OS MANGÁS COMO METODOLOGIA LÚDICA NO ENSINO-APRENDIZAGEM
Wallysson Klebson de Medeiros Silva
Camila Teixeira de Carvalho Dias
Atualmente, o número de estudos desenvolvidos a respeito do lúdico como metodologia empregada, para melhorar o ensino aprendizagem do aluno, tem crescido satisfatoriamente. Isso se deve pela relevância que a temática apresenta. Sendo assim, a finalidade do presente trabalho corresponde a de abordar a relevância do ensino lúdico por meio de mangás como material didático.
Mangá é uma palavra de origem japonesa que surgiu da junção de dois vocábulos: “man” (involuntário) e “gá” (desenho, imagem), referindo-se à história em quadrinhos. O vocábulo surgiu com base nos trabalhos do artista de ukiyo-e Katsushika Hokusai, que elaborou o Hokusai Manga, uma coleção de livros com ilustrações em 15 volumes. Atualmente, os mangás consolidam-se como fenômeno contemporâneo, devido a sua narrativa visual impressa típica, com foco na sociedade japonesa (Vasconcellos, 2006).
Deste modo, esse artigo tem como objetivo mostrar como os mangás podem ser usados para potencializar a aprendizagem do aluno no ensino da história.
As principais características de um mangá que diferem dos quadrinhos ocidentais são as representações gráficas, os ideogramas que consistem em sons e ideias. Os traços dos desenhos são peculiares, com olhos exagerados e corpos esguios. Outro ponto é ter até quatro quadros em uma só página. Além disso, o sentido da leitura do mangá é diferente do ocidental, pois começa do fim e termina do início da nossa tradicional leitura, como mostrado da figura. Gravett (2006) e Luyten (2005) relatam ainda que o planejamento é primordial, haja vista o caráter corriqueiro no período de publicação, por serem feitas pesquisas de opinião para saber se a história está sendo bem recebida pelo público.
Fonte: Elaboração própria
No Brasil, os títulos mais conhecidos são: Astro Boy (Tetsuwan Atomu, no original), Kimba, o Leão Branco (Jungle Taitei) e A Princesa e O Cavaleiro (Ribbon no Kishi), que ajudaram a popularizar os mangás no país. Os mangás podem ser delimitados conforme seu público alvo, para garotas adolescentes (shoujo mangá), cujo foco é a delicadeza nos traços, ao contrário dos shounen mangá para os garotos, no qual os traços são carregados e com foco em cenas de ação (Vasconcellos, 2006). O mangá também é base de animes de sucesso no Brasil, como Cavaleiros dos zodíacos, Dragon Ball e Sakura Card Captors.
No Japão, os mangás são utilizados como principal ferramenta no ensino aprendizagem, desde a infância, pois ajuda na compreensão das palavras, devido à dificuldade que a língua por si só apresenta. Desta forma, os mangás proporcionam uma capacidade para desenvolver o raciocínio visual maior do que a da escrita alfabética romana (Vasconcellos, 2006).
De acordo com Gravett (2006, p. 123) “os mangás de conteúdo educativo não são um fenômeno recente no Japão. O primeiro mangá didático data de 1939 [...]. Desde então, o mangá tem seu lugar nas aulas e é válido transformar qualquer assunto em quadrinhos: desde cursos de matemática e história até biografias de personagens famosos e adaptações de obras literárias”. A partir disso, ocorreu uma consolidação no mercado, fazendo com que diversos livros didáticos fossem adaptados para mangás, tornando-se eficaz no ensino japonês.
Portanto, os mangás, como qualquer produção cultural, possuem historicidade, do mesmo jeito que pode ser objeto de investigação e estudo no ensino da história. Na sala de aula, os mangás podem ser estratégicos para potencializar o ensino aprendizagem.
No ensino da história, o melhor mangá para ser trabalhado são os intitulados jidai mono mangá (mangá de relato histórico), no qual apresenta figuras ou eventos históricos de maneira lúdica, por meio de representações através de desenhos, relatando os eventos ocorridos historicamente (Vasconcellos, 2006).
O mangá “Gen Pés Descalços” de Keiji Nakazawa, baseia-se nas experiências do próprio autor, relatando a história de um sobrevivente do ataque nuclear em Hiroshima, expondo as relutâncias ocorridas na guerra e seus desafios. O mangá também destaca como os lideres manipulavam a população, fazendo-nos refletir de maneira diferente (Nakazawa, 2011).
Enquanto que o mangá “Hiroshima – a cidade da calmaria” de Fumiyo Kouno, tem como plano de fundo o final da segunda guerra mundial, destacando as bombas jogadas em Hiroshima e Nagasaki. O mangá relata a vida de uma sobrevivente após o ataque, mostrando as consequências e perdas de maneira afetuosa (Kuono, 2011).
Já o mangá “Zero Eterno” de Naoki Hyakuta e Souichi Sumoto, traz de forma didática a segunda guerra, sob as compreensões atuais. O mangá se inicia perante os questionamentos do protagonista, interrogando os valores da sociedade para compreender a vida e escolhas feitas pelo seu avô, que foi piloto de um caça na guerra do pacífico (Hyakuta; Sumoto, 2015).
O mangá “Hetalia Axis Powers” de Hidekaz Himaruya destaca os acontecimentos da segunda guerra mundial, na visão dos países do eixo: Japão, Alemanha e Itália, mostrando desde a história antiga até a primeira guerra mundial, sendo fundamentados fielmente os acontecimentos nesse período (Himaruya, 2012).
Outros mangás que podem ser utilizados no ensino da história é “Adolf”, “1945”, “Who Fighter e o coração das trevas” e “El Alamen”, no qual abordam histórias adaptadas antes e durante a segunda guerra mundial. Já os mangás “Vinland Saga” relata o período que a Inglaterra tinha controle sobre a Dinamarca, “Versailles no Bara” trata sobre a revolução francesa e “Gate 7” no qual mostra fatos históricos ocorridos no oriente. Esses temas podem ser ensinados desde o ensino fundamental ao ensino médio (Brasil, 2017).
Vale ainda ressaltar que, além do jidai mono, os mangás proporcionam ao professor explorar temas históricos e transdisciplinar, relacionados à pintura, teatro e artes, pois estão presentes em quase todos os mangás, sendo uma das características dos contos japoneses.
Deste modo, podemos dizer que um mangá é considerado um material lúdico, já que proporciona uma maneira diferente de aprendizado, através de uma linguagem diferenciada, permitindo ao aluno vivenciar as histórias e contexto histórico do personagem ali inserido.
