A SOCIEDADE JUDAICA DO PRIMEIRO SÉCULO E O DOMÍNIO ROMANO
Bruno da Silva Ogeda
Este breve trabalho busca apresentar os principais movimentos sociais de cunho político e religioso que convulsionaram a população da Judeia no primeiro século de nossa era. Para isso, buscamos interpretar as causas que levaram a população a se mobilizar durante o período da dominação romana.
Contexto Histórico
A tradição bíblica aponta Israel como a nação eleita de Deus, povo que Ele tirou da escravidão no Egito. Porém, ao longo de sua história vemos que os israelitas foram subjulgados por diversos povos. Todas essas dominações estrangeiras causaram choques culturais, principalmente no quesito religioso, devido à especificidade do judaísmo.
Entre os diversos momentos em que os judeus lutaram pela sua independência e para manter sua religião, podemos destacar a Revolta dos Macabeus em 167 a.C. que os libertou do domínio dos selêucidas. Apesar da grande vitória, cem anos mais tarde, os judeus cairiam nas mãos dos romanos, que ocuparam a Judeia no ano de 63. Inicialmente, houve uma política de “coexistência pacífica”, os novos senhores da Palestina criaram decretos que permitiam aos judeus “seguirem os ensinamentos de seus pais”.
Em 40 a.C. subiu ao poder Herodes considerado “rei amigo” pelos romanos, mas contestado pelos judeus, já que era de origem edomita. O governo de Herodes foi marcado pelas grandes obras, que agradavam aos olhos das elites e dos estrangeiros, mas que pesavam sobre os bolsos da população que arcou com pesados aumentos de impostos, resultando após a morte de Herodes, em 4 a.C., num terreno fértil para o acontecimento de movimentos sociais.
Banditismo social
Uma das formas assumidas pelos movimentos sociais na Judeia do primeiro século foi o banditismo social que surge de uma realidade onde o “que é imposto pelo Estado ou pelos governantes locais é percebido como injusto ou intolerável” [Horsley; Hanson, 1995]. A dominação romana impunha uma dura coleta de impostos e taxas especiais que pesavam sobre a população, assim o banditismo social cresceu em larga escala como uma alternativa de luta contra a aristocracia que cooperava com a dominação estrangeira. Os bandidos sociais eram perseguidos pela elite e protegidos pelo povo da zona rural da Judeia que entendiam esse movimento como uma justiça divina.
Há registro da ação de salteadores desde o reinado de Herodes (37 a.C – 4 a.C.), onde percorriam as cidades e os campos praticando violência contra a nobreza local. Esta era uma forma de exercer uma constante resistência ao governo. Neste período o rei Herodes exerceu forte controle social apoiado em um grande aparelho de repressão e do próprio exército romano.
Posteriormente, no período do primeiro século depois de Cristo, os salteadores continuaram na ativa. Um dos grupos dos quais citam as fontes é aquele liderado por Tolomau que agia na região da Iduméia. Outra grande “tropa de salteadores” é a comandada por Eleazar ben Dinai que agiu cerca de vinte anos. Muitos outros surgiram durante as décadas de 40 e 50 do primeiro século devido a grande fome que assolou a Palestina. Os bandidos não agiam apenas contra a exploração econômica e as desigualdades sociais, durante o governo do procurador Cumano houve um incidente em que um soldado romano desrespeitou os judeus na entrada do Templo, durante a festa dos Ázimos. Apesar dos cuidados que os romanos procuravam ter com as particularidades religiosas dos judeus, as ofensas acabavam ocorrendo. Em resposta a esta provocação, Josefo afirma que
“(...) os bandos de ladrões provocaram outra revolta. No caminho público que conduz a Betorão alguns bandidos saíram ao encontro de um tal Estevão, escravo de César, e roubaram o que ele levava.” [Guerra dos Judeus 2:228].
As tensões entre os judeus e os romanos chegaram ao seu clímax na década de 60, culminando na revolta judaica no ano 66 d.C. e neste enfrentamento direto, os bandidos sociais estiveram presentes na guerrilha da zona rural, chegando inclusive a empreender algumas derrotas ao todo poderoso exército romano. Assim, os grandes bandos se armaram com equipamentos abandonados pelos dominadores e se fortaleceram ainda mais.
No ano de 67 d.C. , os romanos iniciaram o processo de reconquista e logo tomaram a Galileia, fazendo com que muitos camponeses deixassem suas propriedades para trás e se juntassem aos bandidos, aumentando ainda mais os contingentes revoltosos. “Uma grande coalizão desses grupos de salteadores que penetrou em Jerusalém no inverno de 67-68 e formou o partido chamado de os Zelotas”[Horsley e Hanson, 1995]. Esses grupos foram a grande parte da resistência durante o conflito e também forneceram algumas lideranças, como João de Gíscala, líder de 400 salteadores, que ao chegar a Jerusalém, se aliou a outros grupos e procurou assumir a liderança da resistência.
Movimentos messiânicos
Os movimentos messiânicos formam outra tipo de reação a tudo o que acontecia na Palestina. Para entender esses movimentos devemos voltar à tradição de Israel. Uma parte da população aguardava uma figura messiânica, aquele que seria um “rei ungindo” para resgatar o povo das mazelas e recolocar os israelitas na rota da independência novamente. O grande modelo de rei ungido esperado pelos judeus era sem dúvida o modelo dávidico já que no tempo de Davi, Deus havia libertado e restaurado a sorte de Israel. Por muito tempo essa esperança real esteve adormecida no povo, mas diante das injustiças esse sentimento já retornava ao povo que buscava um rei justo e que respeitasse o sumo sacerdócio.
Essas esperanças permeavam vários setores sociais e sofriam alterações de acordo com a classe. Por exemplo, para os essênios, grupo letrado religioso que analisaremos posteriormente, esperava-se um líder político ungido e um messias sumo sacerdote considerado agente escatológico. O ungido para os essênios viria do ramo de Davi e libertaria Israel do domínio estrangeiro e venceria as nações. Vale ressaltar que para os essênios, apesar desse papel importante, o ungido não era o personagem principal, mas sim, o sumo sacerdote messias.
Outros grupos letrados também mantinham esperanças reais, aguardavam o “filho de Davi” que governaria com justiça, livraria Israel da opressão estrangeira e por fim subjulgaria as nações injustas. Ele era considerado o veículo pelo qual o Reino de Deus seria implantado.
