Renan Lourenço da Fonseca

INTERVENÇÃO DO PIBID DE HISTÓRIA: O JAPÃO NA SALA DE AULA 
Renan Lourenço da Fonseca

A cultura japonesa, bem como a cultura oriental como um todo, é desprivilegiada no que diz respeito ao repertório de conhecimentos básicos existentes em materiais didáticos, livros de história, revistas, etc. Tanto no ensino básico como nas universidades, a cultura nipônica passa por meras menções, dificultando uma melhor compreensão dessa civilização de alicerces “milenares”, como sempre o é destacado ao tratar deste assunto. Sobre o eurocentrismo, Barbosa nos diz que

“Existem diversas formas de caracterizar o chamado eurocentrismo. Por vezes, ele é visto como mero fenômeno etnocêntrico, comum aos povos em outras épocas históricas. Mas para a maioria dos autores que tratam atualmente da questão, o eurocentrismo deveria ser caracterizado, diferentemente, como um etnocentrismo singular, entendido como uma ideologia, paradigma e/ou discurso” [BARBOSA, 2008, p. 46].

O Brasil teve um contato significativo com o Japão durante as grandes guerras mundiais, e os japoneses que aqui vieram durante esse período são responsáveis, assim como muitos dos imigrantes advindos do outro lado do Pacífico, por parcelas de mudanças na estrutura sociocultural brasileira. Logo seriam responsáveis por traçar novos caminhos para a história de nossa nação. Porém, em alguns momentos da história, houve considerável distanciamento entre brasileiros e japoneses. Segundo Teles, com base em Sousa, o Brasil marginalizou os descendentes japoneses durante Segunda Guerra Mundial, pois estes foram declarados inimigos dos Estados Unidos, logo, inimigos de nosso país. Nesse sentido o autor diz que “como política de combate, o Japão foi rechaçado, uma vez que fazia parte do lado contrário, o Eixo, e assim, romperam-se todas as relações possíveis” [TELES, 2010].

Com o decorrer das décadas, novas roupagens surgiram, e a relação Japão-Brasil tornou-se mais íntima e, portanto, é muito importante que analisemos e compartilhemos desta aproximação histórica entre os dois países. 

O PIBID de História da UNESPAR, campus de Campo Mourão, se preocupando com as demandas do ensino, nas suas mais variadas abordagens, deu condições para que alunos da graduação realizassem intervenções, que colaborassem com o processo de ensino e aprendizagem de alunos da escola do Ensino Básico. Nosso grupo, que na época era composto pelos discentes Alisson Amaro Fernandes, Anna Karina Firmo de Lima Alves, Daiane Aparecida Freita dos Santos, Polyana de Paula Ramos e eu, Renan Lourenço da Fonseca, realizamos a execução de atividades, na temática “Japão”, que serão descritas a seguir. Foram seguidas as orientações dos coordenadores do PIBID de História, os professores Dr. Fábio André Hanh e Dr. Bruno Flávio Lontra Fagundes, contando também com a supervisão do professor Lincoln D’Avila Ferreira. Nosso objetivo era propor a reflexão histórica de alguns elementos da história japonesa, dialogando com a cultura, religião, filosofia, comportamento, culinária e outros componentes que colaborem com a desconstrução de estereótipos que são comuns em nossa sociedade.

As intervenções foram realizadas em duas turmas de 2º ano, do período matutino, no colégio Estadual Doutor Osvaldo Cruz, do município de Campo Mourão. O total de aulas utilizadas foi de 9 aulas por turma, distribuídas no decorrer do segundo semestre do ano de 2016. Nossas ações foram executadas em três etapas distintas: aplicação de questionários (1), exposição de conteúdo (2) e Atividade Final (3).

