Débora Dorneles Uchaski

HISTÓRIA E ANIMES: A UTILIZAÇÃO DE ANIMES PARA O ENSINO SOBRE HISTÓRIA DO JAPÃO
Débora Dorneles Uchaski

Atualmente quando nós educadores da História nos deparamos com a sala de aula, percebemos que o método tradicional tem se tornado cada vez mais ineficaz para que o docente realize o seu processo de ensino-aprendizagem e de formação identitária. Por tal razão, se faz necessário a utilização de novos recursos e métodos para acompanhar o ritmo acelerado da sociedade em que estamos inseridos.

“Vivemos em uma sociedade audiovisual, estamos a todos os momentos voltados para uma tela, seja de um smartphone, computador ou televisão. Da mesma forma que a sociedade muda, as instituições também devem se adaptar. Não é raro observar em uma sala de aula, um aluno voltado para o celular enquanto o professor disputa sua atenção utilizando o livro didático.  (Uchaski, Paiva. 2016)”

De acordo com Maffesoli (2004) vivemos em um “mundo imaginal”, um mundo perpassado pela imagem, pelo simbólico, em que a imagem se tornou o principal elemento do vinculo social. Portanto, cabe ao professor, adaptar seus métodos e recursos, compreendendo o papel fundamental que as mídias audiovisuais exercem na vida dos educandos, logo, deve pensar maneiras de melhor aproveitá-las em sala de aula. Um recurso riquíssimo, porém pouco utilizado, que pode ser utilizado em sala de aula, é o da animação, lembrando que se deve ter alguns cuidados.

“A desordem cultural persistirá enquanto a escola pretender educar as crianças com instrumentos e sistemas que tiveram validade há 50 anos (…). Subsistirão as lições, os braços cruzados, as memorizações, enquanto fora da escola haverá uma avalanche de imagens e de cinema.” (BENCINI, 2005, p.03  apud FREINET)

Quando tratamos do ensino da História Oriental, o problema se intensifica ainda mais, em função do ensino eurocêntrico a qual a sociedade ocidental está inserida. Para isso, é necessário que entendamos o conceito de eurocentrismo, que corresponde a uma expressão da ideia de Europa como centro do mundo, desclassificando o restante das culturas mundiais. Essa visão vem sendo utilizada até hoje, tanto que criou um véu sobre a história de outras nações, como as asiáticas e africanas. Nós ocidentais sabemos muito pouco sobre essas outras nações, pois estamos embebidos de fontes eurocêntricas que formam a nossa concepção de história mundial.

“Se entende que a “Modernidade” da Europa será a operação das possibilidades que se abrem por sua “centralidade” na História Mundial, e a constituição de todas as outras culturas como sua “periferia”, poder-se-á compreender que, ainda que toda cultura seja etnocêntrica, o etnocentrismo europeu moderno é o único que pode pretender identificar-se com a “universalidade-mundialidade”.” (Dussel, 2005)

Porém, essa exclusão histórica é negativa já que ignora as contribuições de outras nações para a história e diversidade sociocultural do mundo, é este um dos principais motivadores para a concretização deste artigo sobre a história asiática, focada principalmente na utilização de animes como recurso didático-pedagógico nas aulas de história, para podermos tratar da História do Japão.

O docente ao realizar o planejamento de temáticas como a História do Japão, encontrará diversos problemas, como a falta de material traduzido, muitas fontes criadas por ocidentais e o esvaziamento do debate sobre o assunto. Por isto, cabe a nós professores a difícil função de pesquisar ainda mais sobre tais temáticas e utilizarmos de recursos didático-pedagógicos capazes de alcançar o interesse e proporcionar o processo de ensino-aprendizagem.

O referido artigo visa contribuir com idéias e informações para a realização do planejamento de aula sobre a História do Japão, utilizando de animes que contam a História do Japão. Entre eles, podemos citar: Samurai X, Sen Goku Basara, Brave 10, Hyounge Mono, etc. Porém, para isso é necessário que trabalhemos a História do Japão e salientando os animes que representam determinado período.

É importante salientar, que para realizarmos uma atividade com o uso de animes é necessário que se tenha um aparato, como a utilização de roteiros e questionários, para não tornar nossa aula uma sessão “pipoca”, mas buscarmos conhecimento de uma forma divertida.

Feudalismo nipônico, de Kamakura à Tokugawa
O Xogunato também conhecido como Bakufu (que significa “governo da tenda”) foi um período onde o Japão vivenciou um governo onde houve uma duplicidade do poder e de relacionamentos entre dois regimes, um comandado por uma elite guerreira composta por clãs samurais e secundariamente outro liderado pelo Imperador. O Xogunato era liderado por um Xógun que respondia em nome do imperador, esta forma de governo se perpetuou por setecentos anos e só foi se findar quando se iniciou a Era Meiji. Ficou também conhecido como feudalismo nipônico.

O Xogunato é um regime baseado em relações de vassalagem e suserania, onde o Xógun estabelece uma relação com os senhores feudais e estes por sua vez estabelecem relações com os lavradores em troca de terras para o cultivo e proteção. Desde que o Xogunato foi estabelecido em 1185, ocorreram diversos conflitos entre os clãs com o intuito de disputa de liderança deste regime. Então, em 1192, Minamoto Yoritomo declara-se Xógun, que significa “grande general supremo conquistador de bárbaros”, dando início ao Xogunato Kamakura, o primeiro das três dinastias: Minamoto (1192-1333), Ashikaga (1338-1573) e Tokugawa (1603-1868).

O primeiro contato com os portugueses se dá em 1543, uma das embarcações em função de uma tempestade, acabam ancorando em território japonês (Tanegashima) ao sul de Kyushu. Os portugueses traziam consigo arcabuzes (armas de fogo) o que gera bastante interesse por parte dos japoneses que até então não tinham contato com esse tipo de armamento. Os daimyos se antenam em aprender o manejo e como fabricá-las, logo teremos uma transformação bastante expressiva da arte da guerra.

Logo, estabelecem relações comerciais com portugueses e espanhóis. Lembrando, que os ocidentais faziam comércio e guerras com o intuito da disseminação da “Palavra de Deus”, portanto, evidentemente começam a chegar ao Japão membros da Companhia de Jesus e Jesuítas, com o intuito de pregar o Evangelho aos nipônicos.

Os japoneses enfrentavam nesse momento um período difícil de intensos conflitos internos, dominado pelas guerras feudais, causando um vazio espiritual e uma busca de respostas, já que o budismo e o xintoísmo se encontravam em total decadência, o cristianismo se propaga rapidamente entre os daimyos, samurais e o povo comum do Japão.

Nobunaga, simpatiza com os missionários ocidentais, permitindo que os jesuítas fundem igrejas e um seminário para a educação dos filhos dos senhores feudais e dos nobres. Após a morte de Nobunaga Oda, quem assume o poder é Hideyoshi Toyotomi, este concluíra a obra de unificação iniciada por Oda e caberá a ele o mérito de findar o Sengoku Jidai.

A grande maioria dos animes japoneses representam o período do Sengoku Jidai, que representa o fim da dinastia Ashikaga, e passa-se a um período de instabilidade e guerra civil japonesa que ocorreu em torno de 1600, onde diversos clãs se unem para tomar o poder de Xógun, já que a dinastia Ashikaga apresentava séria crise a quase quatrocentos anos, na disputa Tokugawa toma o poder, iniciando a dinastia Tokugawa que vai de 1603 à 1868. Entre os animes, podemos citar:

Samurai Deeper Kyo é um anime que foi lançado em 2002 inspirado em um mangá escrito por Akamine Kamijou. O anime se passa em torno de 1600, na famosa Batalha de Sekigahara, contando a história de um samurai chamado Kyo, os olhos do demonio, assim chamado por ter os olhos vermelhos e por ter matado mais de 1000 homens. Durante a batalha com Mibu Kyoshiro, um meteoro cai, levando aparentemente ambos a morte. Quatro anos depois, Kyoshiro reaparece como um vendedor, sendo perseguido por uma caçadora de recompensas, por não ter pago uma conta de um restaurante. Durante uma desavença com um samurai (na realidade, um monstro), seus olhos se tornam vermelhos, percebendo que de alguma forma, o espírito de Kyo está aprisionado no corpo de Kyoshiro.

O anime Sengoku Basara foi lançado em 2009, inspirado em um jogo eletrônico. Sua história se passa no período do Sengoku, um período onde o Japão vivenciou um intensa disputa entre clãs pelo domínio do Xogunato. O anime unirá diversos personagens e eventos importantes na história do Japão em uma única história: enfrentar Oda Nobunaga, o Demônio Rei, daymio do Estado de Owari.

Brave 10 é um anime que foi criado por Kairi Shimotsuki sendo lançado em 2007, inspirado em mangá. Sua história também se passa no período do Sengoku, e o anime mostra o período histórico onde Yukimura Sanada entra em conflito com Tokugawa Ieyasu.  O anime conta a história de Isanami, uma sobrevivente ao ataque de Tokugawa ao templo de Izumo. Ela em fuga tenta ir a Shinshuu pedir ajuda a Yukimura Sanada, mas no caminho se encontra um samurai falido chamado Saizou Kirigakure, que mesmo meio contra a sua vontade a ajuda.

Hyounge Mono provém de um mangá criado por Yoshihiro Yamada, que foi publicado em 2011. Sua história, assim como Sengoku Basara e Brave 10, se passa no período Sengoku, período de conflitos internos japoneses. O anime relata a história da guerra civil japonesa, salientando a figura “terrível” de Nobunaga Oda, nesta era o senhor da guerra Furuta Sasuke perde sua alma para a cerimônia do chá. Enquanto a guerra abala todo o Japão, Sasuke enfrenta seu próprio conflito interno, entre seu desejo de promoção e seu amor por sua arte.