Mediante a compreensão de “lúdico” defendido por Huizinga (2000), o mesmo acredita que seja necessário ter caráter espontâneo e não associado a um fazer produtivo, não devendo ser aplicado na escola com finalidade didática e pedagógica, tendo em vista que, pelo menos na teoria a finalidade está associada ao alcance de alguns objetivos propostos, sendo um instrumento de aprendizagem realizado para garantir um melhor desenvolvimento dos alunos, no que se tange o conteúdo ali aplicado.
De acordo com Kishimoto (2011) o uso de atividades lúdicas no meio escolar expressa um fator relevante para que se atinja uma aprendizagem mais significativa. Deste modo, através dos mangás em junção com o ensino lúdico, o educando pode melhorar a sua afetividade, desenvolver ações sensório-motoras e vivenciam, de forma ativa, os aspectos de participação e interação social, que são justamente fatores que favorecem o bom desenvolvimento e uma melhor aprendizagem. Assim, o mangá pode ser utilizado com dimensão educativa, com o objetivo de favorecer a aprendizagem, desde que exista um planejamento do professor.
Maluf (2008, p. 41) “propõe uma nova postura existencial, cujo paradigma é um novo sistema de aprender brincando inspirado numa concepção de educação para além da instrução”. Dessa maneira, o lúdico rompe com abordagens tradicionais de ensino, buscando alternativas mais dinâmicas para auxiliar no processo de ensino- aprendizagem.
A partir do desenvolvimento desta pesquisa, tornou-se possível aprofundar conhecimentos acerca da relevância do uso dos mangás para o ensino aprendizagem. Cabe dizer, que é necessário que o professor atue de uma maneira bastante intensa, motivando seus alunos. Quanto à escola, necessita-se de uma maior disponibilidade de treinamentos, capacitações direcionadas ao ensino lúdico, entendendo o quão proveitosa essa utilização pode ser na aprendizagem do educando. Assim, os conhecimentos e forma diferenciada que o mangá proporciona ao educando, promovendo o aprendizado mais significativo.
Além disso, uma boa alternativa para que os pais dos alunos se sintam seguros em relação a esse método de aprendizagem é que a escola integre os mesmos em algumas atividades desenvolvidas na escola, convidando-os, para que possam ter contato com o método de ensino e verificar com seus próprios olhos os benefícios que podem apresentar. Outra maneira, para solidificação do uso dos mangás vem ocorrendo na cidade de São Vicente, em São Paulo, onde a prefeitura, vem publicando desde 1998, mangás para serem utilizados em sala de aula.
Referências
Wallysson Klebson de Medeiros Silva é Historiador, Economista e atualmente estuda mestrado acadêmico em Energias Renováveis pela Universidade Federal da Paraíba.
Mail: wallyssonk@gmail.com.
Camila Teixeira de Carvalho Dias é Docente do Centro Universitário de João Pessoa e Mestre em Ciências da Educação.
Mail: camilatcs2@gmail.com.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2017.
GRAVETT, Paul. Mangá: como o Japão reinventou os quadrinhos. São Paulo: Conrad, 2006.
HIMARUYA, Hidekaz. Hetalia: Axis Powers. São Paulo: New Pop, 2012.
HOSHINO Yukinobu. El Alaimen. São Paulo: New Pop, 2009.
HUIZINGA, J. Homo ludens. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2000.
HYAKUTA, Naoki; SUMOTO, SOUICHI. O Zero Eterno. São Paulo: JBC, 2015.
ICHIGUCH, Keiko. 1945. São Paulo: New Pop, 2007.
IKEDA, Riyoko. Versailles no Bara. Tóquio: Shueisha, 1972.
KISHIMOTO, T. M. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
KUONO, F. Hiroshima, a cidade da calmaria. São Paulo: JBC, 2011.
LUYTEN, Sonia M. Bibe. Cultura pop japonesa. São Paulo: Hedra, 2005.
MALUF, A. C. M. Atividades lúdicas para a educação infantil: Conceitos, orientações e práticas. 1. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
NAKAZAWA, Keiji. Genpés descalços – volume um: o nascimento de Gen o trigo verde. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2011.
OHKAWA, A.; MOKONA, A.; NEKOI, T.; IGARASHI, S. Gate 7. São Paulo: NewPop, 2013.
TAKIZAWA, Seiho. Who Fighter e o coração das trevas. São Paulo: HQM Editora, 2010.
TESUKA, Osamu. Adolf. São Paulo: Editora Conrad, 2006.
VASCONCELLOS, P. V. F. Mangá-Dô, os caminhos das histórias em quadrinhos japonesas. 2006. 220 f. Dissertação (Mestrado em Design) - Departamento de Artes & Design, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2006.
YUKIMURA, Makoto. Vinland Saga. São Paulo: Panini, 2014.
Bom dia. No texto, vocês utilizaram a citação "os mangás proporcionam uma capacidade para desenvolver o raciocínio visual maior do que a da escrita alfabética romana" (Vasconcellos, 2006). Achei curiosa essa afirmação, vocês saberiam dizer como Vasconcelos chegou a essa conclusão? Não consegui ter acesso a dissertação de Mestrado do autor (Mangá-Dô, os caminhos das histórias em quadrinhos japonesas).
ResponderExcluirIvan de Freitas Vasconcelos Junior
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBoa tarde Ivan, a dissertação se encontra nesse link: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=8973@1
ExcluirSegundo Vascocellos, isso ocorre devido a predisposição maior para o raciocínio visual, pois podem ser encarados como verdadeiras metáforas visuais para o seu significado, ou seja, devido a facilidade de se 'misturar' o desenho com a escrita.
Gostei da sua comunicação. Porém, infelizmente a grade curricular não co templa como deveria a História Oriental. Me indicaria algum livro, para um debate em torno deste tema? Obrigado.
ResponderExcluirEdivaldo Rafael de Souza
Boa tarde Edivaldo, um livro que acho bem interessante é História da Antiguidade Oriental de Mario Curtis Giordani, porém ainda necessita-se de livros mais específicos que abordem a escola/ensino aprendizagem/história oriental.
ExcluirGostaria de perguntar se existe algum jidai mono que retrate a história latino-americana, brasileira ou mesmo a imigração japonesa para as Américas?
ResponderExcluirEu achei interessante a colocação do colega Ivan de Freitas, e tive a mesma dúvida, se vocês pudessem explicar melhor esta colocação.
Robson de Almeida Junior
Graduando em Pedagogia - UENF
Boa tarde Robson, os jidai mono começaram a ser utilizados no Brasil e em boa parte dos países latinos recentemente, não conheço nenhum que trate das temáticas que você citou, porém acredito que nos próximos anos, a tendência é serem criados, pois atualmente boa parte dos já existentes são traduções.