Os questionários foram aplicados em dois momentos. Os primeiros foram aplicados antes das exposições de conteúdo e os demais foram aplicados depois de realizadas todas as intervenções, como uma última ação dos bolsistas no colégio. Para melhor análise das informações, foram estruturados dois tipos de questionário: abertos e fechados. A intenção dos questionários “abertos” foi de coletar informações mais personalizadas de cada aluno, referente ao tema Japão. As questões contidas nos questionários deveriam ser respondidas em pequenos textos, que apresentariam noções interessantes sobre o assunto. Os questionários “fechados” tiveram como objetivo a coleta de dados específicos, contendo informações sobre o aluno, sobre suas aulas de História e sobre o Japão. Neste modelo, as questões foram objetivas. Num primeiro momento, com a posse dos questionários respondidos, analisamos conjuntamente os dois tipos, que acabavam por complementar o raciocínio das respostas. Foi uma estratégia interessante para perceber tanto as conexões como também as contradições existentes em cada argumento em função dos dados e vice-e-versa. O segundo momento dos questionários foi realizado no final das intervenções. Por meio dos mesmos procedimentos da primeira etapa, aplicamos os dois tipos de questionário e analisamos as respostas. Com as considerações de ambos os momentos – após análise dos questionários aplicados no início e no fim das intervenções – identificamos ligeiras mudanças nas visões dos alunos, referente ao Japão e sua cultura. 

A partir, do dia 12 de setembro, em sala de aula, os pibidianos começaram a abordar as principais Eras do Japão, partindo da Pré-História japonesa, seguidos das Eras Jomon, Yayoi, Kofun, Nara, Heian, Kamakura, Muromatchi, Azutchi-Momoyama, Edo, Meiji, Taisho e Showa, sempre fazendo ligações com temas atuais, além de fazer conexões do tema com animes japoneses, aspectos culturais (yoga, karaokê), que, segundo as informações coletadas nos questionários, estão presentes no cotidiano dos alunos. A proposta de apresentarmos essa divisão de 12 Eras, mais a pré-história, teve como objetivo demonstrar que as formas de divisão da História podem acontecer de várias formas, dependo dos critérios baseados na cultura local ou até da seleção das mais sofisticadas teorias e metodologias historiográficas, que geralmente partem do referencial da História “quadripartite” (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea), baseada numa espécie de “tronco” da história, que sustentaria os “galhos” e “ramos” feitas de histórias paralelas e simultâneas. Posto isso, achamos mais interessante estudar a história do Japão vista pelo ângulo japonês. A maior parte do material foi retirada da Internet, principalmente do site intitulado “Cultura Japonesa”. Como recurso ilustrativo, utilizamos o livro “História do Japão em Imagens”, de Shigeo Nishimura. Utilizamos também, ao final de cada exposição, alguns objetos típicos dos Japão (veja um exemplo na Figura 1), que serviram como complemento de todo conteúdo.

Figura 1 – Leque
Fonte: Do autor (2016)

O uso dessa última ferramenta não foi meramente decorativo, pois acredito que o processo de ensino e aprendizagem deve munir-se de qualquer tipo de recurso, seja ele material ou não, que corrobore com a assimilação dos conteúdos. Como diz Siman: 

“A presença de outros mediadores culturais, como os objetos da cultura, material, visual ou simbólica, que ancorados nos procedimentos de produção do conhecimento histórico possibilitarão a construção do conhecimento pelos alunos, tornando possível “imaginar”, reconstruir o não vivido diretamente, por meio de variadas fontes documentais”. [SIMAN, 2004, p. 88]

 No caso do uso dos objetos típicos, pensamos que os conhecimentos adquiridos em sala poderiam ser depositados em um receptáculo material, que carregado de simbologias, faria relação direta com os conteúdos estudados. 

Ao todo, as exposições duraram três semanas. No dia 21 de novembro, retomamos as atividades, dando início a um conteúdo complementar sobre a religião no Japão, seguido de um segundo encontro, sob a temática dos animes e da culinária japonesa.

Ao fim das exposições em sala de aula, finalizamos nossas atividades, num penúltimo encontro (o último foi com a aplicação da segunda fase dos questionários) com a “Sala Temática” (Figura 2), a atividade final.

Figura 2 – Sala temática
Fonte: Do autor (2016)