Para o povo a esperança de realeza ungida reaparece porque logo após a invasão romana e a entronização de Herodes I, o novo governo era considerado ilegítimo, já que o rei era “meio judeu” e, além disso, havia sido colocado no poder por Roma e não pela unção de Deus. Além desses contras, Herodes era um rei opressor, e assim, “o povo estava preparado para um líder carismático ‘ungido’ surgido no meio camponês, como o antigo Davi.” [Horsley e Hanson, 1995]. Diante desse quadro e apoiados em seus escritos sagrados, os judeus acreditavam firmemente que um rei ungido viria da Judeia e governaria o mundo inteiro.
Durante a primeira metade do século I houve o movimento messiânico mais conhecido do mundo, Jesus de Nazaré, nascido em uma família pobre pregava uma mensagem de esperança que ia de encontro às aspirações de justiça do povo, ele “parece representar uma piedade judaica mais típica da Galileia, localidade rural” [Vermes, 1983], por isso seus ensinamentos iam de encontro aos anseios do povo. Logo as multidões atribuíram a ele o título de messias, aquele que lutaria e livraria Israel do julgo romano, mas Jesus disse: “deem ao imperador o que pertence ao imperador. E deem a Deus o que pertence a Deus!” [Marcos 12:17] Demonstrando assim que ele não iria comandar nenhuma revolução armada contra Roma. O que de fato não tirava de sobre ele seu messianismo. Quando foi levado a julgamento, “Pilatos lhe fez a seguinte pergunta: ‘Você é o rei dos judeus? ’ Yeshua (Jesus) lhe respondeu: ‘As palavras são suas’”. [Marcos 15:2] Podemos concluir que Jesus dispensava o título real no sentido político, ele poderia ser um líder religioso, mas não um líder político.
Jesus foi condenado e morto crucificado ao lado de dois ladrões, o que faz acreditar que para os romanos e para as elites judaicas que não aceitaram sua mensagem, ele não passava de um agitador social, assim como aqueles que participavam do banditismo social.
Após a morte de Jesus aconteceria dois movimentos de reis messiânicos muito fortes. O primeiro deles foi liderado pelo sicário Manaém durante o ano de 66 d.C., num momento onde a revolta judaica estava no começo. Contrariando as características dos sicários que não eram ligados ao messianismo, o “mestre” Manaém, como era chamado, reivindicou para si o messianismo em um tempo onde parecia que o cumprimento escatológico estava próximo.
O outro movimento foi liderado por Simão bar Giora que foi o principal comandante da rebelião popular em Jerusalém. Ele começou liderando um grupo de salteadores que “não só saqueava a as casas dos ricos, mas também maltratava as pessoas.” [Josefo apud Horsley e Hanson, 1995] Mas logo estendeu seu poderio e consolidou o domínio sobre a Judeia e a Iduméia, antes de chegar a Jerusalém. A cada cidade encontrava novos adeptos, segundo Horsley e Hanson [1995] ele chegou a ter 40 mil seguidores além dos seus homens armados, Simão passava a ser aclamado com um verdadeiro rei de todos os descontentes e oprimidos. Todo o movimento era impulsionado pela exploração praticada pelos ricos e pelos estrangeiros, tinha como princípio a restauração da justiça social e se inspirava no reinado de Davi.
A utopia de Simão bar Giora acabaria em 70 d.C. quando os romanos destruíram Jerusalém, ele e seus principais colaboradores são presos e levados a Cesareia Marítima e depois a Roma, onde Simão participa da parada triunfal como o prisioneiro principal, sendo executado em seguida. Ele cria que de fato era o próprio messias e os romanos o reconheciam como líder dos judeus.
O último movimento com características messiânicas do primeiro século foi a revolta liderada por Simão bar Kökeba que recebeu apoio do respeitado Rabi Akiba que afirmava ser Simão o verdadeiro messias, o enviado de Deus, que libertaria o povo de Israel e de fato, ele e seus seguidores desafiaram os romanos. Com a estratégia de guerrilha nas fortalezas e montanhas conseguiram lutar contra o grande poderio do exército de Roma. Porém, o movimento foi derrotado e Simão bar Kökeba foi executado, encerrando assim as esperanças messiânicas naquele período.
Grupos sociais
A sociedade judaica do primeiro século estava dividida em quatro grupos político-religiosos com concepções próprias e algumas divergências. Iremos apresentar de forma resumida estas correntes e sua atuação na sociedade.
Os saduceus
Consideravam-se descendentes de Sadoc e por isso detentores do sacerdócio legítimo. Eram muito apegados a Torá (Pentateuco) e contrários a toda novidade na religião. Acreditavam estar guardando a aliança que Deus havia feito com seus pais e por isso eram abençoados com a riqueza e o poder.
Politicamente estiveram alinhados com os reis asmoneus, mas durante o século I d. C., tiveram seus poderes políticos esvaziados pelos romanos. Buscavam manter o povo longe das revoltas e por inúmeras vezes negociavam com os dominadores estrangeiros, já que entendiam que sua riqueza dependia da manutenção do status quo, até por isso, foram os principais responsáveis pela morte de Jesus, considerado por eles, um revolucionário. Também tiveram responsabilidade em um dos principais eventos que desencadeou a revolta de 66 d.C., quando proibiram o sacrifício que o imperador romano mandava oferecer a Deus. Com a destruição do Templo em 70 d.C. acabaram desaparecendo.
Os fariseus
As origens dos fariseus remontam ao tempo de Esdras, o sacerdote (457 a.C.). Procuravam viver os preceitos da Torá de forma exemplar e dedicavam-se em ensiná-la ao povo, buscando a salvação do mesmo. Não discutiam a legitimidade do sumo sacerdote independente de quem ocupasse o cargo.
Este grupo tinham uma “desconfiança do poder e zelo pela educação das massas” que “vão dar aos fariseus uma audiência enorme junto do povo miúdo.” [Salnier, 1983]. Apesar de serem bem vistos pela população, eles faziam questão de mostrar que eram superiores, já que se consideravam mais santos e mais puros que o restante das pessoas comuns.