ExcluirMe utilizando da fala dos próprios autores SILVA e DIAS, [...] "podemos dizer que um mangá é considerado um material lúdico, já que proporciona uma maneira diferente de aprendizado, através de uma linguagem diferenciada, permitindo ao aluno vivenciar as histórias e contexto histórico do personagem ali inserido.", questiono a respeito de como poderia ser feito a implementação deste material lúdico na escola através do PPP (projeto politico pedagógico) da escola? já que infelizmente não se dispõe de editoras veiculadas ao MEC ou FUNDEB que produzam esse material nos impossibilitando de termos recursos das mesma!
ResponderExcluirLailton Cordulino BArbosa.
Boa tarde Lailton, devido à escassez de material disponível sobre a temática no Brasil, torna-se necessário que você analise o Projeto Político Pedagógico da escola, para que assim, você deve inserir o lúdico na rotina pedagógica que a escola adota.
ExcluirOk, obrigado pela ajuda!
ExcluirVocês teriam algum trabalho para sugerir onde o autor(a) tenha aplicado em sala os mangás e relate mais a experiência?Vocês pretendem dar continuidade e fazer uma da análise da aplicação em alguma turma?
ResponderExcluirTayná Gruber
ExcluirBoa tarde Tayná, gosto bastante desse: Apesar de não ser especificamente no ensino da história, pode ser aplicado em diversos componentes curriculares da história. http://www.ufrgs.br/prograd/pibid/anais-do-evento/salas-de-debate/O%20ensino%20de%20artes%20visuais%20na%20sociedade%20da%20informacao%20e%20do%20conhecimento.pdf
Olá Colegas professores.
ResponderExcluirSou fá de mangas a muitos anos, mas não conhecia que havia tantos formatos de mangas.
Acho que o lúdico ajuda e muito na aprendizagem dos alunos, como foi mencionado pelos autores o visual é mais fácil no processo de aprendizagem. Realizei a faculdade de História devido a paixão pelos Cavaleiros do Zodíaco, acredito que a História Antiga Ocidental pode ser muito bem trabalhada com os Cavaleiros do Zodíaco.
Não sendo desenvolvido para o ensino de História, acredito que o Manga intitulado Naruto, ajuda muito na no ensino do Oriente, principalmente sobre a Cultural Oriental. Um exemplo é a alimentação onde através dos mangas conhecemos muitos dos pratos como o Lámen, alimento japonês. Sobre a religião muito da cultura e detalhada no manga do Naruto.
Vocês acreditam que mesmo de forma menos detalhada esse manga poderia ser utilizado em nosso país para o ensino de muitos elementos orientais?
Parabéns pelo texto.
Anderson da Silva Schmitt
Boa tarde Anderson.
ExcluirAcredito que qualquer mangá pode ser trabalhado, se utilizado de maneira correta.
Obrigado pelas considerações.
Gostei muito do artigo, inclusive me lembrou de um mangá (que depois virou dorama), intitulado "Dragon Zakura", que utiliza dessa técnica para ensinar história e literatura japonesa.
ResponderExcluirSei que pelo carácter do Simpósio, o artigo de vocês focou principalmente no ensino de história. Porém, a minha dúvida é: Vocês consideram pertinente que os mangás possam ser usados como recurso lúdico-didático em outras disciplinas para além da História (como filosofia, sociologia, psicologia etc)?
Ludmila da Silva Pires
Boa tarde Ludmila,
ExcluirCom certeza ele pode ser aplicado em qualquer disciplina, desde que utilizado de maneira correta. Inclusive, boa parte dos relatos de experiência publicados são de outras disciplinas.
Primeiramente gostaria de parabenizar pelo texto e pelo conteúdo. Ao meu ver, quanto mais visual for a forma de ensinar, mais o aluno se envolverá com o conteúdo. Há tempos exploro a coleção Guia Mangá (editora Novatecano) para aprofundar em alguns assuntos. Esses tipos de livros, além de serem chamativos por natureza (com muitas ilustrações), não são cansativos e são bem educativos. Contudo, essa coleção explora pouco o campo de humanas.
ResponderExcluirSeria possível explorar temas não só voltados para o Orientalismo, mas utilizando mangás para explorar temas como histórico-nacionais? Na visão dos autores, seria possível explorar o uso de mangás no ensino da história do Brasil, por exemplo?
Patricia Iris da Silva Peres
Boa tarde Patrícia,
ExcluirConheço e adoro o Guia Mangá (editora Novatecano), tenho a mesma opinião que você quanto a escassez de material na área de humanas. Acreditamos sim que os mangás podem ser adaptados na história nacional. Pois no Japão é utilizado em diversas maneiras.
Primeiramente, quero parabenizá-los pelo artigo. Trouxe-me compreensão do tema abordado. Por meio de algumas pesquisas, conheci a modalidade denominada de "edumangás", sendo eles, mangás específicos para a área educacional, podendo ser utilizados para compreensão de diversas disciplinas.
ResponderExcluirNa visão dos autores, como o professor pode refletir e praticar, além de seu planejamento, a utilização deste material?
Ediliz Aparecida Ferreira da Silva
Graduada em Pedagogia - Anhanguera Guarulhos
Boa noite, ótimo artigo. Gostaria de saber como seria sugerida a metodologia dentro de sala de aula, no sentido de como fazer para que o estudante tenha esse primeiro contato com uma fonte de produção japonesa, já que, dependendo da idade, nunca se teve contato com um mangá, então, como fazer esse primeiro contato entre o aluno e a fonte e como fazer isso nas escolas públicas brasileiras, teria alguma alternativa B? Por exemplo os animes que tem mais alcance no Brasil?
ResponderExcluirMonielly Suelen Gomes Barboza
Aprecio a sugestão de inserir os pais e responsáveis nas atividades dos alunos, visto que existe uma grande resistência por parte das famílias em relação a novas ferramentas de ensino. Embora as pesquisas afirmem que o sistema expositivo é ultrapassado, as pessoas tendem a ver aquilo que já conhecem como a melhor solução, enquanto novidades são "inventar moda".
ResponderExcluirToda obra possui um viés, a partir da interpretação da realidade de seu respectivo autor. Tal viés não seria um empecilho no uso do mangá como uma ferramenta de ensino? Ou, talvez, abriria a possibilidade para discutir como outras culturas percebem o mundo?
Naton Joly Botogoske.
