Elois Alexandre De Paula

EDUCANDO UM IMPÉRIO: UMA REFLEXÃO DO CONTEXTO HISTÓRICO EDUCACIONAL CHINÊS 
Elois Alexandre De Paula

Contexto Histórico Educacional Chinês
A proposta aqui é analisar e abordar o contexto Histórico educacional da China, e as transformações que este proporcionou para a sociedade Chinesa. Destacamos aqui a importância de compreender a dinâmica educacional e a parte da sua História, pois reflete o atual momento em que a China vem se apresentando no cenário mundial.

 A China tem 4 mil anos de uma longa tradição de culturas e de processos de desenvolvimento nas mais diversas áreas, e graças também a sua civilização altamente avançada. Dentro de suas experiências adquiridas nessa longa história, a sua sociedade conseguiu transformar essa nação na segunda maior potencia mundial. Desse modo a tradição educacional historicamente teve uma grande influência no desenvolvimento das potencialidades que a China apresenta.

Para Bueno (2013) o modelo de filosofia educacional vem sustentado a nação por mais de 25 séculos, que vem regulando a transformando a sociedade Chinesa por esse longo período dentro de uma consciência crítica e um desenvolvimento em todas as áreas da China, sendo elas na tecnologia, formação cultural ou na área econômica.

“Desde cedo a civilização chinesa parece ter buscado desenvolver concepções singulares sobre o domínio da vida e do território que-concomitantemente a um complexo e antiquíssimo sistemas de crenças xamânicas – construíram uma cultura altamente técnica e especializada cuja ciência desde cedo aliou a ritualização e a religiosidade como forma de fixar os conhecimentos adquiridos através de uma série sucessiva de modelos civilizacionais testado desde seus períodos proto-históricos” (Bueno, 2008).  

Essa dinâmica da civilização pode- se dizer que a China, apresentou um modelo organizacional diferenciado do Ocidente, e que se pode dizer que durante a sua longa história a sua sociedade se organizou ou se adaptou dentro dos contextos e dos acontecimentos a que se apresentavam a sua civilização.  A prova que desde a dinastia Han (-A. C 206 a 221. D.C.) após passar várias crises internas, nessa dinastia a China passou por um dos momentos mais prósperos da sua História. Bueno (2008) afirma que “essa dinastia reorganiza o poder internacional do país, estimulando a politica comercial expansionista, além de organizar o sistema burocrático de seu estado, além de organizar a economia pela unificação da moeda e empregou o confucionismo como pratica social educacional e também religiosa”.

Dentro desse quadro podemos afirmar que a China apesar de todas as transformações ocorridas por motivos internos e externos, conseguiu estabelecer uma rota de desenvolvimento baseada em um modelo educacional milenar através dos preceitos educacionais confucionista.

A tradição Confucionista
“Mestre é Quem Sabe o Antigo e Descobre o Novo”. Usei aqui essa mensagem inicial do pensador Confúcio (551-479 A.C) intencionalmente para iniciar uma discussão da importância da História não somente para o Conhecimento da sociedade, mais o quanto a China valoriza o pensamento das suas tradições e o quanto é significativo a sua história para sua nação. Neste contexto a educação da China também necessita de uma análise fundamental, Bueno (2013) afirma “que muitos pensadores contemporâneos dele surgiram, criando as Cem escolas do pensamento”. Mais de certo modo os ideias de Confúcio permeava uma “sociedade mais educada com princípios na tradição moral e na dignidade Humana, Bueno (2013)”.

Daí se dá o principio do pensamento de Confúcio pela tradição e pela valorização da História para a China, na qual é e foi essa trajetória histórica que construiu essa grande nação. Podemos afirmar que esta grande nação que segundo Mao JR. E Secco (1996) “Que existem registros precisos de mais de 4 mil anos de História, e que sua cultura teve um desenvolvimento muito além do que a Cultura Ocidental”.

Confúcio viveu na dinastia Zhou (1027-221) em um período em que a China estava em uma Crise sem precedentes, em que a desorganização da sociedade era tomada também pela corrupção.  Para Bueno 2013, “Confúcio parte do principio Humanístico baseado na sobrevivência da sociedade”. Desse modo apesar de seus pensamentos serem pautados dentro de um contexto filosóficos conseguiram desenvolver uma nova dinâmica educacional para a civilização Chinesa.