Este grupo representou o “primeiro partido que é ao mesmo tempo político e religioso” (Salnier, 1983) e que conquistou uma base sólida, sendo o único grupo judaico que sobreviverá após a destruição do Templo. Por isso serão eles os responsáveis pela formação do judaísmo rabínico que vai dar vida a religião judaica, agora sem seu maior símbolo, o Templo.
Os essênios
Sua origem não está muito clara, mas ao que tudo indica estão ligados ao tempo da perseguição empreendidas pelos Macabeus. Alguns descendentes da linha sadoquita se refugiaram no deserto. Desenvolveram uma sociedade peculiar, com grande apego as regras religiosas e constante busca pela santidade, tomavam diversos banhos frios por dia para conservar a pureza e recusavam o Templo e seu sumo sacerdote ilegítimo, buscavam agradar a Deus mantendo sua santidade.
Além do apego as várias regras de convivência e santidade, podemos perceber que os essênios eram um grupo comunitário que buscava o bem comum e partilhava seus bens e sua produção, como afirma Josefo:
Depreciavam a riqueza, e entre eles existia uma admirável comunhão de bens. Não se pode encontrar a ninguém que seja mais rico que os outros, pois têm uma lei segundo a qual os que entram na seita entregam suas posses à ordem, de modo que não existe em nenhum deles nem a humilhação da pobreza e nem a vaidade da riqueza, sendo que o patrimônio de cada um forma parte de uma comunidade de bens, como se todos fossem irmãos. [Guerra dos Judeus 2:122].
Era um grupo muito fechado, uma sociedade alternativa, para aqueles que queriam de fato dedicar toda sua vida a Deus. Trabalhavam e estudavam as sagradas escrituras em busca de encontrar a verdadeira vontade do Eterno. Por causa de seu aprofundamento nos livros sagrados e nos ensinamentos dos profetas, alguns essênios previam o futuro e detinham uma visão escatológica que chegaria um momento em que eles seriam chamados por Deus para aniquilar todos os ímpios. Para alguns esse combate era a guerra judaica de 66 d. C., por isso, lutaram ao lado dos zelotas e acabaram desaparecendo no fim do conflito.
Os Zelotas
Este grupo era uma coalizão de camponeses que haviam migrado para o banditismo, surgida durante a reconquista romana da Judeia (em 67-68 d.C.). Seu principal palco de ações foi a cidade de Jerusalém onde atacaram pessoas da nobreza ligada aos reis herodianos e investiram um camponês no cargo de sumo sacerdote. Esse sumo sacerdote eleito pelos zelotas foi escolhido por sorteio, o que demonstra que o grupo era democrático, fato corroborado pela falta de uma liderança única no movimento. O comando era exercido de forma coletiva, o que faz lembrar à tradição judaica anterior a realeza, onde o verdadeiro líder de Israel era Deus e por isso não havia uma pessoa específica no comando.
Dentre todas as facções da sociedade judaica era a considerada mais política e representavam o nacionalismo judaico em sua forma mais feroz. Praticavam crimes de toda espécie, segundo o historiador Flávio Josefo [1986].
Os sicários
O nome do grupo vinha da palavra sica em latim que significava punhal, nome atribuído por causa da tática utilizada por esse grupo em seus ataques contra pessoas da elite judaico-romana. Estas pessoas também foram recrutadas no proletariado rural da Palestina e representavam apenas uma pequena parcela da resistência judaica.
Conclusão
Acreditamos que a dura realidade enfrentada pelos camponeses judeus no primeiro século foi fator fundamental para o surgimento dos movimentos sociais nesta região. A situação foi agravada pelos períodos de dominação estrangeira, principalmente o romano, onde a elite judaica cooperou com os invasores e consequentemente agravou os quadros de desigualdade social, acentuando o abismo econômico. Stegemann [2004] afirma que o camponês e o pescador da Judeia dificilmente conseguia extrair de sua atividade o necessário para a subsistência de sua família, em contraste a essa situação de miséria, a casa real herodiana e a aristocracia desfrutavam dos benefícios econômicos de sua cooperação com os romanos. Esse foi o terreno fértil onde o banditismo social, os movimentos messiânicos e os partidos judaicos floresceram. Angariaram muito apoio entre as classes mais pobres da sociedade que habitavam o campo e que viam nesses a esperança de se livrar do peso dos impostos e da dominação romana, o que culminou com a grande participação de camponeses no conflito de insurreição contra os romanos. Apesar de todo engajamento, a resistência dos oprimidos não foi capaz de frear o avanço do maior império da antiguidade que aplicou uma derrota severa aos insurgentes, destruindo a sua principal cidade e seu principal prédio religioso.
A destruição de Jerusalém e do Templo na trágica derrota dos judeus em 70 foi uma grande marca do primeiro século. A ausência do Templo obrigou o judaísmo a se “reinventar” e acabou por transformar de alguma forma a relação dos judeus com a cidade santa.
Referências
Bruno da Silva Ogeda é aluno do curso de pós-graduação lato sensu de História Antiga e Medieval – Religião e Cultura da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro (FSB/RJ).
e-mail: brunoogeda2004@hotmail.com
Josefo, Flávio. Guerra dos Judeus: Livro II. 1ª ed. (ano 2002), 4ª tir. Curitiba: Juruá, 2006. 122p.
_____, ______. Uma testemunha do tempo dos Apóstolos. 1ª ed. (ano 1986), 10ª tir. São Paulo: 2016.
HORSLEY, Richard; Hanson, John S. Bandidos, profetas e messias: Movimentos populares no tempo de Jesus. 1ª ed. (ano 1995), 4ª tir. São Paulo: Paulus, 2015.
STEGEMANN, Ekkerhard W.; STEGEMANN, Wolfgang. História social do protocristianismo: Os primórdios no judaísmo e as comunidades de Cristo no mundo mediterrâneo. 1ª ed. São Leopoldo: Sinodal; São Paulo: Paulus, 2004.
SAULNIER, Christiane; Bernard Rolland. A Palestina no tempo de Jesus. 1ª ed. (ano 1983), 10ª tir. São Paulo: Paulus, 2014.
Vermes, Geza. Jesus e o mundo do judaísmo. 1ª ed. São Paulo: Loyola, 1996.
Bíblia Judaica Completa: o Tanakh [AT] e a B’rit Hadashah [NT]. Tradução do original para o inglês David H. Stern; Tradução do inglês para o português Rogério Portella; Celso Eronides Fernandes. São Paulo: Editora Vida, 2010.