Parabéns pelo artigo, gostei muito do tema, e também acredito que o lúdico auxilia muito no processo de ensino aprendizagem, porém como quebrar com as barreiras da escola tradicional? Vocês poderiam dar dicas de como trabalhar com mangás em sala de aula? E onde poderíamos encontrar materiais de qualidade, pois além do mangá precisamos estudar o conteúdo e a história por trás do mangá, para poder proporcionar uma aula criativa, interessante e com um bom conteúdo.
ResponderExcluirNoemi Andréia Lutzer Uhde
Exelente texto! Parabéns! !
ResponderExcluirObrigada Anderson ;)
ExcluirAtt: Camila Teixeira de Carvalho Dias
Parabéns pelo artigo! O texto de vocês mostra o quão importante a metodologia a partir do lúdico pode ser para o rendimento escolar. No Brasil, pelo menos nas escolas que eu estudei, trabalhávamos com muitas histórias em quadrinhos, principalmente na iniciação da leitura. Assim como esse material foi válido, acredito que o mangá como forma de introduzir o conhecimento de culturas milenares como a japonesa, é de fato um grande avanço no nosso cenário autal, já que pouco estudamos sobre o oriente antigo, até mesmo em graduações, quiçá no ensino fundamental e médio. Minha pergunta é a seguinte: vocês já tiveram a experiência de trabalhar com o mangá em sala de aula ou pretendem? Se sim, qual a idade dos alunos e a receptividade perante ao material levado (mangá)?
ResponderExcluirObrigada e boa tarde!
Virgínia Genuíno Lira
Boa tarde Virginia, estamos trabalhando na implementação dos mangás para o início do próximo ano nas turmas do ensino médio. Estamos consolidando o material e analisando a melhor forma a ser empregado.
ExcluirBoa tarde.
ResponderExcluirAntes de tudo gostaria de parabenizá-los pelo conteúdo.
Me interesso muito pela aprendizagem de idiomas e sei que histórias em quadrinho em geral auxiliam muito, especialmente na apreensão de vocabulário.
No texto foi dito que no Japão os Mangás são utilizados desde a infância por ajudar na compreensão de palavras e que além disso existem Mangás de conteúdo educativo especificamente.
Sei que todas as histórias podem ser utilizadas e que todas farão com que o aprendiz de Japonês cresça no idioma, mas vocês poderiam indicar algum Mangá que seja voltado para o estudo da língua Japonesa, que tenha um viés mais educativo?
Obrigada!
Fabiana Costa Biscácio
Boa tarde Fabiana, nossa pesquisa está mais voltada ao estudo do mangá para o ensino nas ciências humanas e biológicas. Não conheço nenhum voltado a língua japonesa. Grata pela leitura e um abraço.
ExcluirParabéns pelo artigo, o mesmo envolve um tema bastante interessante e atual na nossa sociedade tão globalizada.
ResponderExcluirRealmente, a leitura de mangás foi um ponto bastante importante para o desenvolvimento do meu interesse sobre a cultura japonesa e consequentemente sua história.
Mas quais exemplos da leitura de mangá, você acha possível utilizar em uma sala de aula tendo como foco o ensino da história, nesse caso história brasileira? Os mangás japoneses tendem a atiçar nossa curiosidade sobre a cultura asiática, mas como utilizar esse modo lúdico que o mangá proporciona para trazer interesse para nossa própria cultura brasileira?
Obrigada,
Stephanie de Almeida Nevares Alves
Boa tarde Stephanie, os mangás focados na história brasileira estão em ascensão, pois os mangás vêm sendo implementados recentemente com objetivo de auxiliar no ensino e aprendizagem, logo boa parte deles, são traduções japonesas, logo focam mais na segunda guerra mundial e assuntos correlacionados.
ExcluirBoa tarde.
ResponderExcluirParabéns pelo artigo. As histórias em quadrinhos realmente despertam o interesse dos alunos pela cultura e pela língua japonesa.
Quais maneiras você acredita que os mangás poderiam estar presentes nas aulas de história? Encontraria dificuldades? Se sim, compensaria passar por tais dificuldades? No ensino básico, teria espaço pra história do Japão?
Obrigada,
Tamires Vieira Pinheiro de Castro
Olá Tamires, a utilização de mangás no ensino-aprendizagem é um ótimo recurso para fugir do engessamento educacional que perpassa as escolas em todo o país. Desde que seja elaborada a proposta de utilização durante o ensino. O novo sempre vale a pena ser testado, pois trás novas possibilidades de aprendizado pro educando. Agradeço a leitura e um abraço.
ExcluirMuito bom o tema e a forma como foi mostrado. O texto menciona como exemplo a cidade de São Vicente como modelo que já utiliza o manga como instrumento didático. No Brasil há programas que incentivem os professores a utilizar esse tipo de método?
ResponderExcluirAlessandro do Rosário da silva
Boa tarde Alessandro, apenas em meios acadêmicos ele vem sendo aplicado e incentivado, porém desconheço qualquer programa que o incentive. Agradeço a leitura e um abraço.
ExcluirBem, eu gostei do trabalho, mas gostaria que você indicasse material para usarmos em sala de aula acerca do tema proposta, na maioria das vezes os alunos e os livros didáticos trazem um material muito reduzido acerca do tema proposto.
ResponderExcluirvocê pode me ajudar ?
Adauto Santos da Rocha
Graduando em história - UNEAL.
Olá Adauto, indico Guia Mangá (editora Novatec). Agradeço a leitura e um abraço.
ExcluirAntes de mais nada quero lhe parabenizar diante da bela pesquisa e linguagem, essa forma de transmitir o conteúdo através do mangás e uma forma lúdica e que pode despertar o interesse do discente, e não só utilizado em historia , mas também em outras disciplinas, gostei dessa ideia. Carlos Ryan Silva De Araujo
ResponderExcluirOlá Carlos grata pela contribuição e agradeço a leitura, fico feliz que gostou.
ExcluirOlá colegas!
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho. Nunca trabalhei com mangás na sala de aula, o que vocês sugerem para iniciar a didática? Há esse material na internet?
Uma questão me chamou atenção no textos de vocês, com base em Vasconcellos (2006) vocês dizem que "Os mangás podem ser delimitados conforme seu público alvo, para garotas adolescentes (shoujo mangá), cujo foco é a delicadeza nos traços, ao contrário dos shounen mangá para os garotos, no qual os traços são carregados e com foco em cenas de ação" Vocês acham que há, realmente, a necessidade dessas delimitações? Há pesquisa com aplicação desse material em sala de aula?
Obrigada!
Paula Ricelle de Oliveira
Concordo com sua explanação sobre a importância dos Mangás para o processo de ensino-aprendizagem. Porém me questiono: Visto a organização curricular nacional, que não dá enfase a história oriental, e naturaliza uma perspectiva histórica ocidental retorica, narrativa e positivista... quais os desafios propostos ao professor neste processo?