Essas mudanças na realidade do Japão alterará a receptividade do catolicismo na região. Então em 1587, Hideyoshi proibirá o cristianismo.

“Político realista, Hideyoshi pressente o perigo da colonização europeia. E as disputas entre as diversas ordens religiosas católicas e entre católicos e protestantes então travadas em diversos recantos do globo aumentam as suspeitas do kampaku. Julga que os sacerdotes estrangeiros não somente visam a conversão do povo japonês à religião católica, como procuram estabelecer o poder político lusitano ou espanhol nas ilhas nipônicas.” (Yamashiro, 1978, p.114)

Esse pressentimento de Hideyoshi é baseado no relato de um capitão espanhol que conta orgulhoso como os sacerdotes os ajudaram a aumentar o horizonte de suas fronteiras, além de relatos de holandeses e outros. Outro fatos que colaborou foi que o Xógun ao ir até uma das naus portuguesas para se encontrar com o Padre Coelho, verificou que o barco estava cheio de armamentos pesados. Neste momento (1587), o kampaku manda prender os sacerdotes que estavam no barco do espanhol e chegando a Nagasaki os executa juntamente a 20 (vinte) católicos nipônicos. Ainda assim, o catolicismo já se encontra bastante arraigado entre os nipônicos, a ponto de a ordem de Hideyoshi não conseguir sucesso em extinguir de uma só vez o cristianismo.

“O único perigo vinha dos missionários cristãos; (…) da estreita ligação dos capitães portugueses com os missionários e precisar que ela inevitável, pois a Coroa de Portugal estava historicamente vinculada à evangelização do Oriente, em virtude do jus patronatos; os missionários trabalhavam pela grandeza e pela glória de Portugal: não era de São Francisco Xavier legado do Papa e inspetor das missões reais? A obra missionária, obra nacional alimentada pelas rendas da Coroa, não podia deixar de confundir-se com a obra comercial e política.” (PANNIKAR, 1977, p.86-87)

Quando Ieyasu Tokugawa assume o poder (1603) ele tenta reatar as relações externas permitindo o culto ao cristianismo. Porém, novamente o Xógun começa a recear que a disseminação dos costumes e hábitos liberais dos ocidentais venham prejudicar a legitimação do Xogunato. Entre estes, o culto a um Deus onipotente que ameaça diretamente à autoridade absoluta do Xógun.

Tokugawa intensifica a repressão ao cristianismo, expulsa todos os estrangeiros do país e decreta em 1639 o ato que estabelecia o isolacionismo do Japão. Outro fator que pode ter ocasionado a expulsão dos estrangeiros é que durante o período Tokugawa, alguns clãs se tornam insubmissos como os Choshu e os Satsuma, e o Xógun receava que estes clãs se unissem aos estrangeiros e adquirissem armamento para tentar se levantarem contra o Xogunato.

Outro período importante retratado por animes da História do Japão, é o momento onde o Xógum Tokugawa proíbe o Cristianismo no Japão e inicia um “guerra santa” contra os cristãos. Dois animes tratam disso: Makai Tenshou (mais conhecido como Ninja Ressurection) e Samurai Champloo.

Ninja Ressurection é um anime dirijido por Yasunori Urata, lançado em 1998. Sua história ocorre na Era Edo, onde o Xógun teria banido o Cristianismo e inicia-se uma perseguição a adeptos a esta religião. Porém este anime por ter um caráter violentíssimo acabou não sendo levado a diante devido a violenta reação do público japonês a ele. O anime conta a história de Shiro Amakuza, um samurai cristão, que defende uma fazenda onde se cultua a Virgem Maria. Os cristãos o veem como seu Salvador. Porém sobre constantes ataques, acabam sendo derrotados pelas tropas de Tokugawa. Não recomendo o anime na íntegra para utilização em sala de aula devido ao excesso de violência, mas alguns trechos são interessantes.

Já Samurai Champloo criado por Shinichiro Watanabe, sendo lançado em 2004-2005. O anime se passa na Era Edo, porém mistura elementos históricos com alguns elementos modernos ligados ao Hip Hop. A história retrata o período onde o Japão tinha aplicado sua política isolacionista e iniciado a “guerra santa” contra os cristãos. Retrata outra questão histórica importante: momento em que os samurais e famílias respeitáveis vão transformando-se em meros administradores e políticos. O anime conta a história de Fuu, uma adolescente de 15 anos, que sai em busca de um “samurai que tem cheiro de girassóis”, na sua jornada encontra-se com Mugên e Jin, que devido a uma aposta estúpida, seguem a jornada com ela.

Da dinastia Tokugawa à era Meiji
Quando se trata da Era Meiji, temos um anime de renome para tratar esse período de modernização do Japão. A qual os samurais foram extintos, e o anime é o Rurouni Kenshin, ou mais conhecido como Samurai X. Seu criador foi Nobuhiro Watsuki e foi lançado entre os anos de 1994 e 1999, surgindo diversos filmes posteriores. Sua história se passa no fim do Xogunato e início da Era Meiji, em um período onde os Samurais haviam sido proibidos de utilizar suas espadas. O anime conta a história de Kenshin Himura, um espadachim pacífico que após a grande matança do período do Bakumatsu, prometeu nunca mais matar. Passando a viver como ronin (andarilho) até encontrar o Dojo Kamiya, onde passa a viver junto com Kaoru Kamiya, uma professora de kendo.

Peacemaker Kurogane é um mangá e anime escrito por Nanae Chrono, lançado pela editora Gonzo em 2003. O roteiro se passa durante o Bakumatsu. Nesse período os irmãos Ichimura Tetsunosuke e Ichimura Tatsunosuke, dois irmãos órfãos, se alistam no Shinsengumi, a famosa “tropa de elite” do Xogunato no século XIX. Tetsu quer se alistar no Shinsengumi como um Homem de Batalhas, ele tem o intuito de se vingar pela morte de seus pais. O objetivo de Tatsu é financeiro, procura manter uma qualidade de vida para viver com seu irmão.  Acontece que o pai dos dois irmãos foi morto pelos Monarquistas.

Cabe salientar, que o Shinsengumi existiu realmente, sendo uma tropa de espadachins sobre o mando do Xógun, normalmente iam ao encontro de rebeldes e os exterminavam. Seu ápice foi no Incidente de Ikedaya, que ocorreu em 1864, na cidade de Kyoto, onde o Shinsengumi realiza um massacre a grupos monarquistas (rebeldes). Esse acontecimento é retratado nos animes Peacemaker Kurogane e no Rurouni Kenshin.

Outro anime que retrata os últimos anos da Era Edo, é o Bakumatsu Kikansetsu Irohanihoheto, se passa no período Bakumatsu que ocorre entre 1853 e 1867, quando o Japão acaba com sua política isolacionista e inicia-se o período de modernização do Japão, dando início posteriormente a Era Meiji. O anime retrata a Guerra do ano do Dragão, ou Guerra Boshin, mostrando personagens históricos importantes como Enomoto Takeaki (presidente da república de Ezo) e Hijikata Toshizou (o último membro vivo do Shinsengumi). O anime conta a história de Akizuki Yojiro, um mercenário que possui habilidades muito especiais com sua espada Getsuruito. Viajando pelo Japão, em busca de itens sobrenaturais, acaba se deparando com um teatro itinerante onde seus membros tem suas próprias obscuridades.

Considerações finais
Considero, portanto, que a utilização de animes em aulas de História, pode ser uma grande experiência tanto para o educador quanto para os educandos. Proporcionando uma aula diferenciada, com recursos lúdicos, permitindo que o aluno tenha uma outra concepção sobre o estudo da história. Porém, para que seja uma experiência positiva é necessário que o professor realize um planejamento e se prepare em nível teórico e técnico. Conhecimentos básicos sobre animações e relação cinema-história, sobre as teorias da comunicação e da educação, a linguagem e das técnicas audiovisuais. Acredito que muito das técnicas se aprende fazendo, portanto o professor tem que se arriscar e ousar em sala de aula, mesmo não obtendo todos os conhecimentos, pois a experiência gera o conhecimento e o aprendizado de como fazer melhor em planejamentos futuros.

Cabe salientar, que ao trabalharmos temas como a História do Japão, estamos rompendo com o ensino eurocêntrico, passando a perceber o oriental como peça fundamental da história mundial. E para isso, utilizando de recursos que geram interesse e divertimento para nossos alunos. É bom frisarmos que o conhecimento não surge apenas de assistirmos os animes com os alunos, mas de buscar questionamentos e reflexões em cima destes, proponho portanto que o professor utilize sempre de outros recursos como suporte, por exemplo, o uso de questionários, textos, roteiros ou então incentive o trabalho de pesquisa dos alunos. Para que não se torne, um conhecimento vago e superficial.

Referências
Débora Dorneles Uchaski é graduanda do 8º semestre de História pela Faculdade Porto-Alegrense.
E-mail: duchaski@gmail.com

BENCINI, Roberta. O filme na aula de História. Revista Escola, 2005.
DUSSEL, Enrique. Europa, Modernidade e Eurocentrismo: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. CLACSO, 2005.
MAFFESOLI, M. Notas sobre a pós-modernidade: o lugar faz o elo. Rio de Janeiro: Atlântica, 2004.
PANNIKAR, K.M. A dominação ocidental na Ásia. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1977.
UCHASKI, Débora. PAIVA, Ismael. História e Cinema: A utilização de recursos cinematográficos em aulas de História. In: BUENO, André; CREMA, Everton; ESTACHESKI, Dulceli; NETO, José Maria [org.] Jardim de Histórias: discussões e experiências em aprendizagem histórica. Rio de Janeiro/União da Vitória: Edição Especial Ebook LAPHIS/Sobre Ontens, pág.305- 312,2017.
YAMASHIRO, Jose. Pequena História do Japão. São Paulo, 1978.