O que era um embate séculos atrás, continua até hoje, visto que a religião como os povos judaicos são os mais antigos da história, é uma pena que ainda há condenações para eles, mesmo sem argumentos ou provas que os incrimine de tais atos.
ResponderExcluirBruna Liana Teza Canarin
Obrigado pelo comentário.
ResponderExcluirEm resposta a Bruna Teza.
Bruno da Silva Ogeda
Diante do excelente trabalho de pesquisa desenvolvido por Bruno da Silva Ogeda e outros pesquisadores estudantes também citados no trabalho, vejo que a luta judaica vem de tempos remotos, e que a extinção de seu templo pelo romanos no período D.C fez com que seu povo de forma geral ficassem sem chão, e é por isso, que no futuro, devido as grandes perseguições ao povo judeu, a comunidade internacional alocou o povo judeu em Israel e o reconheceu como nação legítima, claro que a decisão não agradou a todos os povos, que em meio a isso tudo passaram a existe o povo contrario fundamentalista que lutam contra Israel em uma guerra por forças de religião, acreditando que a luta contra o povo judeu vem de ordem de Deus.
ResponderExcluirPor: CÍRIO FABIANO LIMA FRONTELMO
No trabalho realizado, sobre todas as misturas dos lideres religiosos que lutaram contra as injustiças de Roma D.C - repara que todos os povos revoltosos em função da religião, foram destruídos e seus líderes assassinados, contudo, de todos os que surgiram depois de Jesus, nenhum ficou marcado na história como justo e ímpar quanto Jesus, o que se denota, é que Jesus existiu realmente, na qual, foi e é o Deus a ser reconhecido por todos, hoje vemos que pelo mundo a fora, ainda que existe distorções, para a menção de nomes distintos de se chamar Deus, ex, Jeová, Moíses, Alá, dentre outros, contudo o nome Jesus é unanimidade, Mestre Bruno da Silva Ogeda, parabéns pela pesquisa e pelo embate que aqui propôs a fim de melhorar a minha capacidade de aprendizado e a de demais colegas em formação superior, muito obrigado.
ResponderExcluirPor: CÍRIO FABIANO LIMA FRONTELMO - 7º PERÍODO DE HISTÓRIA UNIRIO - POLO DUQUE DE CAXIAS.
Obrigado pela leitura e pelo comentário.
ResponderExcluirA meu ver, fica claro uma distinção de representação de Yeshua (Jesus) em relação aos outros líderes, inclusive em relação a outros líderes que exigiam para si a alcunha de Messias. Sem dúvida, o messianismo de Yeshua foi o movimento judaico mais conhecido e destacado do período.
Em resposta a Círio Fabiano Lima Frontelmo
Bruno da S. Ogeda
Faculdade São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Professor Bruno, obrigado pelo comentário, falar de religião e sobretudo, do estudo e pequisa de Jesus é maravilho, pois bem, é de conhecimento geral, que a paz da humanidade é decorrente da tolerância religiosa, sendo esta constatação mais que traduzida ao longo dos tempos e pelos estudos de nossos eternos professores de História.
ResponderExcluirExcelente pesquisa e trabalho, muito obrigado.
Por: CÍRIO FABIANO LIMA FRONTELMO
Aluno da UNIRIO
Ao que tudo indica, até o ano 70 d.c. quando aconteceu a destruição do templo de Jerusalém, cristãos e judeus( Igreja e sinagoga) estavam nos mesmos lugares de culto e possivelmente carregavam os mesmos sentimentos nacionalistas diante da ocupação Romana. Pergunta: Como foi a participação dos cristãos nas revolta contra os Romanos? Apos a destruição do templo ainda existiu o Judeu-cristianismo?
ResponderExcluirAntonio Alexandre Oliveira Da Silva
Graduando em Historia-Unip Goiânia.
Até o século IV o cristianismo não era uma religião. Então durante o período do texto, o que existiam eram judeus discípulos de Jesus. Que perceberam em Yeshua (Jesus) a figura do Mashiach (o enviado) prometido para libertar os judeus.
ExcluirApós a destruição do Templo em 70 d.c.o judaísmo vai ter que se adaptar a nova situação, se atualizar. Esse movimento será conduzido pelos fariseus.
Em resposta a Antonio Alexandre Oliveira Da Silva
Bruno da S. Ogeda
Faculdade São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Muito obrigado Bruno. Satisfatória sua resposta. Se você pudesse fazer um breve aceno sobre a participação dos cristãos nas revoltas de 60 d.c., me ajudaria.
ExcluirAntonio Alexandre Oliveira Da Silva
Graduando em Historia-Unip Goiânia.
Gostaria de fazer uma pergunta - que não sei se seus estudos chegaram a resposta - sendo Jesus colocado, ou interpretado, como agitador social e percebido como um dos "bandidos revolucionários", como você trás a evidência de este ser crucificado ao lado de dois ladrões; porque você acha que Barrabás, que aparentemente também se enquadra nessa compreensão de "bandido revolucionário" foi escolhido para ser liberto em lugar de Jesus pela multidão? (segundo a referência dos evangelhos do ocorrido)
ResponderExcluirAss.: Robson de Almeida Junior
Graduando em Pedagogia - UENF
Obrigado pela leitura e pelo comentário.
ExcluirBem, na realidade não cheguei a uma resposta concreta a sua pergunta. O que posso acrescentar visando sua dúvida é o fato que foram os saduceus que politicamente foram os responsáveis pela morte de Jesus. Então a meu ver, foram eles que conduziram o povo para condenar Jesus. Tendo em vista que o próprio Pôncio Pilatos decidi "lavar as mãos" por não ter argumentos suficientes para a condenação.
Obrigado :)
ExcluirCaro Bruno,
ResponderExcluirA busca pelo Jesus Histórico já levou pesquisadores a desenvolver teses onde apresentam o Nazareno ligado diretamente a algum movimento político/religioso da Judéia, no primeiro século de nossa era.
Temos o trabalho de Edmond Szetely, que em 1923 traduziu do aramaico o Evangelho Essênio da Paz, supostamente escrito pelo apóstolo João, onde é revelado que Jesus era o líder daquela seita.