ResponderExcluirCARLA CATTELAN
Boa noite! Gostei muito do artigo e me identifico com esse meio de ensino na História, tendo em vista a diversidade de leques que podemos abrir para proporcionar um maior interesse dos alunos por essa disciplina. Você acredita que os mangás, assim como afirmado por Gravett (2006, p. 123) possa ser utilizado no ensino de outras disciplinas aqui no Brasil? Ou será que haveria uma rejeição por parte de alguns alunos que não apreciam essa cultura? Grata por sua atenção.
ResponderExcluirCléia Tenório Vieira.
Acredito que sim Cléia, inclusive boa parte dos relatos de experiência publicado na internet é de outras disciplinas. Agradeço a leitura e um abraço.
ExcluirEm primeiro lugar gostaria de disser que este trabalho esta maravilhoso.
ResponderExcluirMas fiquei com uma duvida, o lúdico no ensino deve ser utilizado de que forma, no próprio ensino da matéria ou como uma forma de ficção da matéria?
Pois se o mesmo for utilizado no próprio ensino da matéria poderia ficar um pouco confuso para o aluno ou não?
De que forma vocês aconselhariam a utilização do lúdico em sala de aula, estou fazendo um trabalho sobre este assunto, mas utilizando jogos em vez de mangas, mas estou em duvida de como fazer a utilização desta temática em sala de aula.
Desirèe da Silveira Pelufa
Oi Desiree, a utilização de mangás no ensino-aprendizagem de maneira lúdica, é um ótimo recurso para fugir do engessamento educacional que perpassa as escolas em todo o país.
ExcluirMuito bom esse artigo, eu mesma não tinha conhecimento até então sobre os jidai mono mangá. A possibilidade de usar o mangá no ensino se fez presente no Japão, mas gostaria de saber se ja existem projetos ou programas de uso de mangá didáticos voltados para a historia ou outra disciplina desenvolvidos? Outro questionamento seria o de como aplicar essa forma de ensino e metodologia dentro da organização curricular nacional? Quais seriam os primeiros passos para visibilizar o uso do mangá dentro da sala de aula?
ResponderExcluirDIANA ALMEIDA
Olá Diana. Indico Guia Mangá (editora Novatec).
ExcluirEste tipo de metodologia não tem a pretensão de romper com o PPP, ele é mais uma ferramenta metodológica para ser utilizada pelo professor. Lembrando que o PPP é o guia de uma escola, agora a forma que abordaremos os conteúdos do planejamento, vai muito da escolha do professor, cabe a nós colocarmos no conteúdo programático de cada disciplina. Temos visto no meio escolar, a utilização contínua de filmes e séries para o ensino de história, e a proposta sugerida não foge muito disto, apenas proponho utilizarmos mangás, principalmente pelo fato, de ser fontes ricas construídas no Oriente e que fogem aos métodos tradicionais, favorecendo o processo de ensino-aprendizagem.
Agradeço a leitura e um abraço.
Boa tarde,
ResponderExcluirConsiderando sua abordagem com vistas a sala de aula, alguns problemas saltam aos olhos quando consideramos o uso desta ferramenta e que não podem passar batido pelo professor:
O uso do mangá como elemento de desconstrução de desigualdade. Nas narrativas é perceptível que o mangá geralmente aborda questões de gênero de maneira machista (poucos são os que fogem desta regra, exemplo disso é Gummn e Gummn: Last Order).
além de outros tipos de mangá de gênero shounen, prolifera-se o tipo ecchi e são os que geralmente os adolescentes mais levam para sala de aula.
Porém, apesar de você propor usar o mangá "histórico" como ferramenta, não seria interessante problematizar mangás de maneira geral para falar de cultura e sociedade como conceitos ao invés apenas de se correr o risco de "ilustrar" a aula?
Amanda Perbeline dos Santos
Acredito que toda forma de abordagem é válida querida Amanda, tendo como objetivo a aprendizagem do educando. Agradeço a leitura e um abraço.
ExcluirOlá boa noite, parabéns pelo texto. Tanto na faculdade quanto em sala de aula eu há usei mangás e animes para apresentar uma representação de contextos históricos levando em conta tanto o momento a que se referem quanto ao qual foram produzidos. Por exemplo o impacto de Gen pés descalços e a visão devastadora da guerra totalmente diferente do que vemos em filmes norte americanos e afins. Também já trabalhei com o túmulo dos vaga-lumes para discutir o ponte vista daqueles que sofrem com os efeitos da guerra mesmo não estando em um front de batalha, de uma forma geral eu buscava discutir as representações enquanto discurso.
ResponderExcluirDIEGO ALMEIDA DE SOUSA
Grata pela contribuição Diego e obrigada pela leitura.
ExcluirExcelente texto. Cada vez mais mangás, séries, HQs têm se tornado instrumentos interessantes para o ensino de História para além do livro didático. Mas algumas inquietações me parecem ainda não respondidas: Como trabalhar uma cultura tão diferentes com jovens que hoje ainda se sentem ameaçados pela diversidade (digo isso em escolas privadas, de elite, por exemplo)? As hierarquias sociais não terminam sendo reforçadas durante esse uso? Parabéns pela pesquisa!
ResponderExcluirJanaina Cardoso de Mello - Professora Adjunta do Departamento de História da UFS.
Boa tarde,
ResponderExcluirParabéns aos autores pelo texto e temática. Sou professor de HQs e fanzines, e vejo que a maneira de se ver os quadrinhos/mangás está mudando, mesmo que aos poucos. Ano passado tivemos Persépolis da Marjane Satrapi no ENEM, e nos anos anteriores uma questão com a capa de uma HQ do Capitão América.
Então gostaria de saber a opinião de vocês sobre como utilizar o manga em sala de aula, e abordar a linguagem evitando conflitos e preconceitos de determinados pais e direção. Quais atitudes poderiam ser tomadas? O aluno muitas vezes é sempre apto e aberto ao dialogo, mas existe o fator instituição, o que torna inserir uma nova linguagem no ensino se torna uma briga política.
Atenciosamente, José Loures.
Olá José,
ExcluirPodemos utilizar os mangás de diversas maneiras:
- Realizando uma análise crítica sobre o mangá.
- Realizando trabalhos de pesquisa, visando entender quais são os fatos históricos presentes no mangá
- Podemos trabalhar as diferenças culturas entre o Oriente e o Ocidente.
- Etc.
No Brasil, não é difundida a cultura dos Mangás, muitas vezes visto com certo preconceito. Como os profissionais de educação devem se portar ao utilizar os Mangás como meio de difundir a educação sem trazer conceitos prontos de culturas diferentes e obterem sucesso na assimilação por estantes brasileiros.