Teve como objetivo instigar os alunos à reflexão sobre o tema de uma forma dinâmica, divertida e atrativa. Assim, os alunos puderam ter um contato direto com alguns dos assuntos abordados nas intervenções em sala de aula. Começamos as interações com a sala propondo uma gincana com perguntas e respostas. A gincana consistia numa espécie de “prender o rabo no burro”, que foi adaptada tematicamente na construção do rosto de uma gueixa. Foram colados um cartaz com duas imagens em uma parede para que dois grupos pudessem competir. Tinha direito de colar uma parte do rosto da gueixa aquele que acertasse a resposta da pergunta. As perguntas foram baseadas no conteúdo das exposições em sala de aula. Num segundo momento, reproduzimos em um televisor alguns trechos da animação japonesa do Studio Ghibli, “O Conto da Princesa Kaguya”, que baseada no folclore O Conto do Cortador de Bambu, apresentava particularidades dos costumes japoneses e da religião xintoísta, que foram debatidas em sala de aula, anteriormente. Após a reprodução da animação abrimos para uma vivência mais livre, por meio da manipulação de objetos, jornais e mangás dispostos em uma mesa, acompanhados da degustação voluntária de Senbeis (biscoitos a base de arroz). Encerramos a atividade com uma breve discussão e agendamos nosso último encontro para aplicação da segunda fase dos questionários, que já foram descrevidas mais acima. 

Considerando que o nosso intuito foi o de introduzir uma reflexão da importância das outras culturas, além da nossa cultura, bem como da europeia, da qual temos grande influência, quisemos propor transformações, compartilhando dos conhecimentos históricos. Esperamos que os alunos tenham aguçado seus olhares críticos sobre importância de se dar atenção ao que está distante, ao diferente. E pela análise dos últimos questionários, foi possível perceber a transformação na mentalidade dos alunos, principalmente no que diz respeito aos estereótipos que envolvem o Japão. 

Referências
Renan Lourenço da Fonseca é do 3º ano de História, bolsista do PIBID, da UNESPAR, campus de Campo Mourão, Paraná.
Mail: renan.l.fonseca@gmail.com

BARBOSA, M. S. Eurocentrismo, história e história da África. Sankofa - Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana, n. 1, p. 46-63, jun. 2008.
TELES, M. G.. Os valores japoneses e sua influência no comportamento cultural corporativo brasileiro. C@LEA – Revista Cadernos de Aulas do LEA, Ilhéus, n. 3, p. 75 – 87, nov. 2014.
NISHIMURA, Shigeo. História do Japão em Imagens. Campinas, SP: Editora Unicamp, 2008.
SIMAN, Lana Mara de Castro. “O papel dos mediadores culturais e da ação mediadora do professor no processo de construção do conhecimento histórico pelos alunos”. In: ZARTH, Paulo A. e outros (orgs). Ensino de História e Educação. Ijuí: Ed. UNIJUÍ: 2004.
O Conto da Princesa Kaguya. Direção: Isao Takahata. Japão: Studio Ghibli, 2015. 1 DVD.

36 comentários:

  1. Olá Renan,
    Fiquei encantada com a atividade realizada pelo seu grupo de colegas do PIBID, me pareceu muito rico, dinâmico e interessante. Vou levar algumas ideias para trabalhar com os meus alunos. Acho que essas trocas e diálogos só enriquecem um ensino da História que carece cada vez mais de estudos voltados para essas temáticas negligenciadas e estereotipadas. Trago uma reflexão que gostaria eu você abordasse mais um pouco, e que me incomoda bastante. É em relação ao ensino superior e ao preparo docente. Não seria importante abordar essa temática de forma mais relevante nos currículos das graduações de História? Pois, pelo que entendi a escolha do tema e das atividades do PIBID em Japão partiu dos alunos do PIBID, talvez pela própria necessidade de aprofundar os temas que são pouco tratados. Observo que os graduandos e professores – obviamente têm que ter suas iniciativas de pesquisa e curiosidade –, mas, vejo cada vez mais um abismo entre a educação básica e o nível superior, que me parece engessado em moldes que não condizem mais com a realidade educacional que a atualidade nos apresenta.
    Parabéns pelo projeto!
    Um abraço.
    Cyanna Missaglia de Fochesatto.