Outro exemplo é o livro Zelota, de Reza Aslan, lançado no Brasil em 2013, que nos apresenta Jesus como um Zelote revolucionário a desafiar a autoridade de Roma.
O seu profícuo artigo apresenta elementos suficientes para acreditarmos que as elites romanas e judaicas viam Jesus como um agitador social.
Nesse sentido, é possível conjecturar que Jesus tenha efetivamente participado de algum desses movimentos?
Paulo Roberto Dias Lopes
Faculdades São Bento - FSB
Obrigado pela leitura e pelo comentário.
ExcluirBem, ao meu ver podemos classificar Jesus como um movimento messiânico, pois ele traz no cerne de seu movimento a tradição do rei libertador, da família de Davi que iria libertar o povo do domínio romano. Mas é interessante notar que o próprio cristo fugia de assumir a liderança de qualquer movimento político, preferindo se ater ao campo religioso. Em Marcos 15, durante seu julgamento ele não aceita a alcunha de rei dos judeus e em mateus 5:17 ele afirma "não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim revogar, mas cumprir". Então fica claro que mesmo não tendo um apelo político diretamente, Jesus não deixa de fazer parte do chamado messianismo, pois multidões enxergavam nele a redenção política e religiosa de todo um povo.
Em resposta a Paulo Roberto Dias Lopes.
Bruno da Silva Ogeda
Faculdade São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Boa Noite Bruno. Muito bom ler o teu texto. O povo hebreu conforme o relato bíblico passa por 400 anos de escravidão no Egito, e a dureza desse regime muito provavelmente tenha trazido transformações/atualizações na memória do hebreu, fazendo os mesmos ressignificarem ou reinterpretarem eventos e fatos passados, talvez levando a acreditarem que esse “silêncio” significasse o abandono de Deus. Na primeira frase da conclusão tu colocas “Acreditamos que a dura realidade enfrentada pelos camponeses judeus no primeiro século foi fator fundamental para o surgimento dos movimentos sociais nesta região”. Destacando o quanto a exploração econômica por parte do poderio Romano e a relação elite judaica com o governo romano contribuiu para a desigualdade social da época. Gostaria de saber se tu chegaste a pesquisar se o fator da memória judaica, alicerçada por uma forte questão religiosa, que memorava as glórias do passado, e se entendia como o povo escolhido por Deus contribuiu para movimentos de contestação ao regime vigente? Dito de outra forma, o quanto a memória que mostrará o que o povo hebreu fora um dia contribuiu para possíveis ações desses contestadores do subjugo romano? Grato.
ResponderExcluirFelipe Rosenthal Rabelo – Graduado – Unespar/ União da Vitória.
Obrigado pela leitura e pelo comentário.
ExcluirOs movimentos sociais da Judeia no primeiro século podem ser entendidos parte pela exploração que sofria o camponês, a "população comum" quanto pela memória que você citou. Movimentos de cunho messiânico evocavam a grandeza dos tempos em que Davi era rei e por isso aguardavam o "filho de Davi" para liberta-los da dominação romana.
Por isso, podemos afirmar que a memória do povo hebreu foi fundamental para sustentar esse tipo de movimento (messiânico) juntamente com as questões sociais.
Em resposta a Felipe Rosenthal.
ExcluirBruno da Silva Ogeda
Faculdade São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Bruno, em seu texto vemos vários líderes de rebeliões dos judeus que tinham por objetivo a libertação do seu povo do domínio romano, mesmo com o comprometimento dos altos postos da religião com os representantes daquele império. No caso de Jesus, não havia uma contundência nesta crítica aos dominadores, inclusive com o episódio da moeda com a figura de César.
ResponderExcluirPor que Jesus tinha esta postura de não atacar a dominação romana sobre os judeus?
Como os altos impostos que oprimiam os judeus não fizeram parte do discurso de Jesus num momento de ebulição da população?
Ass: Ary Luiz Paes Alves
Obrigado pela leitura e pelo comentário.
ExcluirVeja a resposta dada ao Paulo Roberto anteriormente.
Em resposta a Ary Luiz Paes Alves.
Bruno da Silva Ogeda
Faculdade São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Olá Bruno, bom dia. O seu trabalho traz uma perspectiva que me remete a literatura veterotestamentária; como por exemplo, o movimento apocalíptico em Daniel. As correspondências e adesões de determinados grupos a "movimentos sociais" é constante neste contexto. Tive uma dúvida relacionada ao seguinte: você utilizou a ideia de "Banditismo social", a qual eu já tive contato através de obras do historiador Eric Hobsbawm. Gostaria de que saber se esse conceito não direcionaria o seu olhar como historiador para uma espécie de "saudossísmo" para com os movimentos a que fez alusão ao longo do artigo, no sentido de legitimar a sua causa em detrimento do Estado como instrumento regulador, ou se o conceito serviria como aporte para a tentativa de apreensão de uma unidade social dentro do contexto histórico em questão.
ResponderExcluirAtt: Marcello de Araujo Pimentel/ Universidade Estadual de Feira de Santana. (UEFS)
Obrigado pela leitura e pelo comentário.
ExcluirO conceito de Banditismo Social fica claro aos observarmos as características dos movimentos ocorridos na Judeia do I Século.
Uma sociedade majoritariamente camponesa, explorada por uma elite cooptada pelo invasor estrangeiro e que via no banditismo uma alternativa, já que "o bando de salteadores está fora da ordem social que aprisiona os pobres" (HOBSBAWN). Então podemos utilizar o conceito como aporte para entender os movimentos de cunho social principalmente quando falamos de Zelotas e pequenos grupos de salteadores rurais.
Quanto a questão de uma unidade social precisamos notar que todos os revoltosos eram explorados (unidade), mas cada movimento enfrentava essa realidade de forma diferente (heterogeneidade), por exemplo, enquanto alguns grupos agiam no campo, assaltado os mais ricos e sendo agentes de justiça para os camponeses explorados, outros grupos agiam politicamente nas cidades.
Em resposta a Marcello de Araujo Pimentel.