ResponderExcluirAlexandre Lacerda Caiafa Soares
Grata pela contribuição Alexandre e obrigada pela leitura.
ExcluirBom Dia, achei bastante interessante a ideia da utilização de mangás em sala de aula. Você teria alguma indicação de referencia sobre a pratica efetiva da metodologia ? Como fazer com que os alunos se mantenham de fato focados e entendam que esse momento é ainda um momento de analise e de reflexão e não um momento de descontração ? considerando que esse é um problema que muitas vezes ocorre quando trabalhamos com determinados tipos de materiais
ResponderExcluirCaroline Zanetti Schork
Olá Caroline, a princípio não tenho nenhuma indicação de prática efetiva no ensino da história, porém na internet tem disponível diversos relatos de experiência em outras disciplinas.
ExcluirAcredito que tudo é costume e prática, aos poucos o professor pode ir inserindo o lúdico em sala de aula como facilitador de aprendizagem.
Boa tarde, os Mangás, Cinema, Imagem, Museu e entre outras são utilizados como instrumentos metodológicos em uma "Nova Linguagem", quanto a ministração do conteúdo. Para que os Educandos se apropriem desses recursos, vocês acham que e necessário cursos de capacitação ou as problemáticas, serão superadas no cotidiano a sala de aula?
ResponderExcluirLucivaine Melo da Silva
Olá Lucivaine obrigado pela contribuição.
ExcluirAcredito que tudo é costume e prática, aos poucos o professor pode ir inserindo o lúdico em sala de aula como facilitador de aprendizagem.
Parabéns pelo artigo. Sou professora de História e como tal acredito ser de fundamental importância o uso do lúdico em sala de aula. Vocês citaram alguns mangás de história, eu gostaria de saber se existem mangás sobre o Egito ou a Índia. Também gostaria de saber se consigo encontrar fácil para venda na internet.
ResponderExcluirMorgana Lourenço
Olá prof. Morgana indico Guia Mangá (editora Novatec), os mangás estão em ascensão no Brasil, infelizmente ainda são difíceis de encontrar as vendas, porém acredito que com o passar do tempo isso mude.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá. Parabéns pela comunicação. Realmente é muito interessante essa abordagem mais lúdica.
ResponderExcluirCostumo trabalhar com o cinema, e sempre estou em busca de novas possibilidades educativas.
Sou professor de sociologia, e não conheço muito os mangás. Tenho alunos que gostam e que inclusive pesquisam a respeito. Teria algum mangá para um iniciante, e com questões sociais, para que eu pudesse já pensar em possibilidades de sala de aula?
Rafael Egidio Leal e Silva
IFPR Umuarama
Indico o Guia Mangá (editora Novatec)
ExcluirObrigado!
ExcluirParabéns pelo artigo.
ResponderExcluirComo historiadora fiquei muito feliz de ver uma pesquisa como a de vocês, bem fundamentada e trazendo inovações metodológicas para o ensino de História.
Adorei as recomendações que trouxeram, já havia lido o Gen e vou procurar os outros mangás para ler.
Agradeço desde já a contribuição.
Débora Dorneles Uchaski
Olá Debora também li teu texto e gostei muito, parabéns e também obrigado pelas contribuições.
ExcluirOlá!
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de te parabenizar pelo trabalho, realmente é muito interessante saber que existem pessoas que procuram mudar a forma de ensino não se restringindo somente ao clássico livro didático.
Minhas perguntas são: Tu conhece mais alguma obra que trate sobre o período medieval? E, devido a dificuldade da maior parte dos professores do ensino público em conseguirem vencer um calendário anual, tu acreditas que o ensino através de mangás poderia ser algo extracurricular, afim de que seja algo mais "grupo de estudos" ou seria melhor somente apresentar alguma obra relacionada a algum tema, como o exemplo que tu deu de "Hetalia" sobre a Guerras Mundiais?
Breadelyn Corrêa Pires
OLá, sobre o período medieval não conheço outra, porém venho observando um crescimento de interesse pelos mangás, logo espero que no futuro próximo esteja disponível sobre diversos conteúdos. Acredito que seja mais eficiente tentar encaixar dentro do programa de estudos, porém por um grupo de estudos extracurricular seria válido para os alunos que tenha interesse na temática.
ExcluirOlá, Wallyson e Camila! Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirOs autores que pensando metodologias para uma prática pedagógica ou científica tendo como objeto de análise obras artísticas, enfatizam a importância da compreensão de sua linguagem, ou seja, dos códigos internos de funcionamento que fazem com que uma obra de arte (no caso do texto, o mangá) se comunique com seu receptor.
Assim, quais abordagens técnicas-estéticas vocês recomendam para uma utilização do mangá como combustível de aprendizagem e, se possível, peço que indiquem bibliografias que pensem sobre a linguagem dos mangás ou, de maneira mais geral, dos quadrinhos
abraço.
Ítalo Nelli
Olá, indico o Guia Mangá (editora Novatec).
ExcluirMuito oportuno esta apresentação, de fato o espaço ocupado pelo mangas no Brasil tem se ampliando na última década. Apesar de predominar o estilo fantasia, drama, romance e ficção, alguns exemplos de títulos úteis para o ensino lúdico da cultura oriental e sua história, havendo algumas exceções como por exemplo Maus e Adolph que focam no período da Segunda Guerra Mundial.No entanto até o momento não encontrei nos catálogos das Editoras nenhuma referência a algum projeto de mangá referente a história do Brasil, os autores tem conhecimento a algum material sobre este tema?
ResponderExcluirSim. Guia Mangá (editora Novatec)
ExcluirCaros Wallysson e Camila, parabéns pela comunicação!
ResponderExcluirCertamente, os mangás podem ser importantes ferramentas na mediação do conhecimento histórico. No entanto, não se pode perder de vista que os mangás, assim como quadrinhos, filmes e outros recursos didáticos, podem conter anacronismos ou estereótipos, afinal, em regra, não são produzidos com a finalidade específica de ensinar História. Nesse sentido, gostaria que vocês comentassem alguns cuidados que os professores de História devem ter ao utilizar os mangás em sala de aula, especialmente para o ensino da História Oriental, a fim de evitar a reprodução de tais equívocos.
Grato,
Fernando Santana de Oliveira Santos
Boa tarde Fernando,
ExcluirPenso que existem vários caminhos para se trabalhar os mangás, mas certamente temos que observar a estrutura da escola e o apoio pedagógico, especialmente se a intenção for criar um projeto em conjunto com outros professores.