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    1. Olá, Cyanna. Boa noite.
      Fico feliz por ter apreciado nosso trabalho.
      Sobre a escolha do tema: sim, o tema foi selecionado por nós, bolsistas do PIBID.
      Sobre a reflexão que havia proposto: Acredito que sim, pois todas as manifestações, sejam elas quais forem suas naturezas (social, cultural, econômica, etc), perceptíveis na história devem ser levadas em conta para uma melhor compreensão dessas várias maneiras de ser humanos no tempo. Acho que o Ensino Superior precisa dar mais atenção aos recortes até então pouco aprofundados, para que não fiquemos viciados em propostas interpretavas que limitem uma visão mais diversa do mundo. Escolhemos o Japão como um entre os muitos exemplos possíveis de se abordar a História em uma outra perspectiva e é um desafio propor algo que foi pouco explorado na historiografia.
      Esse abismo é realmente profundo e desolador, mas, aproveito do seu discurso para dizer que, acredito que a curiosidade de alunos e o apoio de seus professores podem criar pontes que aproximem mais os conhecimentos produzidos na academia com a nossa realidade educacional. Para tal, é necessário superarmos de certos procedimentos que já não nos são tão frutíferos. Acredito que este caminho nos levará a bifurcações interessantes, que podem abrir novas possibilidades de fontes e ferramentas que colaborem com as nossas infindáveis problematizações históricas.
      Espero ter contribuído com a sua reflexão.
      Obrigado pela pergunta.

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    2. Renan, fico grata pelo retorno. Fizeste uma ótima reflexão e concordo contigo em tudo. Parabéns pelo projeto e obrigada pela resposta!
      Cyanna Missaglia de Fochesatto

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  2. Olá Renan, achei bastante interessante o desempenho dos alunos do PIBID ao abordar a temática. Gostaria de saber o aspecto de maior dificuldade no projeto, se seria a seleção de material didático sobre o assunto ou a sistematização do roteiro e sua adaptação ao tempo de aula (recorte e prioridades)?

    Eduardo José Neves Santos

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    1. Olá, Eduardo. Boa noite.
      Acredito que ambas foram grandes dificuldades.
      Em relação ao material didático, se já teve a oportunidade de analisar os conteúdos de alguns livros didáticos, acredito que tenha percebido a quantidade pequena de informações sobre uma História que extrapole a visão eurocentrica. Portanto, encontrar material suficiente para trabalhar nosso tema foi um tanto complicado.
      Sobre os recortes e prioridades, optamos por trabalhar com a exposição da divisão histórica japonesa (as "eras" que mencionei no texto), com intuito de exemplificar uma das várias formas de divisão temporal e espacial, que são problematizadas na historiografia.
      Obrigado pela pergunta.

      Renan Lourenço da Fonseca

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  3. Renan, sabemos da dificuldade que, por motivos diversos, muitos profissionais da educação tem ao ministrar conteúdos sobre história da Ásia, principalmente na educação básica. Embora seja muito atrativo, para professores e alunos esses conteúdos são muito novos, principalmente para os primeiros que na maioria dos casos não tiveram disciplinas sobre história da Ásia na graduação. A atividade proposta por você para trabalhar esse tema é muito importante e mostra-se uma maneira a mais de aproximar o aluno dos conteúdos relacionados à história dos povos asiáticos. O grande problema é que, principalmente nas escolas públicas, os professores não tem recursos para desenvolverem atividades práticas desse tipo e os conteúdos de história da Ásia, nas poucas vezes que aparem nos livros, acabam sendo ignorados por muitos professores. A que você atribui esse “desinteresse” de muitos profissionais, principalmente da área de história pelos conteúdos de história dos povos asiáticos?

    Márcio Douglas de Carvalho e Silva

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    1. Olá, Márcio. Bom dia.
      Concordo contigo.
      Acredito que o desinteresse está justamente na falta de esforço para compreender o "outro", que por situar-se em contextos pouco comuns aos nossos, acabamos por criar repulsa. Tirando o conteúdo dos livros didáticos, que são poucos - como você bem disse - o que nos sobra são os estudos dos esteriótipos, que nada mais são do que uma visão pouquíssima aprofundada sobre o Japão e os povos do Oriente. Mas um evento como esse vem para mostrar que existem pessoas interessadas em conhecer o "outro", em sair do seu mundo para desbravar novos universos.
      Espero ter contribuído com a sua reflexão.
      Obrigado pela pergunta!

      Renan Lourenço da Fonseca

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  4. Boa tarde, Renan.
    Achei muito interessante abordar o tema no PIBID. É uma forma de oportunizar os alunos a conhecerem outra cultura. Quais meios você acredita que despertam a curiosidade os alunos para o tema?
    Obrigada,
    Tamires Vieira Pinheiro de Castro

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    1. Olá, Támires. Boa tarde.
      Acredito que a criatividade é o fator primordial para qualquer tipo de intervenção. Particularmente, gosto de utilizar objetos como suporte para abordar seja qual for o tema. No caso do nosso tema "Japão", escolhi alguns objetos como leque, miniatura de katana, guarda-chuva, moedas e alguns outros objetos típicos que colaborem com a minha comunicação. Penso que eles são recursos de alto valor simbólico, que colaboram como a assimilação do conteúdo trabalhado.
      Espero ter colaborado com a reflexão.
      Obrigado pela pergunta.