111 comentários:

  1. Além de auxiliar no ensino da história oriental, a utilização de animes auxilia na compreensão da cultura e tradição oriental pelo aluno. Assim, outros temas podem ser abordados em sala de aula como: a origem dos mangás, dos animes, do Oricom Shohatsu (Teatro das Sombras), do processo de formação cultural, entre outros.
    Ivan de Freitas Vasconcelos Junior

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    1. Concordo plenamente Ivan. Podemos utilizar o anime como uma fonte produzida pelo próprio oriental. E a história dos animes é fantástica. É um campo riquíssimo, porém muito pouco aproveitado até hoje. Cabe a nós, docentes incluirmos em nossos planejamentos e fazer a diferença com nossos alunos. ;)

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  2. Em terra de redes sociais todo recurso no ensino de história é válido. Além disso, quebrar o eurocentrismo é de suma importância na contextualização de outras sociedades.
    Lidiane Álvares Mendes

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    1. Olá Lidiane. Em relação as redes sociais, sempre temos que ter muito cuidado em relação a veracidade dos fatos. E com os animes não é diferente. Diversos utilizando de nomes famosos porém não tem ligação histórica. Vejo a validade da utilização de animes, mais como uma fuga de aulas tradicionais (que já não tem produzido o mesmo efeito com os alunos). E sim, é de suma importância valorizarmos a cultura oriental e quebrarmos com o eurocentrismo.

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    2. OLá Débora! Muito interessante a temática do teu artigo. Acredito que essa abordagem da cultura oriental por meio dos animes pode trazer grandes vantagens para os alunos tanto pelo seu caráter histórico como também por proporcionar uma aula fora dos moldes tradicionais que já conhecemos. Os alunos podem até mesmo produzir um mangá relacionado ao conteúdo, neste caso, tu tens alguma dica sobre como desenvolver essa atividade? Desde já agradeço. Helem da Rocha Leal

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    3. Oi Helem,
      Achei bem massa tua ideia de construir um mangá com os alunos. Acredito que para isso, primeiramente necessitariamos trabalhar com os alunos a história do mangá e agregar funções a eles.
      Cabe a nós professores fazer da nossa sala de aula um laboratório de experimentos de metodologias e práticas pedagógicas.
      Espero ter contribuído.

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  3. Olá Débora,
    Gostaria de parabenizá-la pela reflexão. Particularmente eu nunca havia pensando em utilizar os animes no ensino da História Oriental, achei a ideia genial. Mas, me surge algumas questões para pensarmos: A primeira é como relacionar os animes a uma visão menos eurocêntrica, como você mesma sugere no início do texto. Que caminho o professor deve seguir para não cair nessas armadilhas, pois o material didático e o material de apoio é ainda produzido nesses moldes. Buscar material onde? Atentando para as restrições de idioma. Outra questão seria para você dar uma luz de como problematizar e trabalhar essas fontes em sala de aula. O professor faz da sala de aula um laboratório de experimentos metodológicos, mas isso não significa obter sucesso, qual seria o viés mais seguro para desenvolver os animes com os alunos? Parabéns novamente pela pesquisa.
    Um abraço.
    Cyanna Missaglia de Fochesatto

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    1. Cara Cyanna, boas perguntas e que mereceriam um artigo próprio para responder a cada uma delas. Comentando sobre a crítica ao eurocentrismo procure os estudos decoloniais ou pós coloniais, a utora citou a obra de Dussel, que é parte desta onda de repensar os lugares de pensamento e poder. O problema do eurocentrismo é pensar de forma generalizante ou partindo de conceitos e ideias "de cima", colocando sempre os conceitos e ideias próprios do "ocidente" (que precisa ser repensado") sem se atentar para as especificidades dos outros lugares e até mesmo da própria Europa. É preciso, reconstruir as categorias e conceitos "de baixo para cima", um exemplo, família, em um contexto "oriental" a família engloba um sentido de "quem vive com você" + seus antepassados (que são relembrados e fazem parte da sua vida de forma constante dependendo da sua crença), ou um sentido "clânico", isso de forma muito rasteira e imprecisa apenas a título de exemplo. O conceito família que temos para pensar as Américas, a Europa e a Ásia, são problemáticas em suas generalizações. Algo que supostamente seria simples deve ser "reconstituído" conforme a situação, a região, o período histórico. Uma ruptura com o eurocentrismo é difícil e precisa de preparo, mas não é impossível.

      Daniel Félix Alves

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    2. Ola Cyanna,
      Penso que quando optamos por trabalhar com anime em sala de aula, já estamos fugindo um pouco do eurocentrismo, afinal, a maioria dos animes são produzidos no oriente. O que o Daniel falaste tem bastante importância, existe um campo de pesquisa que produz uma crítica forte ao eurocentrismo, que são os estudos decoloniais ou pós coloniais, acho que é de suma importância que nós professores nos apropriemos destes estudos. No texto eu trago alguns exemplos de anime relacionando com o período histórico da história do Japão, acho que o anime pode ser um excelente recurso didático, mas depende de um trabalho em conjunto com questionários, roteiros, enfim. Devemos levar nossos alunos a questionar. Acho que assim como o cinema, o método vai se tornando mais seguro conforme o docente vai se apropriando dele, colocando mais em prática e melhorando cada vez mais. Assim como disseste a sala de aula deve ser vista como um laboratório de experimentos metodológicos, mas o primeiro passo para o uso de animes em sala de aula é assisti-los. :)
      Espero ter ajudado.

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    3. Prezados Daniel e Débora,
      Muito obrigada pelas respostas. Eu vou pesquisar as obras indicadas por vocês e me aprofundar no tema dos animes, acho que será uma excelente fonte para tratar com os alunos. Parabéns novamente pela pesquisa e obrigada!
      Cyanna Missaglia de Fochesatto.

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    4. Relendo meus comentários agradeço a Débora pelo texto e pela paciência, acho que me empolguei com o tema e a proposta do seminário online, acabei não comentando como seu trabalho está enriquecendo também minha formação, já que apesar de ser consumidor de animes, mangás e Light Novels, como "historiador" há um grande receio em trabalhar com estas mídias.

      Grato,

      Daniel Félix Alves.

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    5. Fico muito grata pelas tuas contribuições e pelo teu agradecimento. É muito importante para mim, poder contribuir na formação individual de cada docente.

      Obrigado.

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  4. Olá Débora, te parabenizo pelo tema escolhido, sem dúvidas os animes e os mangás são ótimas ferramentas para se utilizar em sala de aula, isso é um diferencial porque foge do estilo tradicional de ensino que infelizmente acaba engessando a forma de ensinar. Tenho algumas dúvidas com relação à aplicação desses materiais enquanto discussão sobre o Japão. A 1ª é que em qual assunto do ensino de história de acordo com os currículos e propostas esses materiais se encaixariam? Eu até entendo essa abordagem que muda o caráter eurocêntrico, pessoalmente tenho muita vontade de abordar com liberdade sobre a História Oriental, mas como você iria lidar com essa abordagem, sendo que o tempo é um dos adversários que você irá se deparar. 2º e último, qual seria seu argumento caso a coordenação de ensino ou até mesmo os alunos lhe questionassem sobre o motivo de ensinar algo um tanto "afastado" da realidade dos alunos?
    Felipe Adriano Alves de Oliveira

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    1. Prezado, boa tarde, os temas de história oriental e ou asiática sempre tem alguma conexão com a nossa vivência e currículo, uns mais próximos e outros um pouco afastados como você aponta. Uma possibilidade é trabalhar justamente o Império Marítimo Português (fica eurocêntrico demais falando assim) vale lembrar que a presença portuguesa na região foi constante na modernidade, um estudo interessante foi a pesquisa de Charles Boxer, um brasilianista que a serviço da coroa britânica que esteve em contato direto com a cultura e vida no Japão. Pensar como o mundo já era "globalizado" nessa época e os impactos sociais e econômicos destes contatos é um ganho para os alunos e uma possibilidade do assunto entrar para discussão em aula. Qual sua opinião sobre essa possibilidade?

      Daniel Félix Alves

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    2. Olá Felipe,
      O exemplo trazido pelo Daniel é de grande riqueza.
      Podemos trabalhar a história do Japão relacionando ao período de expansão marítima europeia.
      Mas também podemos lançar aos nossos alunos, questões sobre o Xogunato, que foi o período feudal japonês. Fazendo uma relação com o feudalismo europeu.
      Enfim, mostrando que o feudalismo e o expansionismo não foram fenômenos unicamente europeus, mas que outras nações como o Japão, também foram atuantes.
      Espero ter ajudado.