Bom dia .
ResponderExcluirSaudações históricas !
Estou estagiando em turmas de 7 e 8 ano do ensino fundamental maior, sou do Piauí, região nordeste do Brasil. Gostaria de saber como posso trabalhar os mangás mono em sala de aula,se os mangás expressam a cultura oriental ou das regiões sul e sudeste do país. Sabendo que devo abordar temas que retratem a realidade diária e sociocultural dos meus alunos ( nordestinos),que tipo de mangás vocês me aconselhariam usar, e se existe mangás que abordem a(riquíssima) cultura da região nordeste do país.
Boa tarde Carlos,
ExcluirInfelizmente ainda não existem mangás específicos, com temática brasileira, porém acredito que nos próximos anos devem surgir, já que é uma modalidade de ensino lúdica e de interesse dos discentes.
Primeiramente gostaria de parabeniza-los pelo artigo, o qual trouxe mangás que relatam algum contexto considerado importante a historiografia mundial e não somente a oriental.
ResponderExcluirNo ano de 2008 o FNDE, distribuiu a algumas escolas públicas o mangá "Na Prisão"de Kazuichi Hanawa, o qual relata detalhadamente o dia-a-dia de um prisoneiro em uma penitenciaria japonesa, descrevendo sua rotina de alimentação, trabalho e disciplina, está obra é interessante tendo em vista que o autor foi preso por alguns anos e após ele ter cumprido sua pena que o mesmo escreveu a obra. Por ser um one shot (volume único),torna-se mais fácil e acessivo de trabalha-lo em sala de aula, principalmente se trandando em uma questão social, podendo fazer um comprativo com o nosso sistema penitenciário.
Os Senhores autores do artigo, teriam algum one shot, especifico que recomendam? ou que já trabalharam em sala de aula?
Willian Augusto Lopes Sgrinholi
Boa tarde Willian,
ExcluirNão conheço essa obra que você citou, inclusive vou pesquisa-la sobre ela agora...
Estamos analisando as obras e adequando para começa-las a usa-las no início do próximo ano, após uma boa consolidação e planejamento. A princípio iremos utilizar Guia Mangá (editora Novatecano)
Olá!!
ResponderExcluirO texto é instigante e aponta outros campos de pesquisa e estudos. Possíveis questões que poderiam surgir foram contempladas nas perguntas e respostas. Grato, José Humberto
Obrigado pelas considerações José Humberto, fico feliz :)
ExcluirPrimeiramente gostaria de parabenizar pelo tema escolhido. A minha indagação é voltada para essa questão da utilização de quadrinhos ou magas em sala de aula, pois percebemos que atualmente a um grande desinteresse dos alunos em relação a leitura de quadrinhos, pois muitos os consideram antiquado, por consequência dessas novas atualizações tecnológicas (claro não generalizando, pois não são todos os colégios que tem acesso a essas modificações tecnológicas). Gostaria de saber, como estes mangas podem ser trabalhados em sala, de forma que desperte o interesse na turma.
ResponderExcluirObrigado
Andréia Sznicer
Oi Andreia,
ExcluirPenso que a sala de aula deve ser vista como um laboratório de experimentos metodológicos, mas o primeiro passo para o uso de mangás em sala de aula é compreende-los.
Bom dia, a leitura do seu texto me despertou dúvidas e possibilidades. Enquanto professora da rede pública de ensino achei interessantíssima a possibilidade de trabalhar com mangás, é um dispositivo didático que ainda não utilizei, e que, com o devido preparo, geraria um projeto que, acredito eu, chamaria a atenção e o interesse do corpo discente, sem contar as possibilidades de construção de saber inter e multidisciplinar (Língua Portuguesa, Literatura, Geografia, Filosofia, Sociologia, Artes, Língua estrangeira, História).
ResponderExcluirO que me preocupa em relação ao texto é a falta de um ponto de apoio específico em sala de aula, me parece ilusório falar sobre uma realidade ou sobre possibilidades de trabalho docente sem uma aplicação efetiva em sala, vi que vocês responderam comentários mencionando produções que se utilizaram deste dispositivo, mas isso não aparece no texto (exceto no último parágrafo e sem muita contextualização).
Dito isso, meu questionamento é, o que os motivou a realizar esta pesquisa? Qual questão prática vocês tentaram resolver através da construção do texto?
At.,
Karoline Fin Nunes
Boa tarde Karoline,
ExcluirA motivação da pesquisa surgiu justamente com objetivo de coloca-la em prática. Estamos se aprofundando sobre o assunto e pretendo coloca-lo em prática no início do próximo ano.
Então, minha dúvida permanece. Na sua descrição está que vocês é historiador e economista, por isso a minha dúvida, de que maneiras essa metodologia será posta em prática?
ExcluirAt.,
Karoline Fin Nunes
Olá Karoline,
ExcluirPodemos trabalhar os mangás de diversas maneiras:
- Realizando uma análise crítica sobre o mangá.
- Realizando trabalhos de pesquisa, visando entender quais são os fatos históricos presentes no mangá
- Podemos trabalhar as diferenças culturas entre o Oriente e o Ocidente.
- Etc.
Boa tarde,
ResponderExcluirA utilização de mangás no ensino-aprendizagem é um ótimo recurso para fugir do engessamento educacional que perpassa as escolas em todo o país. Desde que seja elaborada a proposta de utilização durante o ensino,deve ficar atento a maneira como será utilizado esse recurso para poder evitar uma especie de "oba-oba" com a finalidade de a hora passar.
Na questão da leitura do mangá eu vejo como excelente meio de oportunidade para ampliar o uso dos aparatos tecnológicos em sala de aula.
Desde já agradeço,
João Augusto Sanches Borgato
Excelente comentário e contribuição João, concordo plenamente com você.
ExcluirBom dia
ResponderExcluirVocês mencionam o uso de mangás didáticos, que foram pensados justamente com o intuito para trabalhar na sala de aula. Mas gostaria de saber se há possibilidades de usar mangás que não foram criados com essa finalidade. Em caso afirmativo, poderiam me dar exemplos e quais temas poderiam ser discutidos?
E gostaria também de saber se algum dos autores já teve e como foi a experiência dentro de sala de aula com o uso dos mangás.