      Renan Lourenço da Fonseca

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  5. Muito interessante tratar as 12 eras mais pré-história. Chega ser até raro nos depararmos com o ensino de aspectos orientais, seja no nível fundamental, médio ou superior. Em relação a utilização de novos meios de apresentação da cultura, partindo para uma área literária, seria viável expor Haikais (Haikus) por exemplo? E como está sendo a receptividade dessas atividades por parte dos alunos?
    Nathan Henrique da Silva Lermen

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    1. Olá, Nathan. Boa tarde.
      Ainda não conhecia os "Haikais", mas do pouco que pesquisei, achei uma fonte bem interessante para se trabalhar. Obrigado pela dica!
      Os alunos receberam muito bem as atividades. Todos ficavam instigados a perguntar e participar das intervenções. A sala temática deixou-os um pouco mais a vontade para explorar o conteúdo de uma forma mais "palpável". Digo isso, porque misturamos a diversão como um incentivo à aprendizagem. O caráter lúdico não diminuiu a qualidade dos conteúdos, como se fossem meras "recreações", pelo contrário, enriqueceu-os. Acredito que a receptividade foi aumentada por esses fatores.
      Espero ter contribuído com a reflexão.
      Obrigado pela pergunta!

      Renan Lourenço da Fonseca

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  6. Maria Josilda Ferreira da Silva

    Boa tarde Renan Lourenço, Primeiramente parabéns pelo belo trabalho de intervenção na escola. Percebi que você para poder desenvolver as suas aulas mesmo sem muitas fontes teórica, se utilizou de objetos e adereços da cultura japonesa para melhor refletir o conhecimento dessa cultura com os estudantes. Como os educando receberam a ideia do subprojeto/PIBID, e quais foram as formas de resistências ao mesmo?

    Maria Josilda Ferreira da Silva

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  7. Olá, boa noite. Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar seu texto.
    O PIBID desempenha um papel importantíssimo na formação docente, falo isso a partir do meu lugar social (sou supervisor deste projeto). Trabalhar a cultura japonesa durante as intervenções do projeto contribuem para uma difusão mais dinâmica do conhecimento, atraindo a participação dos jovens para a produção deste.

    Parabéns!

    Thiago Acácio Raposo

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    1. Olá, Thiago. Boa noite.
      Concordo contigo. O PIBID é realmente um programa que colabora muito com a diversidade das discussões em sala de aula. Muito obrigado pelos elogios. E parabéns pela iniciativa de ser supervisor desse projeto tão importante para o Ensino público.

      Renan Lourenço da Fonseca

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  8. Prezado Renan L. da Fonseca, saudações.
    Gostaria que você compartilhasse conosco alguns dados obtidos nos questionários sobre a percepção dos estudantes acerca do Japão antes e depois da intervenção dos pibidianos.

    Cláudio Reginaldo Quintino de Miranda

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    1. Olá, Cláudio. Boa noite.
      De maneira geral, percebemos que muitos dos esteriótipos foram repensados e, de certa forma, transformados em uma visão um pouco mais consciente sobre a cultura japonesa.
      Seria hipocrisia dizer que houve uma revolução nos pensamentos, mas posso dizer que foi perceptível a sutileza de novas construções sobre suas leituras. Isso já nos deixa instigados a aprimorar ainda mais nossas intervenções, para um resultado cada vez mais consistente.
      Espero ter contribuído com a reflexão.
      Obrigado pela fala!