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    3. Olá Debora, sim compreendi sua argumentação, realmente é possível essa colocação, faço sempre essas relações que você mencionou, em minhas aulas para facilitar a compreensão das diferenças entre o feudalismo europeu e o japonês, bem como o próprio expansionismo marítimo por parte dos chineses e dos japoneses, tocando também na questão imperialista como a de Meiji. Bom acho que me equivoquei por pensar que você iria propor um ensino sobre o Japão a partir da Restauração Meiji até o Período Heisei de uma forma profunda (rs), me desculpa. E aproveitando responder o Daniel, sim meu caro amigo, a globalização nesse sentido realmente é algo que faz todo diferencial, por isso discuto sempre a respeito com meus alunos, a não monopolizar tais fatores relacionados aos europeus, como se fossem os únicos agentes que expandiam suas contribuições com outras sociedades.
      Felipe Adriano Alves de Oliveira

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  5. Me referindo ao contexto que a autora aplica as dificuldades dessa metodologia em sala de aula quando a mesma escreve "É importante salientar, que para realizarmos uma atividade com o uso de animes é necessário que se tenha um aparato, como a utilização de roteiros e questionários, para não tornar nossa aula uma sessão “pipoca”, mas buscarmos conhecimento de uma forma divertida." (UCHASKI, 2017) questiono a respeito de como poderia ser feito a implementação deste material que venho aqui chamar de lúdico na escola através do PPP (projeto politico pedagógico) da escola? já que infelizmente não se dispõe de editoras veiculadas ao MEC ou FUNDEB que produzam esse material nos impossibilitando de termos recursos das mesma!

    Lailton Cordulino Barbosa.

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    1. Ola Lailton
      Este tipo de metodologia não tem a pretensão de romper com o PPP, ele é mais uma ferramenta metodológica para ser utilizada pelo professor. Lembrando que o PPP é o guia de uma escola, agora a forma que abordaremos os conteúdos do planejamento, vai muito da escolha do professor, cabe a nós colocarmos no conteúdo programático de cada disciplina. Temos visto no meio escolar, a utilização contínua de filmes e séries para o ensino de história, e a proposta sugerida não foge muito disto, apenas proponho utilizarmos os animes, principalmente pelo fato, de ser fontes ricas construídas no Oriente e que fogem aos métodos tradicionais, favorecendo o processo de ensino-aprendizagem.
      Espero ter ajudado.

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    2. Obrigado pela resposta. Além de me ajudar esclarecendo a respeito de minha duvida gostei da forma como escreve! obrigado pela ajuda! Boa sorte e sucesso!

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  6. Boa tarde! Eu mesmo em algumas aulas trabalhando a cultura oriental pensei em levar para os alunos alguns animes sobre o tema, tais como Samurai X e Samurai Deeper Kyo, mas tive receios quanto a carga de violência que tais animes trazem, por retratarem um período um tanto quanto turbulento para o Japão na época, fora a quantidade de aulas a serem ministradas sobre o assunto, não pode tornar tal projeto inviável?

    Guilherme de Carvalho Rodrigues

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    1. Olá Guilherme
      Acredito que assim como o cinema, devemos sempre ter um cuidado muito grande em relação a faixa etária que será os espectadores dos animes. Porém, temos algumas opções, como utilizar trechos dos animes ou ver apenas alguns episódios. Lembrando que a violência fez parte também da história. Agora, acredito que passar Samurai X para o ensino médio não teria problemas. Mas como reforcei no artigo, há animes que são mais violentos como é o caso de Ninja Ressurection.
      Acredito que em relação ao tempo, o anime dificilmente passa de 30min por episódio, e devemos nos deter naqueles que expressam mais os pontos que queremos que nossos alunos reflitam. Acredito que assistir todos episódios de um anime, realmente seria inviável. Mas cabe salientar, que a maioria dos alunos atualmente tem acesso a internet e poderiam, aflorados pela curiosidade, vir a procurar os animes posteriormente.
      Espero ter contribuído.

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  7. Olá Débora.
    Primeiramente quero te parabenizar pelo tema escolhido e pela pesquisa realizada, com certeza há muitos tópicos que podem ser utilizados em sala de aula. Sou estudante de Pedagogia, e percebo a dificuldade dos professores em utilizar as tecnologias em sala de aula, ainda mais nos dias de hoje em que todas as crianças possuem celular e computador e sempre estão sabendo as novidades das tecnologias antes dos professores. O meu questionamento é o seguinte: como fugir das aulas tradicionais (que são extremamente chatas para as crianças), e utilizar o tema das culturas orientais alinhadas com os animes? Pois sabemos que nem todas as escolas dão abertura aos professores para trabalhar de forma mais dinâmica com as crianças. E onde podemos conseguir o material? Pois a internet é uma facilidade mas muitas traduções não são fiéis ao conteúdo original. Acredito que essa proposta de ensino que você sugeriu auxilia e muito os professores além de tornar as aulas mais prazerosas para as crianças, temos que utilizar a tecnologia a nosso favor e conciliar as aulas com o uso das mesmas.
    Noemi Andréia Lutzer Uhde

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    1. Olá Noemi,
      Excelentes colocações e questionamentos.
      O plano de ensino da disciplina de História, normalmente é bastante eurocêntrico. Por isso, normalmente podemos trabalhar paralelamente, mostrando que fenômenos como feudalismo, imperialismo, expansionismo, etc. não são fenômenos unicamente europeus.
      Em relação aos materiais, penso que o acesso a internet tem facilitado bastante a obtenção destes recursos, porém alguns streaming já possuem animes vinculados, como o caso do Netflix que tem quase 100 episódios do Rouronin Kenshin, e alguns sites como SuperAnimes possuem bastante opções de animes.
      Realmente, algumas instituições de caráter mais conservador, resistências a inovações metodológicas, porém acredito que com um bom planejamento com objetivos claros, podem ser o primeiro passo para a permissão destes recursos.
      Espero ter contribuido.

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  8. Boa noite Débora,
    Tudo bem?
    Fiquei muito entusiasmada com seu artigo, e gostei bastante da sua proposta de trabalhar com animês dentro da sala de aula, visto que eu também tenho interesse em realizar essa metodologia. Você já realizou este projeto? E se já realizou, quais as dificuldades encontradas? Para realiza-lo quantas aulas você usaria? Outro questionamento que proponho a você, sabendo que as escolas ainda apresentam uma educação bancária, como convencer a direção que seu projeto é viável?

    Angélica da Cruz Bernardo

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    1. Olá Angelica,
      Coloquei em prática a utilização de animes em sala de aula no meu estágio de Ensino Médio. Como já estava trabalhando o conteúdo sobre o feudalismo, utilizei de quatro períodos para a realização deste trabalho.
      1º Entreguei a eles roteiros e pontos a serem observados.
      2º Assistimos 2 episódios do anime.
      3º Eles responderam aos questionamentos trazidos no roteiro.
      4º Realizamos um debate orientado, visando contemplar os pontos observados e detalhes curiosos do anime.
      Em relação ao convencimento das instituições, é uma situação a qual não vivenciei, mas acredito que um bom planejamento explicitando claramente os objetivos propostos, seja o primeiro passo.
      Espero ter contribuído.

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  10. O anime com certeza é um rico e valioso material para análise do Oriente. Mas trazendo pro âmbito da sala de aula,me referindo ao ensino básico, como nós professores podemos trabalhar com esse recurso com os nossos alunos na tentativas de despertar neles a curiosidade para a cultura oriental, que muitas vezes fica a margem do interesse do aluno? Daniele Moraes Santos.

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    1. Olá Daniele,
      Podemos utilizar dos animes de diversas formas em sala de aula:
      - Podemos realizar uma análise crítica sobre o anime.
      - Podemos realizar trabalhos de pesquisa, visando entender quais são os fatos históricos presentes no anime
      - Podemos ainda trabalhar paralelamente com a história européia, etc.
      - Podemos trabalhar as diferenças culturais entre o Oriente e o Ocidente.
      - Etc.

      Espero ter contribuido.

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  11. Olá, parabéns pelo texto e idéias. Gostaria de pedir um esclarecimento: vários animes retratam as dinastias japonesas, bem como apresentam um sistema educacional completamente diferente do ocidental conhecido ( e praticado) por nós. Como podemos preparar os educandos para interpretar esta distinta cultura se nós não temos quase material nenhum sobre o Oriente e o pouco que temos deve ser cuidadosamente analisado para evitarmos a visão eurocêntrica?
    Crislli Vieira Alves Bezerra

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    2. Olá Crislli,
      Penso que tratar as diferenças culturais é de suma importância, pois quando percebemos o "Outro" de maneira respeitosa rompemos com uma barreira de preconceitos e intolerâncias.
      A falta de materiais é bastante prejudicial para o ensino da história oriental, por isto a grande importância de projetos como este, do Seminário Eletrônico de História Oriental e de outros projetos com o mesmo intuito. Aqui mesmo, temos diversos materiais interessantíssimos que podem ser adaptados para o uso em sala de aula. Mas há autores, que trazem bibliográfias bem embasadas sobre a história do Japão, como Pannikkar, Chesneux, Yamashiro, etc. cabe a nós professores pesquisar e vencer as barreiras impostas pelo eurocentrismo.
      Espero ter contribuído.

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  12. Excelente texto, parabéns.
    Minha questão está relacionada ao debate sobre a violência, já que este é um elemento presente em quase todos os animes produzidos atualmente, que métodologias utilizar para que tal aspecto não se torne o ponto principal a ser debatido em uma aula ? E como o anime, pode inflênciar a compreenção dos nossos alunos no processo de construção da identidade japonesa ?

    Girlane Santos da Silva

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    1. Olá Girlane,
      Sobre a construção da identidade japonesa, podemos analisar a vestimentas, a cultura, a gastronomia, que pontos referenciados muitas vezes nos animes. Em relação a violência, procuro episódios não tão violentos, e tem animes como Sengoku Basara, que por mais que tenha violência, não tem sangue e nem cenas muito fortes. Mas não podemos esquecer, que na história, a violência também está presente. Claro, que ao mostrarmos isso temos que ter um cuidado.
      Espero ter ajudado.

