, mesmo de maneira autônoma, bibliotecas e eventos que versem sobre a Ásia.

      abraços

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  9. Em relação ao ensino da Ásia no âmbito escolar, sabendo que hoje já aparecem nos livros didáticos capítulos dedicados a Ásia, entretanto esses capítulos muitas vezes não fazem menção do quão importante é o continente para a economia mundial, por exemplo, lumita-se em tratar o continente como a cultura exótica ou termos do tipo deixando de lado a amplitude da sua importância mundial como um todo. Como nós professores que dispomos desses materiais podemos trabalhar a Ásia em sala de aula? Trabalhar de forma lúdica seria uma solução para atrair o aluno? Daniele Moraes Santos.

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    1. Olá, Danielle!
      Tratar a Ásia como "o exótico" entra nos problemas de uma visão ocidental eurocêntrica do outro que não é formado nestas raízes. É o desrespeito ao princípio da alteridade. As vezes os livros didáticos podem restringir-se a reducionismos que não contemplam, de maneira alguma, uma prática pedagógica coerente.
      A melhor saída é fazer exatamente o que você apontou; a crítica! Hoje podemos achar diversos conteúdos sobre esse continente, a internet ajuda muito!
      No caso da economia, há uma série de trabalhos (acadêmicos ou não) que refletem sobre as complexidades econômicas do continente.

      abraço

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  10. Texto muito interessante. O fato do Currículo Mínimo dar pouco espaço aos assuntos relacionados a Ásia e a obrigatoriedade de se seguir o currículo não seria um grande obstáculo para uma maior inserção do assunto em sala de aula? Muitas vezes, o professor mal consegue trabalhar o conteúdo mínimo do currículo. Como lidar com esse problema?

    Obrigado,
    Rodrigo Conçole Lage

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    1. Olá, Rodrigo!
      Eis o grande problema do cotidiano escolar: o que fazer com tanto conteúdo do currículo!!
      A turma pode ser um bom termômetro pra isso. se tivermos sensibilidade, saberemos no que nossos alunos sentem mais interesse em aprender e isso mediará a dinâmica do currículo. Não digo em negligenciar conteúdos, mas sim priorizar alguns, dando-lhe mais ênfase analítica e reflexiva, por demanda da turma. E pode acontecer com a Ásia.
      Não sei todas, mas algumas redes estaduais estabelecem 2 horas aulas semanais para história, é um absurdo! Não há como fazer um trabalho intelectualmente bom e que dê conta de todo o conteúdo curricular com este tempo risível. Por isso a sensibilidade à turma é decisiva.
      Uma outra abordagem é aproveitar que há eventuais interesses em certos conteúdos e usar isso fazendo atividades fora da carga horária normal, oficinas, cursos, cinedebates, etc.
      Mas aí depende muito das condições que o professor terá pra fazer isso. na rede pública, por exemplo, ele não receberá nada a mais e nem terá menos trabalho com a carga horária normal. É uma questão delicada, mas inquietações como a sua são sempre pertinentes pra conseguirmos fazer um trabalho de escelência

      abraço

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  11. Gostei muito do texto. Trazendo pro âmbito da sala de aula, me referindo ao ensino básico, como nós professores podemos trabalhar com esse recurso com os nossos alunos na tentativas de despertar neles a curiosidade sobre o oriente, que muitas vezes fica a margem do interesse do aluno?

    Camila Teixeira de Carvalho Dias

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    1. Oi, Camila!
      Alguns recursos o texto aponta, como a utilização de filmes, animes e outros elementos da cultura pop asiática (sobretudo china e japão)
      Literatura, música e outras linguagens também são bem-vindas.
      Novamente, fica a critério do professor considerando que ele conhece sua turma e sabe o que melhor se adéqua ao perfil de seus alunos.

      abraço

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  12. Olá Ary e Ítalo. O texto de vocês é bem pertinente ao contexto que encontramos dentro do âmbito escolar em que a grande parte de nós professores atuamos. Gostaria de agradecer pelas sugestões de ação pedagógica e bibliográfica mencionadas. De qualquer forma, questiono, como a inclusão das temáticas relacionados ao "espaço oriental" está ocorrendo na formação da Base Nacional Comum Curricular? Obrigado!

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    1. olá, Maicon!
      as temáticas que você se refere estão inclusas na BNCC. Esta inclusão se dá, inclusive, em várias disciplinas do currículo. Em se tratando de História, ela versa, pelo que pude averiguar, mais sobre a Ásia em temporalidades modernas e contemporâneas.

      fique a vontade para consultar a BNCC
      http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf

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  13. Olá,

    Gostei bastante do ensaio, expuseram assuntos pertinentes e condizentes com a minha realidade como estudante de história. A minha pergunta é a respeito da seleção feita, especificamente, sobre a China e o Japão no ensaio, sendo que, como fora lembrado por vocês, não são somente estes os países que compõe o território asiático. A escolha em abordá-los no ensaio definiu-se sobre quais aspectos, foi pela sua vigência nos livros didáticos ou pela importância histórica, econômica e social dos dois países?

    Pedro Antonio de Brito Neto

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    1. Olá, Antônio!
      Nossa escolha referente a China e Japão se deu pela, como você mesmo disse, relevância história destes dois países.
      Ademais, quando falamos de industria cinematográfica ou de outros segmentos produtores da chamada cultura pop, China e Japão são lideranças mundiais. NEste sentido, como nosso texto versa sobre estes aspectos, julgamos procedentes a escolha destes dois países.