      Renan Lourenço da Fonseca

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  9. Olá Renan, primeiramente venho lhe parabenizar pelo belíssimo desempenho que desenvolvera com seus colegas de pesquisa. Confesso que fiquei muito atraído pela abordagem feita, visto que, a dimensão de tal trabalho esta respaldado num âmbito educacional - de extensão. Além de ler seu artigo, fiquei curioso sobre os comentários feitos por outras pessoas interessadas no seu projeto, e logo percebi a sua dificuldade em encontrar materiais didático ou fontes necessárias para tal desenvolvimento. Falastes de um site - "Cultura Japonesa" - e logo me veio na mente uma dica ou pelo menos uma simplória contribuição: que tal construir um acervo online que descreva toda a grandiosidade de tal cultura? Colocando uma linguagem acessível para os seus alunos de ensino fundamental/médio e, com um teor de maior erudição, para aqueles que já se encontram na graduação? Percebemos, como professores, a real dificuldade de colocar tais temáticas em sala de aula nos dois aspectos de ensino, incluindo neste caso o superior. Este simpósio é um exemplo de novas saídas para a compreensão de conteúdos que outrora nunca serão mencionados para determinados estudantes, por conta de um etnocentrismo ainda impregnado em nossa sociedade. Além disso, acredito que tal criação ajudará também futuros interessados em desempenhar projetos sobre a erudição japonesa nas salas de aula, enriquecendo ainda mais essa linda iniciativa. Desde já, venho agradecer pelo enriquecimento cultural. PARABÉNS!

    Victor Gabriel de Jesus Santos David Costa

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    1. Olá, Victor. Boa noite.

      Antes de mais nada, muitíssimo obrigado pelo elogios. Isso não é algo apenas feito por mim, mas por toda uma equipe engajada em propor novas discussões, que contribuam para um diálogo mais diverso e enriquecedor.

      Tenho muito interesse em elaborar materiais sobre o Japão. Estou estudando o idioma japonês para que num futuro não tão distante, possa contribuir com a tradução de alguns materiais clássicos, que até então se encontram inacessíveis em português. Esse é realmente um projeto em andamento!
      Mais uma vez, minha gratidão pelo reconhecimento.
      Obrigado pela contribuição!

      Renan Lourenço da Fonseca

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  10. Boa noite Renan Lourenço, parabéns pelo texto e por sua contribuição ao apresentar o projeto do PIBID em uma abordagem de outros horizontes culturais, possibilitando um conhecimento novo a minha pessoa. Como discente do Curso de Licenciatura em História, irei agregar este método da cultura Oriental para minha formação profissional.

    Lucivaine Melo da Silva

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    1. Olá. Lucivaine. Boa noite.

      Fico feliz por contribuir com as suas metodologias.
      Muito obrigado!

      Renan L. Fonseca

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  11. Adorei o artigo e parabéns pelo trabalho feito em sala.
    Eu também já fui uma Pibidiana, foi muito prazeroso pude aprender muita coisa, inclusive a fazer atividades diferenciadas como esta. Eu gostaria de saber se você tem alguma dica para os professores que não trabalham com o diferencial em sala, como por exemplo tratar do Oriente, se aprofundar nessas questões e outras para propor algo novo.

    Natália Cristiane Oliveira dos Santos

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    1. Olá, Natália. Boa noite.
      Que bom que gostou. Fico feliz por encontrar tantas pessoas interessadas pelo PIBID.
      Particularmente, gosto de utilizar objetos como suporte para abordar seja qual for o tema. No caso do nosso tema "Japão", escolhi alguns objetos como leque, miniatura de katana, guarda-chuva, moedas e alguns outros objetos típicos que colaborem com a minha comunicação. Penso que eles são recursos de alto valor simbólico, que colaboram como a assimilação do conteúdo trabalhado.
      Esse é apenas um recurso dentre os muitos possíveis, pois a criatividade é o nosso maior aliado em sala de aula.
      Espero ter contribuído com a reflexão.
      Muito obrigado!

      Renan Lourenço da Fonseca

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  12. Bom dia Renan, parabéns pelo trabalho. É muito importante levar conhecimento além dos livros didáticos aos alunos e o projeto de vocês consegue transpor as barreiras que os livros impõe. Gostaria de saber o que fazer quando as maiores dificuldades partem da resistência do professores de ensino básico em implementar recursos novos em sala pois sabemos que ainda existem muito professores que preferem o modo tradicional do que novas ideias de ensino. Como trabalhar com isso?

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  13. Bom dia. Achei muito interessante o tema do projeto do Pibid e a forma como foi abordado em sala de aula. Gostaria de saber quais foram as maiores dificuldades para a realização desse projeto? Se foi em relação a referenciais retóricos ou a sistematização para trabalhar com os alunos? E como foi a reação dos alunos ao projeto, como reagiram a ideia de trabalhar e conhecer uma cultura diferente da nossa?