Brenda Hanna Chagas Peso
Boa tarde Brenda, ainda não tivemos experiências com utilização de mangás em sala de aula, porém estou trabalhando com um projeto e pretendo colocar em prática no próximo ano.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuando se fala em educação é interessante refletir sobre inúmeros materiais que podem ser utilizados para o aprendizado de jovens em qualquer nível de instituição de ensino, infelizmente essa prática parece passar longe dos métodos adotados por nossos professores e suas respectivas instituições de ensino. São pequenas mudanças nas práticas de ensino que poderiam resultar em melhores resultados e ao me deparar com trabalhos que abordam justamente essa questão me questiono, “o que ainda falta para que essa prática seja expandida e não limitada a alguns poucos locais?”. Parece que nossos professores não possuem um “preparo” para lidar com outras fontes além do livro didático, ou simplesmente as ignoram. É complexo nos questionarmos acerca dessas práticas que poderiam se popularizar no nosso ensino, complexo questionarmos acerca do porque não haver um incentivo para que novas fontes sejam introduzidas nesse processo. Se com materiais “mais acessíveis” aos professores, como filmes, seriados, livros de ficção e outros gêneros, materiais que de certa forma “circulam com maior frequência entre eles” temos esse deficit com relação ao uso de outras fontes para o ensino, com isso em vista para a introdução do mangá não seria necessário um processo maior, uma maior difusão desse material nesse meio educacional para que pudesse haver uma introdução dele em maior escala? Como mostrado no trabalho o mangá, assim como demais materiais, é uma fonte rica para o aprendizado, mas até que ponto é possível introduzir esse material? Acredito que sejam perguntas mais para reflexão, pois trata-se de um debate complexo.
ResponderExcluirBruno Silva de Oliveira
É possível trabalhar com este tipo de material em uma escola com poucos recursos? Desde já, obrigada!
ResponderExcluirDaiany Francielly de Barros Rodrigues
Boa noite Daiany, acredito que tudo depende da criatividade e vontade do professor, mesmo sem recursos o mesmo pode criar diversas formas de lidar com isso.
ExcluirCaramba, eu gostei muito do seu trabalho. Eu gosto muito de mangás e sou adepta do uso de novos recursos em sala de aula, mas sempre fiquei muito "presa", por não saber qual tipo de mangá eu poderia trabalhar.
ResponderExcluirNa minha última aula do estágio, eu falei sobre as bombas nucleares, mostrei imagens e vídeos, mas creio que se eu tivesse suas dicas antes, a aula teria sido muito mais produtiva e interessaria muito mais aos alunos.
Sei que por mais que o uso de novos métodos em sala de aula venham sendo incentivados, ainda há muitas barreiras, na maioria das vezes, as críticas vem de nossos próprios colegas que já estão no magistério a muito tempo. Como lidar com isso? Obrigada.
Fernanda Pereira dos Santos
ResponderExcluirBoa Tarde Wallysson Silva & Camila Carvalho Dias!
Desde já quero parabenizar-los pelo excelente trabalho.
Sabemos que os mangás vem ganhando espaço no nosso país e dentro das escolas,tendo um alto consumo pelos nossos adolescentes e jovens.
Como futura professora de história pretendo passar um método novo para o aprendizado dos meus alunos.Como e do nosso conhecimento o curso de história para jovens e adolescentes acabam sendo cansativo.
Tendo essa visão gostaria de saber qual seria a seu conselho para trabalhar esse novo método(mangás e temática oriental) com os meus alunos ??
Atenciosamente !!!
Olá Patricia,
ExcluirPodemos trabalhar os mangás de diversas maneiras:
- Realizando uma análise crítica sobre o mangá.
- Realizando trabalhos de pesquisa, visando entender quais são os fatos históricos presentes no mangá
- Podemos trabalhar as diferenças culturas entre o Oriente e o Ocidente.
- Etc.
Olá, ao utilizar o mangá em sala de aula, quais os benefícios que pode trazer para o processo ensino-aprendizagem? Quais os cuidados que devem ser tomados ao fazer uso de tal material diferenciado?
ResponderExcluirDulce Casagrande.
Olá Dulce, a forma que abordaremos os mangás nos conteúdos, vai muito da escolha do professor, cabe a nós colocarmos no conteúdo programático de cada disciplina, através da leitura dos mangás, de exercícios sugeridos a partir deles e até por jogos lúdicos.
ExcluirOlá, hoje em dia qualquer tipo de fonte é bem vindo para tornar a aula mais "chamativa". Você sabe de algum curso que contribuia para o entendimento do uso dos mangás em sala de aula?
ResponderExcluirWiliana Maiara do Nascimento
Boa noite Wiliana, não conheço nenhum curso, mas recomendo você ler artigos disponíveis na internet sobre o assunto, estão me ajudando muito no planejamento das aulas sobre a temática.
ExcluirMuito interessante a explanação, porém acredito que os mangas deveriam ser mais ensinados na educação brasileira, a fim de aproximar a cultura oriental da ocidental.
ResponderExcluirGisele Fernanda Tiburski Bido
Com certeza Gisela, o caminho é nós professores darmos os primeiros passos para que isso comece a acontecer ;)
ExcluirOlá, hoje em dia qualquer tipo de fonte é bem vindo para tornar a aula mais "chamativa". Você sabe de algum curso que contribuia para o entendimento do uso dos mangás em sala de aula?
ResponderExcluirWiliana Maiara do Nascimento
Boa noite Wiliana, não conheço nenhum curso, mas recomendo você ler artigos disponíveis na internet sobre o assunto, estão me ajudando muito no planejamento das aulas sobre a temática.
Excluir
ResponderExcluirO campo do ensino de história é crescente e implementar instrumentos didáticos para a melhoria da aula é uma ótima opção. Recentemente comecei a fazer uso de HQs e animes que os alunos assistem e comentam na internet, entretanto, pensar o mangá é algo novo para mim. Não no sentido da leitura, pois acredito que os alunos conseguiriam se adaptar muito bem – isso é visual a partir do exemplo dado no texto – entretanto, pensar nos mecanismos de introdução do mangá ou como preparar a aula relacionado ao uso de imagens e falas é o novo. Vocês poderiam indicar metodologias para se aplicar o mangá em sala de aula ou textos que ressaltem como devemos produzir a análise as falas, expressões e ainda fazer a contextualização histórica? Sem falar nos cuidados. Seria de muita importância.
Débora de Queiroz Moreira
Boa noite Débora,
ExcluirGosto bastante desse texto, que apesar de não ser especificamente no ensino da história, pode ser aplicado em diversos componentes curriculares da história. http://www.ufrgs.br/prograd/pibid/anais-do-evento/salas-de-debate/O%20ensino%20de%20artes%20visuais%20na%20sociedade%20da%20informacao%20e%20do%20conhecimento.pdf
Boa noite!
ResponderExcluirQuais debates e desconstruções conceituais você poderia atingir ao trabalhar com mangás para o ensino de história na sala de aula?
Bruna Torman Reseres França
História - UFRGS