Para Bueno (2013) “Confúcio foi muito além de um professor ou um excelente conselheiro, pois promoveu a ideia de cidadão crítico”. Em períodos de governos corruptos estes veem com maus olhos quem atendem a criticidade, e notadamente Confúcio passou por maus momentos quando espalhava as ideias de que o cidadão deve ser livre e altamente crítico com a realidade da sua sociedade. Bueno (2013) “afirma que nesse período Confúcio comeu o pão que o diabo amassou”, isso nos da ideia da dificuldade de se tentar aplicar a moralidade dentro de uma sociedade viciada pela corrupção, a educação vem do princípio de restaurar a dignidade humana, é ela tem o efeito de um remédio para tratar em longo prazo a cura de uma sociedade.

Confúcio criou a possibilidade de crença infinita na educação para restaurar essa sociedade.  Diante dessa ideia ele criou mecanismos que tinha a proposta de organizar os processos educacionais baseados naquele contexto histórico.  Algumas dessas propostas ou métodos na qual iremos abordar aqui tem como base a Historiografia com estudos de pesquisadores que contemplam o orientalismo e a análise de processos do desenvolvimento educacional Chinês Confucionista.

O primeiro método educacional apresentado pelo Confucionismo foi a DAO ou via. Para Bueno (2011) “Confúcio partia da ideia que esta via poderia atingir todos os seres humanos poderiam atingir esse caminho, ou seja, o caminho da educação”. O educar seria muito além de um aprendizado convencional, a sua perspectiva era de analisar as deficiências dos métodos da educação da época.

Nesse contexto a pretensão de Confúcio era de estabelecer uma educação eficaz que tinha a proposta de atingir o cerne da sociedade, trazer para esta pela educação a cura e a recuperação contra imoralidade e a corrupção.

Outra abordagem de Confúcio é a Centralidade e a Virtude. Bueno (2011) exemplifica que para Confúcio “a educação deveria atingir a centralidade ou o ponto comum entre-nos. A virtude e a centralidade vêm destacadas como um alvo a ser atingido e que se dava a condição de um ser humano melhor”.  Este princípio estabelecia que pela formação do ser humano com virtudes também refletiria e claro, na construção de uma sociedade mais desenvolvida moralmente.

A propensão e outra abordagem que Confúcio apresentou.  Dentro do ideograma Shi, “a propensão visava captar a potencialidade individual ou o Dom de cada pessoa tem em especifico”. Bueno(2011). A visão Confucionista com relação a propensão visa a valorizar as potencialidades de cada individuo, tentando resgatar os talentos individuais, assim esse modelo de educação permitiria aperfeiçoar ainda mais suas habilidades que se apresentava cada educando. A propensão para Confúcio é uma condição que estimula e valoriza o que o aluno tem a apresentar.  Se um aluno tem habilidade em cálculos matemáticos, ele será estimulado a ainda mais desenvolver essa habilidade com a matemática. Logicamente esse trabalho educacional futuramente criava profissionais na qual desempenhariam papeis significativos não somente para si próprio mais para a sua sociedade.

Podemos destacar aqui inúmeras transformações em que o Confucionismo apresentou dentro do viés Histórico da China, e que muito desses pensamentos ainda é a base para o modelo educacional Chinês. Mais não podemos destacar o quanto Confúcio projetou dentro de o seu pensar sobre o educador e qual é a função e o trabalho do professor para com o educando.