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  14. Bom dia, você fez uma ótima escolha Débora, e seu artigo é muito pertinente para o ensino de história, sobretudo para atender uma demanda de alunos que já estão fadigados dos livros didáticos. Bem, é sabido que o ano de 1929 foi decisivo para uma reviravolta na historiografia, com o surgimento da Escola dos Annales, outras fontes, além dos documentos passaram a ser utilizados na produção histórica. Os animes são bem importantes para focar no ensino sobre a história do Japão, com um leque de opções que versam sobre diversas temáticas, desde questões culturais, sociais, religiosas. Gostaria que fizesse indicações de animes e como trabalhar em sala de aula com este tipo de material, e fazer disso uma experiência cotidiana em sala de aula, uma vez que boa parte dos alunos não tem contato com a cultura japonesa, além do fato de muitos animes mostrarem um sistema educacional bastante distinto do nosso país. Como lidar com tais questões?

    Grata, 

    Míriam de Lima Cabral

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    1. Ola Miriam,
      Ao decorrer do artigo vou citando diversos animes linkando com o tempo histórico em que estão inseridos. Samurai Deeper Kyo, Sengoku Basara, Brave 10, Rurounin Kenshin, etc. Normalmente, utilizo alguns episódios, por se tornar inviável em relação ao tempo, assistimos e depois vou trazendo questionamentos e provocando o debate, orientando e tentando salientar os antagonismos e semelhanças do anime com a História. Para isso utilizo de recursos, como questionários, roteiros, trabalho de pesquisa, etc.

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  15. Primeiramente, parabéns pela reflexão Débora! Concordo com você quanto a utilização de animes em sala de aula como ferramenta para o ensino de história. Fiquei atenta à sua explicação quanto a utilização de roteiros e questionários para a compreensão do conhecimento, mas de que forma apresentar os animes aos alunos e alunas que tem pouco contato com a cultura japonesa? Deve-se começar abordando quais aspectos?

    Desde já agradeço,
    Anna Luiza Pereira

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    1. Ola Anna
      Diante da globalização que estamos vivendo, as crianças tem tido mais acesso a desenhos de outras culturas. Alguns animes passam em canais abertos e fechados da TV, outros estão disponíveis no Netflix, etc. Acredito que por ser em formato de animação seja melhor aceito também. Acredito que os primeiros pontos a serem abordados devem ser os visuais, como vestimentas, e posteriormente passando para as referências históricas.
      Espero ter ajudado.

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  16. Boa escolha para se aplicar dentro da sala de aula, para obter mais atenção do aluno sobre o assunto abordado dentro da classe, assim pode aplicar uma outra alternativa de entendimento sobre o mesmo. Mas como é possível separar a informação do conhecimento sobre o anime?

    Grata,
    Ana Paula Lima Cunha

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    1. Ola Ana,
      Sempre aconselho utilizar o recurso midiático (animes, filmes, documentários, etc) acompanhados de outros aparatos como roteiros, questionários, textos, trabalho de pesquisa, etc. Sempre provocando o debate e salientando os antagonismos e semelhanças com a História.
      Espero ter ajudado.

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  17. Olá, boa reflexão! Você poderia indicar que animes eu poderia utilizar nas minhas aulas de História para alunos do Ensino Fundamental II?

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Ola Williane,
      No artigo cito diversos animes que podem ser trabalhados em sala de aula, dividos conforme a temática.
      Mas temos Samurai Deeper Kyo, Sengoku Basará, Brave 10, etc

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  18. concordo que os animes são um ótimo recurso para usar em sala, ainda mais e levarmos em conta sua crescente popularidade,mas ao mesmo tempo isso me trás uma preocupação. Enquanto visto em sala, com o auxilio do professor trabalhando os fatos ali representados,os animes se tornam um recurso valioso, mas, com essa popularidade, os alunos assistem mais e mais animes por conta própria, e muitos romantizam ou modificam fato para se adaptar a premissa do roteiro ou que o autor busca trabalhar, seja uma nova visão ou alguma versão de historia alternativa do tipo "e se o outro lado tivesse vencido a batalha?", e alguns, seja por serem muito novos ou apenas preferem não se dar ao trabalho de pesquisar, ler e estudar, podem tomar essas coisas como uma verdade, "foi assim que aconteceu, por que é assim que eu to assistindo". Como você acha podemos lidar com essa romantização, ou ensina-los a lidar com isso? indo além de desses pedidos de que eles mesmo estudem e pesquisem (pois esses provavelmente serão ignorados)

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    1. Olá Gustavo, excelentes levantamentos. Penso que assim como filmes, os animes também podem sofrer adaptações e podem romancear a história, por isso que deve ser um trabalho orientado. Sempre que aplico em sala de aula, mostro os antagonismos e as semelhanças com a História, visando que eles reflitam e levantem questionamentos. Entao é sempre bom, trazer roteiros, questões, pontos a ser observados, debates, etc.
      Espero ter contribuído.

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  19. É curioso como nós achamos que os alunos não tem uma aproximação muito forte com o Japão pela questão do conteúdo, mas muitas vezes nos esquecemos que o Japão é um forte influenciador de culturas pelo mundo, principalmente esta cultura de mídia. É só ver a quantidade de eventos sobre animes que ocorrem no Brasil para ter uma noção de que o jovem está bem próximo desse universo. Levar esse recurso para a sala de aula, além de divertir, parece-me uma ótima estratégia de ensino. Parabéns pelo texto! :)

    Larissa Henrqiue

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    1. Olá Larissa,
      Concordo plenamente. Eu como historiadora e otaku, já participei de alguns eventos como AnimeExtreme e Comic Con Experience, e é incrível a aceitação dos jovens.
      E levar estes recursos para a sala de aula é ensinar de maneira divertida.
      Obrigado.

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  20. Primeiramente, quero parabenizá-la pela explanação do texto.
    Na sua opinião quais maneiras você acredita que os animes poderiam estar presentes nas aulas de história para que possa contribuir para o ensino aprendizagem?

    Wallysson Klebson de Medeiros Silva

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    1. Olá Wallysson,
      Penso que os animes podem estar presente como um recurso didático-pedagógico rico para o ensino, sendo utilizado com cautela e com um aparato (roteiros, questionários, trabalhos de pesquisa, debates, etc), pode gerar excelentes frutos.
      Espero ter contribuído.

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  21. Boa tarde,

    Texto interessante sobre as possibilidade do uso dos animes em sala de aula, entretanto, questiono o seguinte. Minha área de pesquisa são os games, e tento utiliza-los em sala de aula, mas sempre encontro resistência de determinadas instituições, e figuras de poder como coordenadores e diretores. Em seu texto, é citado que o professor não deve apenas colocar um vídeo, mas desenvolve-lo de maneira adequada.

    Como utilizar a linguagem dos animes em sala de aula nessa situação? E apresentar a proposta para uma coordenação/direção e até mesmo pais com resistência e essa mídia?

    Obrigado,
    José Loures.

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    1. Olá José Loures,
      Realmente, existe muita resistência por parte de algumas instituições que são de caráter mais conservador e idolatram os métodos tradicionais de ensino.
      Porém, avaliando a realidade da sala de aula, nos deparamos com alunos rodeados por um meio imagético, onde a escola tradicional não é mais interessante a ele. E cabe a nós professores romper com isto. Mas como fazê-lo?
      Acredito que o primeiro passo seja um planejamento bem alicerçado, trazendo os recursos midiáticos (animes, games, filmes, etc) como um adicional ao conteúdo. Porque como citei no texto, penso que a mera reprodução não gera o conhecimento, mas se for colocado juntamente ao conteúdo trabalhado em sala de aula, a realização de questionários, debates, trabalhos de pesquisa, poderá então gerar frutos.
      Espero ter contribuído.

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  22. Boa tarde,

    Gostei muito dos textos. Como as séries de animes tem muitos episódios e o entendimento dos acontecimentos descritos normalmente exige que a pessoa assista pelo menos parte deles não fica complicado trabalhar com eles numa única aula com um episódio isolado. Não seria necessário um trabalho a longo prazo para não ficar muito superficial?

    Obrigado
    Rodrigo Conçole Lage

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    1. Olá Rodrigo,
      Acho que depende qual ponto tu pretende trabalhar. Alguns animes possuem episódios interessantes que são bem expressivos. Mas existem diversas formas de trabalhar com animes. Quando coloquei em prática, utilizei apenas alguns episodios, em função da demanda do tempo, mas ainda pretendo utilizar através de trabalho de pesquisa, onde eles terão que assistir o anime e relacionar com o conteúdo trabalhado em sala de aula.
      Penso, que possa se tornar inviável em relação ao tempo e a demanda, assistir o anime de maneira completa, exceto que seja daqueles mais curtos.
      Espero ter contribuído.

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  23. Débora, a proposta de levar animes para a sala de aula é interessante, mas não corre-se o risco de se transformarem em "mera ilustração"? Como usar anime como fonte dentro das aulas de história de maneira prática?
    Usando Rurouni Kenshin como exemplo, caberia uso além do anime, o mangá? Comparando as fontes e debatendo o uso?
    Quais propostas você faria neste sentido?

    Amanda Perbeline dos Santos

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    1. Olá Amanda,
      Sou suspeita em relação ao Rurouni Kenshin, por ser um dos meus animes favoritos, mas como já havia salientado no texto, a simples reprodução dele não acarreta nada as crianças, o ponto é trazer questionamentos, pontos a serem observados, debates, trabalhos de pesquisa, objetivando despertar o conhecimento e a análise crítica dos alunos. Assim como os animes, filmes, HQs, Mangás, etc. Todo recurso lúdico trabalhado em sala de aula, deve vir acompanhado de críticas. É interessante, que após um trabalho destes, os alunos passam a assistir filmes, desenhos e animes, de outra forma, de maneira mais crítica. E este é o nosso papel como professores de história, criar alunos pensantes, com consciência crítica.
      Já utilizei de trechos do filme 300 em sala de aula e trouxe a HQ do mesmo, para análise comparativa, foi uma aula interessante. Acho que cabe tentar e ver se funciona, mas acredito que tenha tudo para dar certo.
      Espero ter contribuído.