      Abraço

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  14. Prezados autores, parabéns pelo texto.

    Gostaria de saber se vocês identificaram alguma inovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de História, publicada recentemente e que foi alvo de intensas discussões, em relação à história da Ásia, ou se ainda permanece um “silêncio” sobre a mesma.

    Cordialmente,

    Geraldo Magella de Menezes Neto.

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    1. Olá, Geraldo!
      Existem sim questões acerca da História da Ásia. Porém, pelo que pudemos averiguar, ela fica mais concentrada em temporalidades modernas e contemporâneas.

      fique a vontade para consultar a BNCC
      http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf

      abraço

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  15. Olá Ary Albuquerque e Ítalo Nelli. Acho plausível e necessário o trabalho de vocês. Gostaria de comentar e perguntar a respeito dos estudos subalternos. Há um bom tempo que essa linha de estudo tem se fortalecido na historiografia. Tentar pensar o "outro" por meio da sua própria lógica de vida é a base da reflexão. Homi Bhabha, Lata Mani e Gayatri Spivaki são alguns nomes que trouxeram o oriente para ser pensado de forma mais sistemática na historiografia mundial. A mesma coisa poderia dizer a respeito dos estudos pós-coloniais. Acham que essas linhas seriam interessantes para pensar às questões que estão propondo?

    Ass. Beatriz Rodrigues

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    1. Olá, Beatriz!
      Certamente são abordagens pertinentes e interessantes à nossa perspectiva. Muito obrigado pelas sugestões!

      abraço

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  16. Boa tarde.

    Diante da vastidão de conteúdos trabalhados pela história, como os professores podem inovar na abordagem da da história asiática???
    Sabemos que há uma vastidão de conhecimento, o que deixa o professor confuso quanto ao que selecionar para discutir em sala. Entendo que essa dificuldade origina-se na formação docente, pois muitas universidades ainda possuem um currículo muito eurocêntrico. Quais as medidas devo tomar para mudar esse cenário?

    Att,

    Crisnamurth de Souza Couto.

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    1. Olá, Crisnamurth!
      Deixamos algumas sugestões de ação pedagógica tanto no texto quanto no debate abaixo.
      Trabalhar com linguagens artísticas pode ser frutífero, contanto que o professor conheça bem o perfil de sua turma e detenha os saberes procedimentais para realizarem tais atividades,

      abraço

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  17. Em relação a sociedade asiática, observou-se que durante muitos anos os europeus dominaram os países que se situam no continente asiático, os quais eram explorados através do comércio humano e bens materiais. Na atualidade, como a autora vê a relação europeia com a sociedade asiática? Os europeus ainda exercem exploração nos países asiáticos?

    Roziane Belinski

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  18. Olá, Roziane!
    Nossa comunicação não aborda questões de dominação da Europa sobre Ásia, mas sim os problemas e desafios na abordagem da cultura asiática na sala de aula por uma série de aspectos, entre eles, um currículo reflexo de nossa visão de mundo eurocêntrica.
    Creio que muitas nações asiáticas já conseguem autonomia sociocultural há tempos, porém, nós como ocidentalizados que fomos, precisamos sempre ficarmos atentos às visões eurocêntricas que, volta e meia, vazam nossos trabalhos.

    abraço

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  19. Olá, sou professor do Ensino Fundamental II da rede pública de ensino da cidade de Morro Agudo, interior de São Paulo, e vejo na minha prática diária como o ensino de História das culturas asiáticas é deixado de lado no currículo escolar e, consequentemente, nos livros didáticos. Como dito no texto escrito por vocês, até mesmo no ensino superior, nas graduações de História, o oriente não é muito bem retratado, sendo abordado sempre com um viés de estranhamento e, acima de tudo, europeu, trazendo muitos preconceitos. Acredito que os currículos da educação básica brasileira estão totalmente ultrapassados, já que em pleno século XXI ainda insistem priorizar a cultura europeia, dando pouquíssimo espaço para as culturas asiáticas, no máximo o Egito Antigo, Mesopotâmia, Fenícios, Hebreus e Persas antigos, e ainda assim, análises carregadas de preconceitos culturais dessas sociedades antigas. Concordo com os autores do texto ao afirmarem que com o avanço da globalização e o crescimento da influência econômica de países asiáticos como China e Japão, torna-se fundamental uma nova perspectiva para o ensino de História da Ásia. Nossos jovens alunos estão perdendo uma oportunidade muito grande de conhecerem melhor as culturas que poderão dominar o mundo daqui algumas décadas.

    Oscar Martins Ribeiro dos Santos

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  20. Boa noite caros colegas, gostaria de parabenizar os autores deste belíssimo trabalho, pela importante abordagem acerca da apresentação do mundo oriental na sala de aula. Sou aluno do Curso de Licenciatura em História pela UNIRIO, e com a minha pouca experiencia em estágio e prática escolar tenho visto o como é difícil a abordagem de temas e assuntos que não estão na esfera do ocidente. Gostaria de saber a opinião dos caros autores, sobre a abordagem de estudos sobre oriente em sala de aula, se o fato de não termos um ponto de partida para a diferenciação das mais variadas culturas no oriente não dificulta ainda mais essa abordagem didática?
    Quando se pensa nas mais variadas sociedades e povos do oriente, nós nem se quer sabemos algumas diferenças basicas de suas culturas.Será que a abordagem pedagógica não deveria começar exatamente por esse ponto o da diferenciação?

    Elias da Costa Cardoso

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