Bruno da Silva Ogeda
Faculdade São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Olá, Bruno. Um excelente texto! Tenho duas questões:
ResponderExcluir1) Como outros comentadores, também acho a menção a Jesus de Nazaré interessantíssima. É curioso como o movimento messiânico em torno de Jesus se tornou tão mais conhecido do que os outros, chegando a sobreviver até ao Império Romano, mesmo depois de, segundo os relatos, Jesus ter sido morto a vista de todos. Você consegue apontar algum fator que tornasse esse movimento especial em relação aos outros que explique a sua resistência tão longa? Talvez fosse o fato deles não pegarem em armas para lutar contra os romanos? Ou, como você apontou em um comentário, ele não exigir para si a alcunha de Messias tenha contribuído positivamente para o sucesso do movimento?
2) Você diz que "contrariando as características dos sicários que não eram ligados ao messianismo, o 'mestre' Manaém, como era chamado, reivindicou para si o messianismo em um tempo onde parecia que o cumprimento escatológico estava próximo". Por que os judeus tinham essa impressão de que o cumprimento escatológico estava próximo?
Raphael Meza de Andrade
Obrigado pela leitura e pelo comentário!
Excluir1) Na primeira questão precisamos pontuar que Jesus não negou o messianismo, ele negou a realeza. Quiseram coloca-lo como rei dos judeus, algo comum para os líderes desses movimentos e imediatamente ele nega essa alcunha. Demonstrando ao meu ver que seu movimento era muito mais religioso que político.
Quanto ao fator que vai fazer seu movimento se tornar tão grande é difícil obtermos essa resposta, um grande número de fatores contribuiu para isso. E como você citou muito bem, a "revolução" de Jesus era diferente, ele demonstrava que era possível lutar contra o "sistema" sem precisar usar a violência ou a revolta, e isso, sem dúvida foi uma das características que fez seu movimento perdurar até nossos dias.
2) Como citei no começo do texto, os judeus são o povo escolhido por Deus, então em momentos de dificuldades, como durante o domínio romano, eles acreditavam que o fim estava próximo. Sua religião, sua cultura e sua forma de viver estavam sendo ameaçadas por povos "pagãos". A escrita bíblica e a tradição dos judeus dizem que nesses momentos de grande aflição a escatologia estava se cumprindo e neste momento surgiria um rei messias que libertaria o povo do sofrimento e daria início a um reinado glorioso e vitorioso que colocaria Israel livre novamente. Então o "mestre" Manaém pegou uma "carona" nesse momento turbulento para se proclamar messias e rei de Israel.
Em resposta a Raphael Meza de Andrade
Bruno da Silva Ogeda
Faculdade São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Oi Bruno,
ResponderExcluirparabéns pela sua pesquisa.
O conceito de banditismo social é significativo para uma tentativa de reconstruir o contexto em que jesus viveu. A literatura sagrada de judeus e cristãos também pode ser uma fonte para nos aproximarmos as realidades que as geraram. É possivel olhar as narrativas bíblicas como memórias em disputa. Nesta perspectiva tenho uma questão:
Você reconhece nas narrativas do Novo Testamento vestigios que o banditismo social teria deixado no movimento de Jesus?
Joilson de Souza Toledo
PUC GOIÁS
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ExcluirObrigado pela leitura e pelo comentário!
ExcluirJoilson, creio que o movimento de Jesus não se utilizou das características do banditismo social. Vejo o movimento do Cristo como uma alternativa diferente, que se encaixa no messianismo, usando conceitos religiosos (no caso judaicos) para trazer soluções para os problemas sociais.
Em resposta a Joilson de Souza Toledo
Bruno da Silva Ogeda
Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Seu trabalho tem uma reflexão interessante sobre o conflito entre os judeus e os romanos principalmente na era cristã. O fato destes conflitos era além do domínio romano, mais também a questão dos impostos. o discurso de Jesus, de a Cesar o que é de Cesar, nota-se uma referencia de quanto os judeus resistiam aos impostos de Roma, haja visto que já pagavam impostos a Herodes. Outro ponto voce comentou de vários grupos de revoltosos que lutavam contra Roma. existe uma teoria que Barrabás era do grupo de Zelotas? tem alguma fonte sobre essa teoria?
ResponderExcluirELOIS ALEXANDRE DE PAULA
Obrigado pela leitura e pelo comentário!
ExcluirSim existe de fato algumas teorias que ligam Barrabás aos Zelotas, mas sinceramente, ainda não me dediquei ao estudo desse personagem histórico.
Creio que de fato Barrabás pertenceu a algum destes grupos políticos-sociais, mas precisaria de pesquisar mais para te trazer esse informação.
Em resposta a Elois Alexandre de Paula
Bruno da Silva Ogeda
Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Olá Bruno. Seu texto aborda uma discussão bastante interessante, não apenas por aprofundar uma temática presente no curricular escolar, como também para permitir o debate acerca do contexto atual da região em disputa entre os diversos segmentos populacionais atrelados à Israel e à Palestina. Partindo dessa última temática, gostaria de seu comentário ou indicação de leituras acerca de como esses movimentos de resistência retratados no seu texto podem ser comparados aos existentes no contexto atual da região - guardadas suas particularidades específicas? Além disso, gostaria de sua opinião acerca da legitimidade ou não da tomada de território por parte de Israel a partir, especialmente, do final do século XIX e após a Segunda Guerra Mundial. Obrigado!
ResponderExcluirObrigado pela leitura e pelo comentário!
ExcluirOs grupos sociais, políticos e religiosos desta época foram extintos conforme resposta dada a Marcos Saran. Sobre indicação bibliográfica que faça esse paralelo que você quer, não tenho como te passar, não é minha área, meu foco é Império Romano e a relação cultural com suas províncias.
Em relação ao território de Israel creio ser legítimo sim que eles "existam no mapa", talvez da forma que está hoje pode não ser a mais correta, poderia se pensar em algo melhor, mas é uma questão muito complexa e que demandaria muito diálogo entre a comunidade internacional.
Em resposta a Maicon ROberto Poli.
Bruno da Silva Ogeda
Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Por que os judeus acreditavam que um Messias, iria libertamos da tirania romana, dando fim a um ilegítimo reinado e estabelecendo os judeus no poder?
ResponderExcluirEsses grupos formados por rebeldes judeus, e fortalecidos por famílias camponesas, eram financiados pela elite judaica que também queriam o poder?
ResponderExcluirEsses grupos formados por rebeldes judeus, e fortalecidos por famílias camponesas, eram financiados pela elite judaica que também queriam o poder?