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  24. Olá, Débora!
    Boa Tarde!
    Parabéns pelo excelente texto. Também concordo com a utilização de animes como recurso lúdico para a melhoria do ensino-aprendizagem, até porque isso faz com que os alunos aprendam a utilizar os materiais didáticos disponíveis junto com a utilização de animes. É de sua importância ensinar aos alunos que eles podem utilizar outras fontes para ampliar os seus conhecimentos. Ambos sendo trabalhados em sala de aula é uma forma ousada que faz toda a diferença. Sou graduanda em história e gostaria que se possível, alguma sugestão de referência (além dos já citados no texto) para ampliar meus estudos sobre HISTÓRIA DO JAPÃO, visto que tive muita dificuldade em conseguir recursos bibliográficos no meio acadêmico.
    Grata!
    Taciane Lílian Pereira da Silva

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    1. Olá Taciane,
      Em relação a história do Japão gosto muito das bibliografias do Pannikkar, Chesneaux e do Yamashiro, acredito que a pesquisa deles seja bem embasada. Mas realmente,temos muito pouco material traduzido e a grande maioria produzido no Ocidente. Sinto um grande déficit neste sentido. Espero que através de projetos como este, o Seminário Eletrônico de História Oriental e outros neste mesmo sentido, consigamos resgatar mais recursos e materiais, para estudos mais aprofundados.
      Espero ter contribuído.

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  25. Os animes são realmente uma fonte extremamente importante para se entender o Oriente, e o bom é que estão com mais visibilidade atualmente. Minha pergunta é: usando um anime para explicar o contexto histórico de algum período por exemplo, além de trabalhar o significado (que é no caso o evento que está sendo passado no anime), como trazer o aluno para o mais perto possível do contexto? Como mostrar a significância do que está sendo trabalhado, ou seja, como aproximar o que o anime mostra relacionando a algo do cotidiano do aluno para que o conhecimento passado não fique "flutuando", mas que realmente se aprenda o assunto?
    Monielly Suelen Gomes Barboza

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    1. Olá Monielly
      Penso, que o plano de ensino do MEC para o ensino de História seja bastante eurocentrico e como não podemos fugir muito, sempre procuro trabalhar paralelamente, mostrando que alguns fenômenos como feudalismo, expansionismo, colonialismo, etc. não são apenas fenômenos europeus e que existe culturas riquíssimas no Oriente também. Outro ponto que gosto muito de trabalhar, são as diferenças culturais, analisando as vestimentas, a cultura, gastronomia, que também estão bem presentes em animes e filmes. Acredito ser de suma importância para nós professores de história, mostrarmos a nossos alunos, que o diferente não é melhor e nem pior, é apenas diferente e também deve ser reconhecido e respeitado.
      Espero ter contribuído.

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  26. Olá Debóra! Parabéns pelo artigo, gostei muito. Seu artigo é muito parecido com minha proposta do Trabalho de Conclusão de Curso, a qual estou estudando como utilizar a animação japonesa em sala de aula como recurso didático, a partir do anime Os Cavaleiros do Zodíaco. E claro, como você mesmo colocou acima, para isso o professor precisa ficar atento, e entender as especificidades técnicas da animação, quais suas características, o que ele pretende com esse recurso audiovisual, para que ao passar o anime em sala não o faça como mera ilustração, um tapa buraco.
    Enfim, você citou muitos animes, alguns já assisti, e quando você falou sobre o período Bakumatsu, lembrei de um que talvez seja interessante, o nome é Hakuouki Shinsengumi Kitan. É um shoujo, baseado em um jogo, e que fala da História dos soldados do Shinsengumi. Creio que irá gostar. Minha pergunta: você já utilizou algum desses animes em sala, ou já fez um estudo de caso? Se sim, como foi a aceitação dos alunos e o retorno que você teve dos mesmos?

    Priscila Nascimento Marcelino

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    1. Olá Priscila,
      adoro indicações, vou procurar para assistir.
      Sou uma historiadora e otaku. Utilizei em sala de aula no meu estágio com uma turma de 1º ano do Ensino Médio.
      Gostei da reação deles, se tornaram mais participativos e debateram comigo, trazendo informações que nem eu mesma havia pensado. Foi um trabalho incrível, gerando excelentes trabalhos e debates.
      Espero ter contribuído.

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  27. Olá, boa noite. De antemão, gostaria de parabenizar seu trabalho. O rompimento com o ensino de história eurocêntrico é de extrema importância para uma melhor compreensão sobre as culturas espalhadas pelo globo. Certa vez, utilizei trechos da animação Gen - Pés descalços para tratar do lançamento das bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial. A experiência gerou bons frutos, foi possível despertar certa empatia dos jovens para com o ocorrido.
    Mas uma vez, parabéns pelo trabalho.

    Thiago Acácio Raposo

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    1. Olá Thiago,
      Adoro os quadrinhos do Gen <3
      E acho super pertinente para trabalhar a questão das bombas atômicas.
      Adoro o trabalho com quadrinhos, penso até em escrever um artigo sobre, porque tem vários bem interessantes, como o próprio Gen, o Maus, Conan, etc.
      Parabéns pela iniciativa.

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  28. Boa tarde!! Estou fascinada pelas suas ideias propostas! Espero que consiga colocá-las em prática! Enfim, mesmo com as atividades propostas, não é perigoso os alunos resumirem a História ou período histórico a partir das perspectivas transmitidas pelos animês? Pois, toda produção possui a visão, a perspectiva e os ideais dos criadores. Será que apenas as atividades em sala de aula seriam o suficiente para que os alunos conseguissem separar o que faz realmente parte da História do que é "opinião do criador"?
    Obrigada desde já!
    Rafaela Schuindt Santos

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    1. Olá Rafaela,
      O fato é que isso já acontece, podemos citar os filmes como exemplo, Ultimo Samurai, etc. Então como todo recurso midíatico ele já traz em si carregamentos ideológicos e causa em seus espectadores essa ideia de "verdade". Mas ainda assim, se for realizado um trabalho orientado, pode gerar bons frutos. Por isso é necessário o estímulo ao debate, fazendo os alunos questionarem o que estão vendo, pesquisarem o que é verídico e o que não é.. porque é isso que faz com que nossos alunos criem a consciência crítica. Não podemos entregar a eles, as informações prontas, é necessário fazê-los pensar, este é o principal trabalho do professor de história. E como toda fonte histórica, é claro, que deve ser entendida como o olhar de seu criador, mas isso, vale também para fontes oficiais, jornais, revistas, filmes, etc.
      Espero ter contribuído.

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  29. Cara Débora. Sua análise surge em uma reflexão sobre a realidade do ensino de História no Brasil, em que vivemos no atual contexto político com projetos da redução da carga horária da Disciplina de História. As aulas de História estão sendo cada dia com menos intenção de incentivar o aprendizado. Com relação a História dos países orientais a redução ainda é menor. Mais de todo o modo essa sua análise pelos animes é de suma importância. O trabalho de quadrinhos principalmente sobre o contexto da história Do Japão é um ótimo recurso para o aprendizado em sala de aula. Lembro-me de muitos trabalhos de colegas meus na graduação realizados em sala de aula com quadrinhos. Notadamente esse recurso visual tem um grande alcance no aprendizado dentro da sala de aula no atual contexto que vivemos. As imagens no atual modelo evolutivo das mídias são significativas para o aprendizado de História, principalmente para a atual geração que está ai nas salas de aula.
    ELOIS ALEXANDRE DE PAULA

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    1. Olá Elois,
      Sim a educação brasileira tem sofrido duros golpes e a disciplina de história está no centro dos retrocessos. Porém, temos que ser perseverantes, e proporcionarmos aulas interessantes a nossos alunos, pois além de poucas, já pensou se todas forem conteúdistas e em moldes tradicionais? Sei que muitas vezes, nós professores diante de tantas dificuldades encontradas podemos ficar um tanto desanimados, mas temos que reagir e fazer destes poucos momentos, momentos construtivos para a construção da análise crítica de nossos educandos.
      Então, meu caro, continuemos.

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  30. Este comentário foi removido pelo autor.

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  31. Prezada Débora, boa noite! Parabéns pelo seu trabalho. Está muito bem escrito, e a temática me desperta grande interesse. Certamente, a utilização de animes em sala de aula é uma experiência um estimulante tanto para o professor como para os alunos. Vale lembrar que muitos desses animês são adaptações de mangás, que também podem ser utilizados como ferramentas didáticas, e alguns têm sido adaptados para o cinema, como é o caso das excelentes adaptações do Rurouni Kenshin. Deixo aqui uma pequena observação. Onde se lê: "A grande maioria dos animes japoneses representam o período do Sengoku Jidai, que representa o fim da dinastia Ashikaga (...)". Aqui você se refere, conforme entendi, aos animês épicos, que situam a narrativa no passado do Japão. É isso mesmo, não é? Acho que seria melhor especificar, pois o trecho "A grande maioria dos animes japoneses" parece uma generalização que engloba grande parcela dos animês já produzidos. Parabéns pelo trabalho! Atenciosamente,
    Lúcio Reis Filho

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    1. Olá Lúcio,
      Agradeço a crítica.
      Alterarei no original.
      Obrigado.

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  32. Parabéns pela comunicação. Gostaria de saber se no próprio Japão está ocorrendo a pratica por parte de alguns pesquisadores e professores em utilizar os animes como fontes no ensino e na pesquisa histórica?