“Ao ensinar o mestre orienta seus alunos sem arrasta-los; convida-os a avançar mais não coage; abre-lhes o caminho mais não os força a caminhar. Orientando  sem arrastar torna o aprendizado agradável convidando sem coagir torna o aprendizado fácil, abrindo a caminho sem forçar a caminhada, faz que com os alunos pensem por si mesmos. Ora alguém que torne agradável e fácil aprendizado e faz os estudantes pensem por si mesmos será que é chamado de bom professor. Trecho de Liji- Recordações dos Rituais. (Bueno, 2011)”

Esse trecho de Liji remonta a ideia de um modelo educacional da China, que já demonstrava que há 2500 anos já existia um política ou parâmetros para o desenvolvimento do educando e da importância do educador. O educador neste viés não seria apenas o transmissor do conhecimento, mais aquele que apresentava o aluno o caminha da retidão, usando a reflexão para com o aluno ao invés da força. Deste modo o professor dentro do contexto Confucionismo é uma autoridade do conhecimento e não um autoritário.

Essa questão da valorização do educador pode-se afirmar que a China e os países orientais tem uma visão muito diferenciada com relação ao próprio ocidente. Como exemplo o Japão em que o professor não se curva ao Imperador por tamanha importância de seu trabalho em sua sociedade. Em comparação com os países do ocidente ou com o Brasil a China como exemplo está a léguas a distancia da valorização do professor. Enquanto as sociedades dos países orientais apostam em incentivos aos professores e o próprio respeito aos seus mestres, o Brasil por outro lado e visível o descaso do estado com o profissional de educação. Os professores além de serem poucos valorizados financeiramente em nosso país recebem todo o tipo de violência do próprio estado e também dos próprios alunos, como mostra a atual realidade da educação brasileira. Isso prova que não se valorizar a educação, se cria um ambiente de crise dentro da sociedade.

Diante dos aspectos da importância do professor aqui mencionados, são estas discussões que remete a um modelo histórico educacional e que durante a dinastia Han (221 A.C-206 DC) o Confucionismo desenvolveu um pensamento de desenvolvimento de novos paradigmas da educação da Civilização Chinesa. Confúcio empreendeu uma nova ideia sobre a sociedade da época, mais oque mais surpreende em sua trajetória foi a ideia da valorização do ser humana pelo conhecimento. O desenvolvimento moral e do conhecer se dava indiscutivelmente pela ação da busca do conhecer, pelo esforço fato de dedicar-se em estudar, isso para Confúcio era o método mais realista para o homem desenvolver a sua consciência.   Dentro dessa análise a trajetória do modelo Confucionista educacional tem sido um dos lemes que transformaram e desenvolveram a sociedade na China em todos os aspectos. Reescrever a trajetória de uma história educacional Chinesa requer analisar os resultados e as práticas aplicadas nos estabelecimentos de ensino na China.

Entre o passado e o futuro: A influência da Educação no desenvolvimento da sociedade Chinesa
Dentro do contexto Histórico é fato que pelo modelo educacional os Chineses não somente tiveram um avanço no desenvolvimento no contexto social, mais também um grande avanço tecnológico em sua trajetória histórica como já abordamos aqui. Foram os Chineses inventores da Pólvora, da bussola, da imprensa e do papel. Sem deixar de lado o desenvolvimento da Filosofia tendo como um grande ícone Confúcio (551-479 A.C), que segundo Mao JR. E Secco (1996), “Confúcio foi um idealizador de regras de conduta para a Harmonia Social”. Confúcio aplicou suas ideias conforme Bueno (2013) “em um período de Crise Na China”, manchada pela corrupção e o caos politico, veio então a solução por Confúcio, a sobrevivência da sociedade pela educação.

Esses acontecimentos como a exemplo as ideias de Confúcio, desde a Dinastia Zhou, percebemos não somente seu desenvolvimento da cultura na China, mais como sua sociedade conseguiu transformar-se ou reerguer-se em momentos de crise. A sua trajetória histórica vem repletas de grandes realizações, mais de transformações importantes que poucas pessoas se atentam à descobrir ou entender.

Para Bueno (2011) “desde a antiguidade a clareza e a profundidade do pensamento Confucionista influenciou diretamente na mentalidade Chinesa”. É notório que a tradição milenar de Confúcio ainda vem sendo um método para construir um modelo educacional da China na atualidade. Essa longa tradição de manter os costumes e tradições culturais somado com a tradição educacional vem transformando e readequando a sociedade Chinesa nesses 25 séculos das ideias Confucionistas.