ResponderExcluirPor que os judeus acreditavam que um Messias, iria libertamos da tirania romana, dando fim a um ilegítimo reinado e estabelecendo os judeus no poder?
ResponderExcluirObrigado pela leitura e pelos comentários!
Excluirvamos lá....
1) Os judeus acreditavam na vinda de um Messias porque sua religião pregava isto. Em um momento caótico (apocalíptico), Deus enviaria seu ungido (Messias) para libertar o povo escolhido do sofrimento e reinar sobre eles.
2) A elite judaica não financiava esses movimentos porque ela estava ligada aos romanos. O fato de adotar costumes romanos e se integrar aos invasores mantinha esta elite judaica no poder.
Em resposta a Jucirene Martins.
Bruno da Silva Ogeda
Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ.
Obrigado pela leitura e pelo comentário!
ResponderExcluirComo o texto afirma todos esses grupos sociais e religiosos deixaram de existir com a derrota para os romanos na revolta do ano 70. O único que se manteve foram os fariseus que foram responsáveis por adaptar o judaísmo para que ele continuasse existindo sem o Templo de Jerusalém.
Em resposta a Marcos Saran.
Bruno da Silva Ogeda
Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ.
Como conciliar na pesquisa histórica, a Bíblía em si, a historiografia e a arquivologia? Isso é possivel?
ResponderExcluirSamuel Henrique dos Santos da Silva
Gostaria de saber, qual era a perspectiva dos romanos em relação aos grupos sociais existentes, sendo que a maioria não apoiavam o domínio de Roma?
ResponderExcluirMICHELL RIBEIRO SOBRAL
Obrigado pela leitura e pelo cometário!
ExcluirOs romanos viam todos esses movimentos como uma contestação a seu domínio e por isso deveriam ser perseguidos e aniquilados.
Em resposta a Michell Ribeiro Sobral.
Bruno da Silva Ogeda - FSB/RJ
O texto resalta muito bem a luta dos movimentos e grupos sociais de caráter político e religioso, que levaram a população da Judéia a se mobilizar durante o período da dominação romana. Onde os Judeus lutaram pela sua independência e para manter sua religião.
ResponderExcluirQual a diferença entre Banditismo social, do movimento messiânico? E o que eles pregaram ?
JAQUELINE CARDOSO PAIVA
Os grupos sociais da sociedade judaica eram divididos em quatro grupos políticos religiosos.
ResponderExcluirComente sobre os Fariseus e como eles se organizavam.
JAQUELINE CARDOSO PAIVA
Obrigado pela leitura e pelo comentário!
ExcluirOs movimentos messiânicos utilizavam-se de toda a tradição e religião judaicas para encontrar uma saída para a opressão romana. Um rei ungido por Deus, viria da linhagem de Davi e libertaria os judeus do domínio estrangeiro.
Já os grupos do banditismo social são característicos de sociedade agrárias exploradas, conforme podemos ver na obra "Bandidos" do historiador Eric Hobsbwan.
Em resposta a Jaqueline C. Paiva.
Bruno da Silva Ogeda - FSB/RJ
Maravilhoso trabalho, parabéns ! Mais por que os judeus eram mal vistos na segunda guerra mundial ? Por que quase não é abordado a cultura dos judeus em sala de aula? A não ser quando retrata a guerra mundial ?
ResponderExcluirObrigado pela leitura e pelo comentário!
ExcluirBem, são muitos fatores que levam a essa situação. Ao longo dos séculos os judeus sofreram com o preconceito. Um dos fatores mais conhecidos foi que durante a Idade Média, o judeu foi colocado como o culpado pela morte de Cristo.
Uma obra que indico a leitura seria Reflexões sobre o Racismo de Jean-Paul Sartre, ele trabalha com esse conceito de antissemitismo.
Em resposta a Lethycia C. Silva.
Bruno da Silva Ogeda - FSB/RJ
Bom dia, Bruno
ResponderExcluirGrato por compartilhar um texto tão claro e objetivo.
Minha indagação dirige-se a trechos em que você diz "Jesus disse...", considerando que os escritos sobre Jesus são posteriores à sua morte e a imagem construída desta divindade resulta do olhar de seus discípulos (além do fato de Jesus não ter escrito textos), como sustentar tal proposição no campo da História? Isso não seria negligenciar questões em torno das marcas de autoria e destinatário da fonte?
Obrigado pela leitura e pelo comentário!
ExcluirO "Jesus disse" está na Bíblia, estou apenas citando. Sem dúvida a muito envolta do que chamamos de escritos sobre Jesus. Os evangelhos foram escritos posteriormente, de fato, mas utilizamos o método de múltipla confirmação para que possamos utilizar como fonte.
Em resposta a José P. de Farias Júnior.
Bruno da Silva Ogeda
Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro - FSB/RJ
Como interpretar a questão de espaço geográfico na antiguidade? Me refiro de quando você se refere a algumas partes como zona rural, como por exemplo a galileia.
ResponderExcluirMelk Eloi da Silva
Sobre os movimentos messianicos, qual deles de fato estão na genealogia de Davi? foi feito essa análise?
ResponderExcluirMelk Eloi da silva
Algum desses movimentos messiânicos obtiveram consequências sociais importantes?
ResponderExcluirMelk Eloi da silva
Obrigado pela leitura e pelo comentário!
Excluirvamos lá...
1) As fontes afirmar que boa parte da Judeia eram zonas rurais, inclusive a Galileia. Áreas produtoras que abasteciam os centros consumidores.
2) Na verdade a genealogia de Davi é "invocada" porque foi durante o governo dele um dos períodos mais prósperos de Israel. Além disso, do ponto de vista religioso, Davi foi o "homem segundo o coração de Deus".
3) Creio que o maior deles, o movimento de Jesus, fala sobre essas consequências, até hoje influência vários aspectos de várias sociedades ao redor do mundo.
Em resposta a Melk Eloi da Silva.
Bruno da Silva Ogeda - FSB/RJ
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa pesquisa Histórica é possível conciliar a Biblia, a historiogeafia e a arqueologia?
ResponderExcluirSamuel Henrique dos Santos da Silva
Sim. Desde que seja respeitada as fontes.
ExcluirUm trabalho que concilia Arqueologia, Bíblia e História é o do Dr. Rodrigo Silva que apresenta o programa Evidências. É um programa de tv bem interessante para quem gosta de conhecer o tema.