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    1. Olá Lucian,
      Excelente questionamento. Não sei se utilizam dos animes, mas já li algumas reportagens de como eles utilizam mangás para a alfabetização.
      Sinto muito, não poder contribuir mais.

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  33. Olá Débora, parabéns pelo texto. Também sou fã de animes e já pensei em utilizar Samurai X na sala de aula para falar da Revolução Meiji no Japão do século XIX, mas ainda não tive essa oportunidade.

    Você poderia indicar textos que também fazem uma abordagem de animes na sala de aula?

    Cordialmente,

    Geraldo Magella de Menezes Neto.

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    1. Olá Geraldo,
      Eu particularmente não encontrei muitos textos que falassem sobre isso. Daí que surgiu o start de criar um artigo sobre isso, mas encontrei alguns artigos na internet bem interessantes.
      Mas sinceramente, não saberia te indicar algum particularmente.

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  34. Olá Débora, boa noite. Meus parabéns pelo seu texto, realmente foi uma leitura muito interessante.
    Sou professor e tenho o hábito de assistir animes há anos, então sempre me deparo com alguns que realmente podem ser utilizados em sala de aula. E isto não apenas para a área de História: tenho um colega, por exemplo, que leciona Artes e que gosta de utilizar animes para tratar da "jornada do herói" em produções audiovisuais.
    Assim, quero fazer dois acréscimos ao seu texto. O primeiro, que não é lá muita novidade, é a possibilidade de usar animes para além de História do Japão. Cito aqui o anime/mangá Kngdom, que aborda a unificação da China ainda na Antiguidade e o surgimento do Império Chinês. Eu mesmo apenas fui ter curiosidade em procurar saber sobre a unificação chinesa graças a este anime, então aí vai minha segunda ponderação: mesmo que não possam ser usados em sala de aula, animes são ótimos catalisadores de curiosidade dos alunos, algo que pode ser fomentado e incentivado. Professores têm o hábito de recomendar filmes, não vejo motivo para não fazer o mesmo com animes, principalmente quando é comum ter alunos na sala que assistem ou já assistiram.
    Por fim, uma última indicação: o anime "Rainbow: Nisha Rokubou no Shichinin" mostra o Japão no pós-guerra e aborda questões sociais com primazia. Ele talvez possa ser considerado um pouco pesado pelos temas que aborda (como exploração sexual), mas possui uma trama muito boa que mostra a batalha cotidiana dos japoneses após a derrota na II GM.
    Vinicius Fonseca Gomes

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    1. Olá Vinícius,
      Adoro indicações, irei procurar assistir com certeza.
      Realmente, minha delimitação de tema para o artigo, fechei na história do Japão mas existem animes que trabalham muito bem sobre outras culturas.
      Fico grata.

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  35. Primeiramente gostaria de parabenizá-la pelo artigo, bem como, por está iniciativa de ensinar história oriental através da arte, de uma forma leve, descontraída, assim como o anime deve ser visto e apreciado. Como já relatado no título o seu artigo é baseado em animes, no entanto qual é a sua opinião em utilizar o mangá em sala de aula? a Senhora acha que poderia ter o mesmo impacto que o anime causa nos alunos, ou seria algo mais monótono e tradicional?
    Willian Augusto Lopes Sgrinholi

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    1. Olá Willian,
      Eu adoro mangás e acredito ser uma outra fonte riquíssima para trabalhar em sala de aula. Neste seminário mesmo, tem um artigo fantástico sobre isso. Indico a leitura.
      Espero ter contribuído

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  36. Apenas gostaria de registrar que seu texto foi muito proveitoso para mim. Embora eu não vá levar tão cedo essas questões para a sala de aula, a menção às épocas e relação com as animações me deram vários pontos para pensar e começar a organizar meu próprio caminho para pesquisar e entender melhor as manifestações culturais mais antigas. Obrigada!

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    1. Olá Natália,
      Fico grata em saber que consegui despertar esta vontade em vocẽ.
      Obrigado.

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  37. Ótimo texto, o que venho refletindo atualmente...uma geração tecnológica e que muitas vezes não sabe utilizar a favor do conhecimento. Então sugestões como as suas de animes que nossos alunos amam são realmente uma ferramenta valiosíssima!Parabéns pela contribuição e principalmente pelas citações que enriqueceram o texto. A pergunta que lhe faço é a seguinte: Como trazer essas ferramentas como novidade no ensino em sala de aula se os alunos já estão habituados diariamente as tecnologias e acham que entendem e sabem tudo? É realmente um desafio! Abraço e gratidão.

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    1. Olá Joice,
      Mas é exatamente este o ponto. As crianças estão acostumadas com um mundo tecnológico, imagético, daí chega em sala de aula e temos o que? Um quadro negro e textos e mais textos. Isso não se enquadra a realidade deles mais. É importante os textos? Sim, claro! Mas eles tem que ter um acompanhamento, o professor tem que proporcionar a seu aluno um momento de aprendizado e diversão ao mesmo tempo, para que não se torne uma aula monótona.
      Abraço.

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  38. Parabéns pelo trabalho Débora, eu assisto desde pequeno muitos animês como Naruto, Samurai X, Death Note, Yu Yu Hakusho, Dragon Ball e Bleach, mas não conhecia os demais, os quais já vou reservar um tempo para assistir.
    Os desenho no formato mangá ou animês tem ganhado muito a atenção dos alunos.
    Gosto de trabalhar no ensino fundamental o animê Naruto, tanto o clássico como o Shippuden, a vantagem desse em especial é que muitos alunos já sabem algo sobre o Naruto, mas ele trás muitos itens que podem ajudar na compreensão desse mundo fora da Europa. Os golpes de muitos personagens do Naruto são baseados a partir do mito e religião milenar japonesa do xintoísmo, Amaterasu, Tsukuyomi e Susanoo são todos deuses. Quando Izanagi lavou o rosto, depois de escapar do submundo, seu olho esquerdo tornou-se a Deusa do Sol, Amaterasu. Todos esses golpes do clã uchiha, ficando mais fácil a compreensão para os alunos.
    Mas pelo que eu pude notar podemos trabalhar muito mais com outros animês, os quais eu nem sabia que existiam. O seu texto foi muito importante.
    A minha pergunta é quais animês você utilizou ou utiliza no ensino fundamental?
    Outro ponto é fuga do modelo tradicional de aula, o aluno não aprende quando a aula é chata e monótona, a utilização de "desenhos" pode ajudar no interesse para a aprendizagem, você nota uma melhora quando utiliza essa metodologia nas aulas?
    Abraço

    Anderson da Silva Schmitt

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    2. Olá Anderson,
      Como historiadora e otaku, fico feliz de ver que tem mais professores voltados para a cultura oriental.
      Penso que para o ensino fundamental, devemos ter cuidado devido o excesso de violência de alguns animes, um anime que poderia ser utilizado é o SenGoku Basara e o Rurouni Kenshin, que não são tão violentos.
      Com certeza, vejo bastante melhora, inclusive os próprios alunos começam fazer analogias entre outros animes e a História. Acredito que ao utilizar de recursos lúdicos como animes e mangás alcançamos a zona de interesse deles.
      Espero ter contribuído.

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  39. Primeiramente parabéns pela discussão trazida pelo seu texto, acho que é importante levantar essa ideia, pois os animes são bastante assistidos no nosso país, mas eles muitas da vez os que chegam até nós não trazem muito sobre a história do oriente. É preciso fazer essas discussões nas escolas como ferramenta de ensino não somente do oriente mas também de outras culturas até mesmo daqui de dentro, onde preferimos o que vem da Europa, Estados Unidos e esquecemos de outras culturas que também tem muita importância na história.
    Alessandro do Rosário da Silva.

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  40. Olá Debora, eu achei o seu trabalho muito interessante! Já tive a oportunidade de trabalhar em sala de aula com a cultura nipônica e é um desafio gigante, tanto para nós professores quanto aos alunos. Digo isso, porque tudo é muito novo, a grande verdade é que não sabíamos que os asiáticos tinham uma história tão rica. Quando eu cursava ensino fundamental e médio, não me lembro de nenhuma vez, ter estudado de verdade uma cultura asiática e isso me estimula a ensinar essa história tão abundante aos meus alunos. Eu gostaria de saber, na sua opinião, qual é o primeiro passo a ser dado para que, tanto alunos quantos professores entendam que todos os povos merecem ser estudados, não só os europeus na maioria do tempo. Parabéns pelo trabalho, e muita boa sorte em sua caminhada!

    Alisson Amaro Fernandes

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    1. Olá Alisson,
      A história no Brasil tem dado enfoque por muito tempo a Europa, talvez por terem sido nossos colonizadores, porém existem culturas riquíssimas em outros continentes, como Ásia e África, que tem ficado marginalizadas. Precisamos, como professores de História, buscar mais deste conhecimento ainda mais em um mundo tão globalizante como o nosso. Temos recentemente nos deparado com diversos surtos de imigração e xenofobia, e ao meu ver o ponto principal para combater essa corrente de intolerâncias, é conhecer o "Outro", para isso é necessário que nos dediquemos as mais diversas culturas.
      Espero ter contribuído.

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  41. Boa tarde Debora Uchaski,
    Quando se fazer uso desses animes e mangás em sala de aula o professor irá se deparar com o engessamento da escola tradicional que domina nosso ambiente escolar em não permitir ou até mesmo duvidar da eficacia da utilização desses meios.
    Uma das alternativas seria fazer uma aula interdisciplinar com as matéria de português e de literatura, trazendo pro meio a escrita, o formato de leitura e o estilo de animação, além da parte histórica da obra retratada ?