A China para Bueno (2011) tem o grande dom para se reconstruir após as crises. “Sua experiência milenar salvou das grandes Crises, e permitiu que sua cultura atravessasse séculos”. Desse modo a longa tradição educacional Chinesa parece ainda regulando os métodos de ensino nos seus estabelecimentos educacionais.

Citando um exemplo que pode até nos deixarmos pasmos, é a relação do professor e pais de alunos. A cultura familiar da China tem como padrão exigir uma melhor educação de seus filhos. Para Bueno (2011) “é fato corriqueiro os pais exigirem dos mestres de seus filhos a estimula-los a estudar e se dedicar assim ao aprendizado. Existe até fatos de um suborno (suborno até positivo) por partes dos pais aos seus mestres em exigirem maior empenho de seus filhos com relação aos estudos. Essa cultura e tradição visam unicamente a dedicação no aprendizado cada vez melhor para seus filhos, visando assim futuro melhor para seus infantes.

Este exemplo são características de um modelo educacional em que muitas vezes críticos do ocidente levantam questões ou afirmações ou até estereótipos sobre a maneira do tratamento do professor com aluno. Alguns comentários abordam que a China tem uma exigência autoritária dentro das escolas, ou outro exemplo na área de esportes em que os atletas são exigidos ao extremo. Mais esquecem que sem um comprometimento do atleta não será nunca um “bom atleta”, ou sem estudar não haverá o “bom aluno”.

O fato e que a China vem tendo e superando suas crises e tendo grandes resultados em varias áreas graças a sua tradição milenar de educação. Muito dessa tradição tem contribuído para o desenvolvimento de sua nação e muito de aspectos dessa tradição vem sendo aplicadas ate mesmo pelo ocidente. Um exemplo essa tradição comparamos ao Brasil. Na China durante a dinastia Han, muitos alunos eram preparados para servirem a sua sociedade, ocupando cargos públicos desde que prestasse uma prova que provaria que estava apto a atuar tal função. No Brasil o exemplo que se assemelha é o concurso público nos quais muitos de nós prestamos e tentamos a aprovação em provas.

Independente de muitas situações que a China atravessa como no modelo político socialista em que muitos consideram como um país fechado, ela mantém ainda viva sua tradição educacional, contendo grande parte dos fundamentos filosóficos de Confúcio. Uma tradição educacional que resiste há séculos, e que ainda se percebe resultados, que em comparativo ao modelo educacional brasileiro dos últimos 3 ou 4 séculos, foram criados vários modelos de ensino e que não surgiram o efeito desejado para um desenvolvimento educacional que atingisse resultados satisfatórios.

Neste contexto a História da educação confucionista vem perpetuando essa longa tradição Chinesa. A questão que a China tem uma complexa e organizada sociedade, que difere das tradições Historiográficas e filosóficas da Europa na qual somos acostumados a debater repetidamente no contexto educacional, pela ideia da ocidentalização da História, encontradas inclusive nos livros didáticos. A História da China e de seu modelo de educação não deveria ficar desfocada tanto da realidade do aprendizado Histórico, quanto é tão distante a sua posição geográfica. Conhecer China a sua cultura, tradições e sua civilização e seu modelo educacional dentro do modelo Confucionista certamente vai muito além do habitual conhecimento sobre a China, como exemplo da visão de sua própria muralha.

Referências
Elois Alexandre de Paula é Funcionário da Secretária Municipal de Educação de São  Mateus do Sul, Paraná. Graduado em História pela Fafiuv, Especialista em Gestão Publica Municipal, Unicentro e Pós Graduando Em História Cultura e Arte, pela Uepg, Ponta Grossa. Email para contato: eloialexandredepaula@hotmail.com

BUENO, André. Educarte: A Educação Chinesa na Visão Confucionista. Rio de Janeiro, 2011.
BUENO, André. Confúcio: As Lições do Mestre. São Paulo, Jardim dos Livros, 2013.
GRANET, Marcel.  Civilização Chinesa. Otto Pierre, Rio de Janeiro, 1979                      
MAO, JR JOSÉ. SECCO, LINCOLN. A Revolução Chinesa: Até onde vai a força do dragão? São Paulo, Scipione, 1996.