Em resposta a Samuel Henrique dos S. da Silva.
Bruno da Silva Ogeda - FSB/RJ
A entrada romana na região ocorre antes de César, sua ida teria sido solicitada pela própria nobreza e população, isso não é um fato relevante?
ResponderExcluirSim, os romanos chegam na região ainda durante o período republicano. A pedido dos irmãos Hicarno e Aristóbulo que disputavam o tono entre si. Os romanos ao invés de arbitrar o conflito entre os irmãos aproveitaram o momento e tomaram o controle da Judeia. Transformando ela em protetorado romano em 63 a.C.
ExcluirDurante a dominação fica claro que as elites judaicas buscaram se aproximar dos invasores visando manter seus poderes locais. Isso foi muito comum em várias partes do Império romano que contava com essa cooptação das elites locais para exercer e manter o poder sobre um território tão vasto e diverso.
Em resposta a Rodrigo de Sena Sampaio.
Bruno da Silva Ogeda - FSB/RJ
Eu que agradeço a atenção. O tema me é relevante e muito funcional.
ResponderExcluirBoa noite Ogeda, você expõe que após a morte de Jesus houveram dois movimentos de reis messiânicos e estes aparentemente tiveram aceitação popular. Teriam estes reis alguma ligação com a linhagem de Davi, uma vez que o povo esperava um Messias que carregasse tal característica?
ResponderExcluirAndrey Gabriel Souza da Cruz.
Graduando em História- UEM.
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ResponderExcluirHeni Abdu Addi
ResponderExcluirEm primeiro lugar gostaria de parabenizar o autor Bruno da Silva Ogeda pela clareza e objetividade do artigo apresentado.
Interessante notar que uma das principais características do Império Romano em relação aos povos subjugados era a coexistência pacífica, respeitando até certos limites alguns costumes desses povos, porém cobrando pesadas taxas de impostos para com os mesmos.
Assim sendo, nota-se como reação a política opressora do Estado Romano na questão dos tributos, o surgimento do banditismo social. Essa forma de reação foi confundida por algumas camadas da sociedade como um movimento libertário, quando na realidade a causa primeira de sua luta era pela modificação da política tributária romana com o povo judeu e também por igualdade e justiça social.
O povo judeu, seguindo a tradição de seus antepassados e confiantes que o seu Deus (YAHWEH) haveria de lhes enviar um libertador , vê nesse cenário de crise e opressão a que estavam submetidos por Roma, bem como o crescimento dessas convulsões sociais espalhadas por toda a Galileia, o momento oportuno para que se levante ou se crie a figura de um libertador.
Dessa forma muitos vêem em Jesus e seus ensinamentos um viés libertário, entretanto, sua prática e seu discurso destoavam da agitação reinante, o que gerou desconfiança em alguns e a certeza que deveria ser calado em outra parcela da sociedade, principalmente porque seu discurso era simples, objetivo e atraía cada vez mais seguidores.
É do conhecimento de todos que a sociedade judaica é machista, patriarcal e inflexível quanto a manutenção de seus costumes e tradições, ainda assim existem relatos que algumas mulheres ousaram conquistar espaços até então ocupados exclusivamente por homens. Quanto a essa questão em particular, o professor poderia nos trazer a luz algumas dessas bravas mulheres?
Desde já agradeço por essa riquíssima oportunidade.
Cordialmente,
Heni Abdu Addi
Acadêmico do 1º ano de História da Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Boa noite Bruno Ogeda .A dificuldade maior na aceitação de Jesus como messias para os judeus , seria o fato dele não assumir um posicionamento político como libertador do jugo imposto pelo império romano?
ResponderExcluirObrigada.
Marcia Claudino dos Santos Ranquine
Graduando em História -Unirio
Texto muito claro e objetivo, parabéns ao autor. É possível perceber como estava convulsionada a sociedade judaica no primeiro século da Era Comum. Muitas divisões sociais, políticas e religiosas, muitas tensões e revoltas, além do surgimento de movimentos messiânicos de vários tipos durante todo o século, fruto da desigualdade pela qual passavam os camponeses e mesmo os moradores pobres das cidades judaicas. O grande abismo social e econômico, aliado à exploração de um grupo social sobre outro são combustíveis que alimentam todo tipo de revolta e desejo de mudanças, nem que para isso seja necessário o uso da força, tendo como guias ideias religiosas e pretensos "messias" do povo explorado.
ResponderExcluirOscar Martins Ribeiro dos Santos
Boa noite caros colegas.
ResponderExcluirParabenizo Bruno Ogeda, que tanto nos presenteou com esse trabalho.
Durante a analise do texto, pude perceber o quanto os povos judeus tinham uma ideologia de resistência e não aceitação á dominação. Me causou a uma impressão inédita quando da leitura deste trabalho que todas essas formas de rebeliões e resistências parecia fazer parte de um "DNA" formado no ceio da nação judaica, tendo em vista que a pratica do banditismo era um ato que concorria para a justiça social dentro de uma parcela maior da comunidade, essa prática não era com um fim específico como que para pilhagem ou acúmulo de bens, mas se fazia uma prática direta de demonstração do caráter combativo desses povos. Nesse sentido gostaria de saber se essa é uma impressão verdadeira e se afirmativo, até que ponto essa lógica social tem influencia na maneira como o Estado de Israel atua em sua política na atualidade?
Obrigado desde já .
Elias da Costa Cardoso
Boa noite Ogeda, a ação promovida pela personagem judaica Jesus Cristo, mesmo que em tese de forma pacífica pode ser considerada Banditismo Social?
ResponderExcluirAna Claudia de Souza Camargo
Graduanda de História-UEM
Com base na leitura do texto, vemos que além do caráter político e social, é presente o caráter religioso nas revoltas dos subjugado descontentes, onde alguns líderes das insurreições judaicas reivindicam sua divindade considerando-se o próprio messias, no entanto, o texto nos mostra que após derrotados logo caem no esquecimento, porém isso não aconteceu com Jesus, pois este, apesar de não liderar uma insurreição propriamente dita, acabou por ser a maior figura religiosa da história, mediante isso, gostaria de saber qual a sua opinião em relação a esta observação.
ResponderExcluirGrato.
Waldiney da Silva Marinho