    João Augusto Sanches Borgato

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    1. Olá João,
      Penso que seria uma excelente proposta, o trabalho interdisciplinar pode gerar excelentes frutos. Acredito que o leque poderia ser ainda maior, podemos realizar uma atividade com professores de português, literatura, geografia, artes.
      Espero ter contribuído.

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  42. Debora primeiramente parabéns, achei seu trabalho muito bom e interressante. Minha pergunta seria sobre a questão das escolhas do conteúdo nas aulas, primeiro sobre a pequena abordagem sobre o Japão nos livors didáticos, e em segundo onde aplicar e como aplicar esse modelo dos animes no ensino de história, possivelmente tendo que tirar um outro conteúdo, ou deixar mais breve a abordagem de outro tema. (Vinícius Augusto do Prado Furtado)

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    1. Olá Vinicius,
      Normalmente gosto de trabalhar paralelamente com o feudalismo europeu, corrida marítima portuguesa e expansionismo. Vejo na proposta, uma forma de mostrar a nossos alunos que estes não foram fenômenos unicamente europeus. Combater o eurocentrismo, e mostrar que existem outras culturas riquíssimas além da Europa é um fator muito importante na nossa realidade de professores de História.
      Espero ter contribuído.

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  43. Camila Regina de Oliveira13 de outubro de 2017 às 10:19

    Olá
    parabéns pela reflexão, Débora. Vale lembrar que tambem existem OVAs (especial de um ou 2 episódios de animes) que também podem ser trabalhados em sala de aula.Claro que com um cuidado na escolha do roteiro acredito ser possível como um trabalho extra.
    Pessoalmente aprendi a adorar a Asia e me interessar por estudos orientais provindos de experiencias adquiridas assistindo animes e depois miguei para doramas (novelas) asiáticas.

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    1. Olá Camila,
      Verdade. O próprio Rurounin Kenshin possui excelentes OVAs, apesar de mais violentos que o anime.
      Eu também, passei a me interessar mais pela História Asiática após assistir inúmeros animes.
      Obrigado

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  44. Olá Débora, parabéns pelo ótimo trabalho e por estar conseguindo resultados.
    Minha pergunta se dá nos diversos animês que tratam o passado/presente do Japão, a visão teórica metodológica de Marcos Napolitano, seria cabível uma relação da História-cinema com a "História"-animê, na construção do saber histórico?
    Ass: Bruno Refundini de Oliveira.

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    1. Olá Bruno,
      Não conheço a visão teórica metodológica de Marcos Napolitano. Mas a relação que faço com os animes em sala de aula é sim de História-Cinema, História-Animes, mas baseio-me na concepção de Marc Ferro e Escola dos Annales.
      Espero ter contribuído.

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  45. Débora Rabelo Mendes13 de outubro de 2017 às 13:17

    Os animes possuem um conteúdo específico da história japonesa, sendo estruturado e encorpado por outras informações, como a religião, geografia, arte, musica, etc., sendo assim podemos pensar em uma pedagogia interdisciplinar com a metodologia dos animes?

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    1. Olá Débora,
      Acredito que sim, a interdisciplinariedade pode gerar excelentes frutos. E trabalhando com animes, poderemos entrar em diálogo com disciplinas de português, literatura, artes, geografia, etc.
      Então acho que pode ser uma excelente ideia.
      Espero ter contribuído.

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  46. Olá ótimo texto
    A utilização de animes para contar e/ou estudar a história do Japão é muito válido, seria esta uma brilhante forma de se escapar de aulas maçantes e tediosas de imensas leituras de textos, porém oq vc me diz quanto a quais recurso matérias e metodológicos se utilizarem nestas aulas aja vista a precariedade de recursos matérias disponíveis em nossas escolas?


    Victor Lima Corrêa

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    1. Olá Victor,
      A precariedade da escola é um ponto difícil. Mas como em todas as profissões, as vezes é necessário que façamos investimentos em prol de nossa vida profissional.
      Na maioria das escolas que já tive a oportunidade de trabalhar, pelo menos uma sala de vídeo possuíam, então nunca passei por tal situação para conseguir lhe responder com melhor precisão.
      Espero ter contribuído.

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  47. Olá,
    Sou da geração que cresceu assistindo "Cavaleiros do Zodíaco ". Talvez o mangá (em desenho animado) mais visto, mas famoso e o mais lucrativo.
    Ano passado mesmo, fui a Sao Paulo (moro no Rio) ver uma exposição sobre Saint Seya.
    Contudo, este mangá mais me aproximou da cultura grega do que da japonesa.
    Você não acha que a crescente ocidentalizacao dos mangás, talvez por fins comerciais, é um ruído para esta proposta de utilizar eles para difundir a cultura japonesa?

    Att
    Marcelo da Silva Ferreira

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    1. Olá Marcelo,
      De fato muitos mangás e animes tem sido ocidentalizados, mas penso que com isso, poderemos logo começar a trabalhar temáticas da história ocidental com animes também.
      Porém, ao trabalhar sobre a história do Japão, devemos selecionar aqueles que melhor trabalham tal temática. Os animes que cito no artigo são mais voltados para a história do Japão.
      Espero ter contribuído.

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  48. Débora Dorneles Uchaski primeiramente parabéns pelo seu texto e pela sua iniciativa em usar animes no ensino sobre História do Japão. Muitos desses animes cultivaram meu interesse pela história do Japão, são eles que me levaram a escrever meu TCC com um tema relacionado ao Japão.

    Minha pergunta para você é a seguinte:

    Quais são as principais dificuldades que você encontrou ou imagina encontrar em sala de aula, ao utilizar os animes como um material didático? Você acha que existiria uma maior resistência dos alunos ou dos colegas de trabalho?

    Daniel Franco de Oliveira

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    1. Olá Daniel,
      Acredito que a maior dificuldade de utilizar os animes em sala de aula, seja muitas vezes, por parte das instituições e pais, algumas ainda são muito conservadoras, e os pais podem demorar a entender os objetivos da aula.
      Espero ter contribuído.

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  49. Olá, em sua opinião, o que faz os animes serem tão pouco usados e pesquisados no ensino de História? Você já utilizou? Quais foram os resultados?

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  50. Olá, em sua opinião, o que faz os animes serem tão pouco usados e pesquisados no ensino de História? Você já utilizou? Quais foram os resultados?

    Wiliana Maiara do Nascimento

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    1. Olá Wiliana,
      Acredito que os animes sejam recursos novos na educação e para muitos professores. Isso vai muito da formação pessoal e escolar dos professores em geral, não são todos que tem o hábito de assistir animes. Mas enfim, existem diversos métodos pedagógicos que podem auxiliar para transformar uma aula: música, animes, filmes, quadrinhos, etc.
      Já utilizei em meu estágio no ensino médio, gostei muito do resultado, fiquei bastante impressionada com o debate que se criou em torno disso posteriormente e a construção de trabalhos realizada por eles, me mostrou que consegui captar a atenção deles.
      Espero ter contribuído.

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  51. Débora Dorneles Uchaski, adorei o texto. Me chamo Flávia Cristina, sou estudante de historia e minha pesquisa assim como a sua gira em torno do ensino, atualmente pesquiso como a utilização de sambas de enredo podem aprimorar as aulas de historia para ensinos médio e fundamental. Também compartilho da sua ideia de combater o eurocentrismo na historia, e no meu caso na historia do Brasil, tento ao máximo problematizar a tal da historia oficial que enciste em minar o currículo. No entanto somos obrigados pelo próprio currículo escolar a nos atermos ao conteúdo, se tetarmos inovar um pouco a dinâmica e incitar a critica nos nossos alunos, critica essa que leva tempo, vem o peso do ensino tradicional passado aos pais dos alunos e as gerações mais velhas que te cobram "decorebas" e " foco no vestibular". Sinto que o ensino tem se tornado cada vez mais precário, principalmente nos últimos anos do ensino médio onde o estudante é voltado a maratonas de aulas para decorar em um ano o que deveria ter entendido de forma critica durante toda a sua formação escolar.
    a minha pergunta pra você gira em torno desse período escolar especifico. O que fazer? Como ter tempo de plantar uma sementinha sensibilizadora, ou como nós historiadores adoramos dizer, problematizadora, correr com o conteúdo, utilizar destas mídias e lidar com o ensino tradicional que tenta negar tudo isso?
    desde ja agradeço sua resposta, e de novo, meus parabéns pelo artigo maravilhoso.


    Flavia Cristina Rodrigues de Souza

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    1. Olá Flávia,
      Penso, vivemos em uma dialética, temos que trabalhar em sala de aula o conteúdo solicitado no curriculo escolar mas também desejamos quebrar com o eurocentrismo. Em minhas aulas, procuro trabalhar paralelamente, por exemplo, estou dando aula sobre o feudalismo europeu, logo mostro que existiu no Japão (por exemplo) um feudalismo também, e que este fenômenos não é apenas europeu, mostrando sempre diferenças e semelhanças.
      Espero ter contribuído.

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  52. Oi Debora, parabéns pelo seu trabalho. Achei muito interessante sua perspectiva sobre o uso dos animes, pois é um recurso muito conhecido e com muitos fãs entre os alunos, mas como lidar com uma possível resistência de uma coordenação que não compreenda esse tipo de recurso? Obrigada.

    Fernanda Pereira dos Santos.

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    1. Olá Fernanda,
      Penso que um bom planejamento, utilizando do recurso lúdico como suporte para o conteúdo trabalhado em sala de aula, salientando os objetivos de forma clara seja o primeiro passo.
      Nunca passei por tal situação. Mas acredito que este seria o primeiro passo.

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