12 comentários:

  1. Só gostaria de fazer uma correção em relação ao trecho "Como exemplo o Japão em que o professor não se curva ao Imperador por tamanha importância de seu trabalho em sua sociedade.", essa afirmação não está correta. É um boato da internet que circula até hoje. Todos se curvam perante o Imperador, não importa a profissão, uma vez que o Imperador é a figura simbólica mais importante do país. Espero ter colaborado.

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    1. Caro Alessandro Silva obrigado por essa informação tentarei pesquisar mais sobre esse assunto, mais de toda a forma o professor tanto na China como no Japão tem como tradição o respeito pelos alunos. Diferente da nossa atual situação que nossos professores são desvalorizados é são violentados. isso prova uma sociedade doente. Obrigado pela presença.

      ELOIS ALEXANDRE DE PAULA

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  2. Boa tarde. Achei o seu texto interessante e gostaria de perguntar sobre o papel das Mulheres na educação. Confúcio afirmava que não havia nada pior que a ignorância, não obstante, excluía a Mulher do processo educativo.
    Daniele Prozczinski

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    1. CARA DANIELE
      AINDA NÃO TENHO CONHECIMENTO PRÉVIO A ESTE FATO DA EXCLUSÃO DA MULHER DO PROCESSO EDUCATIVO. MAIS A RAZÃO DESTA ATÉ ONDE SEI É PELO MOTIVO DA SOCIEDADE PATERNALISTA DA CHINA ACREDITO EU. COM RELAÇÃO O PAPEL DA MULHER CHINESA NA EDUCAÇÃO, APESAR DA SOCIEDADE CHINESA AINDA SER PATERNALISTA A CHINA TEM MUDADO SEUS CONCEITOS, A EDUCAÇÃO NA CHINA TEM A PARTICIPAÇÃO EFETIVA DAS MULHERES NA EDUCAÇÃO. MESMO PORQUE A ENORME POPULAÇÃO CHINESA PRECISA DE MESTRES SENDO FEMININOS OU MASCULINOS NO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

      ELOIS ALEXANDRE DE PAULA

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  3. Boa tarde, qual foi a mudança educacional trazida pela revolução maoista na china?
    Thiago Ramon Sobral Clarindo

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    1. CARO THIAGO SOBRAL. NA VERDADE POSSO AFIRMAR QUE PELO MEU ENTENDIMENTO QUE NÃO TENHO MAIORES INFORMAÇÕES DE MUDANÇAS MAIS PONTUAIS COM A REVOLUÇÃO MAOISTA. TENHO CONHECIMENTO QUE A CHINA MANTEVE ESSE MODELO DE TRADIÇÃO NOS MOLDES DE CONFÚCIO E QUE AINDA PRECEDE E FUNCIONA MUITO BEM. NEM MESMO A PRÓPRIA REVOLUÇÃO CULTURAL NÃO CONSEGUIU DESCONSTRUIR ESSA FORMULA DE EDUCAR. O PONTO PRINCIPAL É QUE A CHINA TEM EM MENTE NA SUA SOCIEDADE É O APENDER E O ESTUDAR. A EDUCAÇÃO É A FUNDAÇÃO DAS BASES ESTRUTURAIS DE SUA SOCIEDADE

      ELOIS ALEXANDRE DE PAULA

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  4. Olá Elois. Como mencionado no início do seu texto, estudantes com maior desenvolvimento em uma determinada área do conhecimento eram/são incentivados a ampliarem suas habilidades na mesma. A reforma do Ensino Médio trazida pelo atual governo brasileiro caminha nesse mesmo sentido. Na sua opinião, quais as vantagens e prejuízos desses modelo para a formação integral do estudante? Quais as diferenças/particularidades entre os modelos brasileiro e chinês? Obrigado!