    Jacqueline Hiroki Mattana

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  14. Boa tarde gostei bastante do projeto, queria saber com a análise dos questionários aplicados antes do projeto,quais as idéias que os alunos tinham construídas sobre o Japão? levando em consideração que pouco se fala sobre essa cultura.

    Priscila de Fátima Costa

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  15. Boa tarde!!!!

    Renan Lourenço, achei muito interessante seu relato de experiência.

    Gostaria de saber quais foram as dificuldades enfrentadas na concretização de seu projeto???

    Att,

    Crisnamurth de Souza Couto.

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  16. Renan, boa tarde.
    Parabéns pelo trabalho. A partir do seu texto, me senti desafiada a trabalhar esse tema. Gostaria de saber se o PIBID encontrou resistência por parte dos alunos em relação ao tema? E que outros meios de fazer conhecer essa cultura poderíamos incorporar na sala de aula?

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  17. Belíssimo trabalho!
    Lendo-o fiz uma inevitável ponte com o meu ensino básico e pensei na importância e impacto que essa experiência teria tido na minha vida escolar e também, de forma concreta, o impacto que o trabalho deve ter tido na vida dos alunos contemplados. Dessa forma, questiono, a forma como foi desenvolvida este trabalho poderia ser então um meio de solução para que os alunos possam desenvolver uma compreensão de mundo no ensino fundamental (culturas, sistemas políticos, o que fazem, como vivem) que, posteriormente, auxiliará no entendimento de demais assuntos no ensino médio, como, por exemplo, o próprio contato entre Japão e Brasil? Por forma como foi desenvolvido o trabalho, digo: disseminar o método com outras culturas, países, etc.

    Nayara Brito Pereira.

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  18. Primeiramente parabéns Renan Lourenço da Fonseca pela iniciativa e pelo projeto construído e trabalhado. Sua colocação sobre a História do Japão nos livros didáticos esta totalmente correta. A história do Japão por muitas vezes nos livros didáticos são somente referências pequenas de uma nação tão grande e que merece atenção como todas as outras.

    Minha pergunta para você é a seguinte:

    Qual foi a principal dificuldade que você encontrou ao abordar este tema na sala de aula? Como foi a reação dos alunos?

    Daniel Franco de Oliveira

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  19. Boa noite! otimo texto.
    O PIBID em sua criação busca incentivar o elo produtivo entre docência e educação básica. Pode ele ser catalisador de conhecimento científico simultaneamente ao didático pedagógico?

    José Augusto Cosimo Neto

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  20. Daiany Francielly de Barros Rodrigues13 de outubro de 2017 às 15:42

    Como os professores que tem poucos recursos na sala de aula podem trabalhar esta temática?

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  21. Parabéns! Muito interessante a proposta. Você falou que o questionário aplicado posteriormente demonstrou uma transformação. Gostaria que você falasse um pouco disso, pois você não falou muito do resultado dos questionários.

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  22. Olá, como foi a aceitação dos estudantes por essa nova temática desenvolvida em sala de aula? E quais os conhecimentos que os alunos possuíam antes e depois da aplicação das aulas?
    Dulce Casagrande.

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  23. Por que a história oriental é tão suprimida ou desvalorizadas nos currículos de história no Brasil? Como reverter esse quadro?
    Gisele Fernanda Tiburski Bido

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  24. Primeiramente gostaria de parabenizar o grupo de pibidianos pelo trabalho fantasticamente bem elaborado, especialmente pelo cuidado com a parte teórica e a divisão da História. Desculpa perguntar, vocês levaram em torno de dois “dias aula” para aplicação do conteúdo ou fora um processo que levou mais tempo, especialmente na parte teórica. Além disso, sentiram dificuldade para a composição teórica das aulas? Especialmente pela defasagem dos conteúdos da História do Oriente em nosso currículo. Vocês gostariam de dividir as repostas dos questionários dos alunos conosco? Acompanhar o processo de ensino-aprendizagem além do que nós percebemos e sim a partir da perspectiva do aluno é enriquecedora.

    Débora de Queiroz Moreira

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  25. Olá! Achei ótima a forma como vocês aplicaram as atividades relacionadas a História do Japão. Minha pergunta é: esse tipo de abordagem funcionaria em oficinas de educação patrimonial?

    Obrigada!

    Maria Carolina Silva Martins Pereira

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