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    1. CARO MAICON
      NO MEU PONTO DE VISTA EXISTE UMA DIFERENCIAÇÃO COM RELAÇÃO AO MODELO DE ENSINO CHINÊS NO QUE SE TEM PROPOSTO PELAS MUDANÇAS NO ENSINO MÉDIO NO BRASIL. O PROBLEMA COM RELAÇÃO A PROPOSTA DO ENSINO MÉDIO DO BRASIL E DE CONSTRUIR MÃO DE OBRA PARA AS INDUSTRIAS( NÃO QUE SEJAMOS CONTRA POIS É NECESSÁRIOS TRABALHADORES NESTAS ÁREAS) O PROBLEMA AQUI É PARA QUESTÃO O ENSINO DAS CIÊNCIAS HUMANAS COMO EXEMPLO O PRÓPRIO FIM OU DIMINUIÇÃO DAS AULAS DE HISTÓRIA. ESSE MODELO DE EDUCAÇÃO REDUZ A CHANCE DOS ALUNOS A TER CONTATO COM AS CIÊNCIAS QUE FAZEM REFLEXÃO SOBRE O MUNDO OU O PAÍS. A CHINA COMO COMENTEI TEM AS DISCIPLINAS INTEGRADAS PELO SEU PERFIL EDUCACIONAL CHINÊS, E A PROPENSÃO OU O DOM QUE O ALUNO TEM COMO ATRIBUTOS EM CERTAS DISCIPLINAS SÃO BEM MAIS TRABALHADAS PARA O DESENVOLVIMENTO ESTIMULANTE DESSES ALUNOS EM ÁREAS QUE SE DESTACAM.

      ELOIS ALEXANDRE DE PAULA

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  5. Olá Elois. Parabéns pelo interessante texto. Na minha perspectiva sempre foi difícil conceber um país como a China, que tem uma população gigantesca e mesmo assim consegue uma uniformidade de mentalidade que se traduz em desenvolvimento, já nós no Brasil temos dificuldades de realizar tarefas infantis comparadas com a deles. Aprofundando a metodologia de Confúcio A educação, ela por ser rígida e até autoritária como tu diz, também parte da perspectiva mnemônica de conteúdos? Como se dá o processo identitário na formação ético-cultural do chinês?

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  6. Olá, bom dia. O texto é bem interessante, principalmente a parte em que se discute a ideia de Confúcio sobre a educação. Porém, gostaria de saber se a "educação" dentro da sociedade chinesa, figura como um condicionante moral livre de outros fatores como a religião por exemplo, pois, quando você citou o seguinte: "O desenvolvimento moral e do conhecer se dava indiscutivelmente pela ação da busca do conhecer, pelo esforço fato de dedicar-se em estudar, isso para Confúcio era o método mais realista para o homem desenvolver a sua consciência", isso me remeteu a uma ideia de o conhecimento basta por si mesmo para a regulação das relações sociais.

    Marcello de Araujo Pimentel - Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

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    1. CARO MARCELLO. NESTE CONTEXTO A CONSTRUÇÃO DA MORALIDADE VEM PAUTADA DENTRO DO CONTEXTO EDUCACIONAL. MAIS DE CERTO MODO O IDEAL MORALISTA É CONDICIONADO PELO MEIO RELIGIOSO, COMO QUALQUER RELIGIÃO TENTA ESTABELECER. MAIS DIGO QUE É DE FORMA SEPARADA. NESSE PONTO A CONSTRUÇÃO DA MORALIDADE E DO CONHECIMENTO SÃO MÉTODOS DE MILÊNIOS QUE ERA EMPREGADAS POR CONFÚCIO. MAIS A EDUCAÇÃO E PAUTADA NO DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE CHINESA, DESTE MODO PODEMOS PERCEBER O DESENVOLVIMENTO DESTA NAÇÃO.

      ELOIS ALEXANDRE DE PAULA

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  7. Primeiramente, minhas felicitações ao artigo.
    É um texto muito interessante. Ao lê-lo senti essa esperança e crença citada acima sobre a educação como restauradora desta sociedade corrupta. Vendo a educação como um poderoso instrumento de "cura" de uma sociedade. Esta ideia de Confúcio ao trazer a educação como recuperação contra a imoralidade e desenvolver uma sociedade mais desenvolvida. Representações dessas mostram-nos que o Brasil ainda é um país com baixa crença sobre a educação, coisa de fato deplorável.

    Vanessa Sznicer

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